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Santo do Dia

Santo do Dia – 21 de Dezembro – São Pedro Canísio

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SANTO DO DIA – 21 DE DEZEMBRO – SÃO PEDRO CANÍSIO
Sacerdote e doutor da Igreja (1521-1597)

A catequese sempre exerceu um fascínio tão grande sobre Pedro Canísio que, quando tinha menos de treze anos, ele já reunia meninos e meninas à sua volta para ensinar passagens da Bíblia, orações e detalhes da doutrina da Igreja. Mais tarde, seria autor de um catecismo que, publicado pela primeira vez em 1554, teve mais de duzentas edições e foi traduzido em quinze línguas. Mas teve também grande atuação no campo teológico, combatendo os protestantes.

Peter Kanijs para os latinos, Pedro Canísio nasceu em 8 de maio 1521, no ducado de Geldern, atual Holanda. Ao contrário dos demais garotos, preferia os livros de oração às brincadeiras. Muito estudioso, com quinze anos seu pai o mandou estudar em Colônia e, com dezenove, recebeu o título de doutor em filosofia. Mas não aprendeu somente as ciências terrenas. Com um mestre profundamente católico, Pedro também mergulhou, prazerosamente, nos estudos da doutrina de Cristo, fazendo despertar a vocação que se adivinhava desde a infância.

No ano seguinte ao da sua formatura, os pais, que planejaram um belo futuro financeiro para a família, lhe arranjaram um bom casamento. Mas Pedro Canísio recusou. Não só recusou como aproveitou e fez voto eterno de castidade. Foi para Mainz, dedicar-se apenas ao estudo da religião. Orientado pelo padre Faber, célebre discípulo do futuro santo Inácio de Loyola, em 1543 ingressou na recém-fundada Companhia de Jesus. Três anos depois, ordenado padre jesuíta, recebeu a incumbência de voltar para Colônia e fundar uma nova Casa para a Ordem. Assim começou sua luta contra um cisma que abalou e dividiu a Igreja: o protestantismo.

São Pedro Canísio - (21/12)

Quando era professor de teologia em Colônia, sendo respeitado até pelo imperador, Pedro Canísio conseguiu a deposição do arcebispo local, que era abertamente favorável aos protestantes. Depois, participou do Concílio de Trento, representando o cardeal Oto de Augsburg. Pregou e combateu o cisma, ainda, em Roma e Messina, onde lecionou teologia. Mas teve de voltar à Alemanha, pois sua presença se fazia necessária em Viena, onde o protestantismo fazia enormes estragos.

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Foi nesse período que sua luta incansável trouxe mais frutos e que também escreveu a maior parte de suas obras literárias. Fundou colégios católicos em Viena, Praga, Baviera, Colônia, Innsbruck e Dillingen. Foi nomeado pelo próprio fundador, Inácio de Loyola, provincial da Ordem para a Alemanha e a Áustria. Pregou em Strasburg, Friburg e até na Polônia, sempre denunciando os seguidores do sacerdote Lutero, pai do protestantismo.

Admirado pelos pontífices e governantes do seu tempo, respeitado como primeiro jesuíta de nacionalidade alemã, Pedro Canísio morreu em 21 de dezembro de 1597, em Friburg, atual Suíça, após cinquenta e quatro anos de dedicação à Companhia de Jesus e à Igreja. Foi canonizado por Pio XI, em 1925, para ser festejado, no dia de sua morte, como são Pedro Canísio, doutor da Igreja, título que também recebeu nessa ocasião.

Texto: Paulinas Internet

São Pedro Canísio

Pedro, filho de Jacó Kanis, burgomestre de Nimeg, piedoso desde menino, consagrou a Deus a virgindade quando entrou nos dezenove anos. Tendo estudado direito civil em Colônia e direito canônico em Louvain, aos 23 de fevereiro de 1540, seguindo as pegadas dum amigo íntimo, Lourenço Súrio, fez-se cartuxo.

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Mais tarde, passando para a Companhia de Jesus, levado por Pedro Favre, foi ordenado padre em 1546.

Doutor em teologia em 1549, Pedro Canísio, na Alemanha (onde fermentavam as doutrinas de Lutero, falecido no ano mesmo em que nosso Santo fora ordenado) devia trabalhar durante trinta anos.

A universidade de Ingolstadt estava-se organizando, e a atividade de São Pedro Canísio foi prodigiosa. Superior religioso, predicador, educador, missionário, administrador, escritor, teólogo, diplomata, mediador, conselheiro de príncipes e bispos, representante oficial da Santa Sé, assumiu as formas mais variadas da ação católica.

O Santo iniciou em 1549, as lições em Ingolstadt, sobre os sacramentos. Em 1550, era reitor da universidade, e, em 1552, transferia-se para Viena. Criado provincial para a Alemanha, Áustria e Boemia, em 1556, fundou colégios em Ingolstadt, Munique, Praga, Innsbruck, Tréveris, Wursburgo e outras cidades. Pregador zelosíssimo, foi recompensado com um breve do Papa Pio IV, em 1561. Em Augsburgo, em vinte e um meses, fez duzentos e quarenta sermões. Pregou para pobres e humildes, para ricos, príncipes e princesas. Conselheiro de Madalena da Áustria, filha do imperador Fernando I, fê-la interessar-se grandemente pelos pobres e pelos doentes e, especialmente, pelas pecadoras.

Se o mundo germânico não abandonou completamente a Igreja na crise suscitada por Lutero, deve-o ele a São Pedro Canísio, cuja ação e atividade eram verdadeiramente maravilhosas. Intervindo em questões político-religiosas, contribuiu para uma feliz conclusão do concílio de Trento. A pedido do cardeal Hósio, polonês, legado do Papa, participou dos trabalhos que diziam respeito ao Index estabelecido por Paulo IV Carafa. Data destes tempos o mais fecundo período da vida do santo jesuíta.

Uma das missões que levou a cabo, e das mais delicadas, foi a que lhe confiou o Soberano Pontífice Pio IV, missão secreta e perigosa: estimular o zelo dos bispos alemães e fazer com que aqueles prelados, pusessem em vigor uma nova legislação – os decretos tridentinos.

Velho e cansado, São Pedro Canísio faleceu a 21 de dezembor de 1597, e uma multidão, a rezar o terço, apareceu para vê-lo pela última vez e para tocá-lo reverentemente.

São Pedro Canísio foi modesto, humilde, compenetrado, todo espiritual. Comedido, jamais o viram rir com estrépito. Incansável, nunca esteve ocioso ou soube o que era sonolência. Lia, rezava, amava o rosário, o ofício da Santa Virgem e meditava. Quem orava por ele, ganhava o seu mais alto reconhecimento. Paciente, sempre satisfeito, vivo, ativo, obediente, era o tipo do religioso perfeito. Se conseguiu reconquistar, para o catolicismo, tantas regiões da Europa, foi graças à doçura, à caridade evangélica e à paciência que o obteve tão pacientemente.

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(Vida de Santos, Padre Rohrbacher, Volume XXI, p. 376 à 378)

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