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Padre nega comunhão ao candidato pró-aborto à presidência dos EUA

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Segundo a página de notícias “Florence Morning News“, o padre Robert Morey, da Carolina do Sul, Estados Unidos, negou a comunhão ao pré-candidato a presidência pelo democrata Joe Biden.

Quem é Joe Biden?

Foi vice-presidente dos Estados Unidos durante os mandatos de Barack Obama. Ele é um dos pré-candidatos favoritos do partido democrata para enfrentar Donald Trump nas próximas eleições.

Segundo a ACI Prensa, em um evento organizado pela Planned Parenthood, Biden prometeu “eliminar todas as mudanças que este presidente (Donald Trump) fez”. Referindo-se a que, dentre outras coisas, em seu governo aumentaria o financiamento da Planned Parenthood, a maior empresa de aborto dos Estados Unidos.

Joe Biden. Fonte: The White House / Wikipedia

Por que a comunhão foi negada?

O padre Robert Morey é o pároco da Igreja de Santo Antonio, na diocese de Charleston, Carolina do Sul. Ele negou a comunhão ao político no domingo 27.

“Lamentavelmente, no domingo passado, tive que negar a Sagrada Comunhão ao ex-vice presidente Joe Biden”, disse o Pe. Morey em um comunicado enviado para a Catholic News Agency (CNA) no dia 28 de outubro.

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“A Sagrada Comunhão significa que somos um com Deus, entre nós e com a Igreja. Nossas ações deveriam refletir isso. Qualquer figura pública que defenda o aborto se coloca fora dos ensinamentos da Igreja. Como sacerdote, é minha responsabilidade ensinar às almas encomendadas ao meu cuidado, e devo fazê-lo inclusive nas situações mais dificeis. Vou manter o Sr. Biden em minhas orações”, concluiu sua declaração.

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A Igreja permite isso?

Segundo o Código de Direito Canônico (CDC), um sacerdote tem a liberdade de negar a comunhão a um excomungado, a alguém que esteja sendo investigado para excomunhão, e a uma pessoa que opta por viver em pecado mortal.

É possível encontrar no canôn 915 do código, onde a Igreja indica:

Não sejam admitidos à sagrada comunhão os excomungados e os interditos, depois da aplicação ou declaração da pena, e outros que obstinadamente perseverem em pecado grave manifesto“.

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Mais um especialista detalha razões pelas quais negaram a Eucaristia a Joe Biden nos EUA

O sacerdote dominicano e especialista em teologia moral, Pe. Thomas Petri, explicou as razões pelas quais negaram a Eucaristia a Joe Biden, pré-candidato presidencial democrata nos Estados Unidos.

Em um artigo intitulado “Sacerdotes, prudência e política: Por que a Santa Comunhão foi negada a Joe Binden em uma Missa Católica?”, publicado em 3 de novembro em ‘USAToday’, o especialista se referiu ao fato que ocorreu em 27 de outubro, quando Pe. Robert Morey, pároco de St. Anthony Catholic Church, na Diocese de Charleston (Carolina do Sul), negou a comunhão a Biden, por causa de sua postura pública a favor do aborto.

O presbítero explicou inicialmente que os católicos, quando cometem um pecado mortal, podem recorrer ao sacramento da Confissão para depois receber a Eucaristia e que “esta é a maneira normal de fazer as coisas para os católicos típicos que cometem pecados, como fazemos os pecadores em geral”.

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“No entanto, alguns católicos podem se fingir de surdos às preocupações da família, dos amigos ou dos pastores. Isso sempre é estressante para todos os envolvidos. A situação piora quando uma pessoa publicamente se obstina em um pecado grave e insiste em que não há nada imoral no que faz”, prossegue Pe. Petri.

O especialista então se referiu ao cânon 915 do Código de Direito Canônico, que declara que “não sejam admitidos à sagrada comunhão os excomungados e os interditos, depois da aplicação ou declaração da pena, e outros que obstinadamente perseverem em pecado grave manifesto”.

“A razão pela qual a Igreja pode proibir algumas pessoas de receber a Sagrada Comunhão é justamente porque o pecado não é apenas grave, mas público (ou seja, ‘manifesto’) e se obstinam nele. Uma pessoa assim não vive mais em comunhão com a Igreja, sendo assim, permitir que esta pessoa receba a Santa Comunhão seria também uma mentira”, ressaltou o sacerdote.

“O aborto é um mal grave. Não é um assunto de religião, mas tem a ver com o direito humano fundamental à vida. Aqueles que apoiam publicamente o aborto ou o permitem (seja com leis ou cooperando com ele) são cúmplices desse mal, sejam eles políticos ou pessoas comuns”, indicou Pe. Petri.

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“Essa pessoa não só precisa se confessar antes de receber a Santa Comunhão, mas também precisa mostrar que não está mais obstinada em sua agenda. Isso geralmente significa alguma afirmação que corrija seu fechamento antigo”, destacou o especialista em teologia moral.

O sacerdote disse que a obstinação no apoio público ao aborto não é a única razão para negar a Comunhão a uma pessoa e colocou como exemplo o racismo que ocorreu em Nova Orleans em 1962.

“A dificuldade pastoral desse aspecto do ensinamento da Igreja é que exige que os pastores falem e convençam aqueles que defendem políticas e ações contrárias ao Evangelho, para determinar se, efetivamente, estão obstinados. Isso, em geral, deixa-se ao pároco, mas como o alcance dos políticos vai além de suas paróquias, muitos bispos tomaram para si esta responsabilidade”.

No entanto, continuou o sacerdote, “os bispos dos Estados Unidos não estão unidos em sua aproximação pastoral. Alguns transformaram em política negar a Comunhão aos políticos publicamente obstinados, mas muitos outros insistem em que a Santa Comunhão não deve ser negada e que o sacramento não pode ser reduzido a um jogo político”.

Para concluir, o sacerdote reconhece que “ninguém gosta que lhe digam ‘não’ ou ser excluído, mas a Igreja ensina que, às vezes, é necessário fazê-lo não apenas para o bem da pessoa, mas para ser consistente com nossos ensinamentos sobre a Comunhão. Isso certamente será um passo difícil enquanto avançamos para um futuro previsível”.

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