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Qual é a diferença entre um conservador, um tradicionalista e um contra-revolucionário?

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Qual é a diferença entre um conservador, um tradicionalista e um contra-revolucionário?

Normalmente, um conservador é entendido como alguém que quer conservar o que tem por uma questão de hábito. Assim, diante da Revolução na Igreja que muda tudo, ele se opõe a ela porque quebra seus hábitos e destrói aquilo com o qual se sente à vontade. Sua oposição, no entanto, não tem raízes profundas, porque não é apoiada por princípios. Por essa razão, com o passar do tempo, o conservador se desloca pouco a pouco para a esquerda. Ontem, por exemplo, ele se opunha à música pop nas igrejas, hoje ele aprova as missas com o rock ‘n’ roll nas Jornadas Mundiais da Juventude.

O tradicionalista é uma pessoa que, diante das mudanças na Igreja – o Vaticano II, a nova moral, a nova missa, a nova liturgia, etc. – quer voltar ao tempo antes do Vaticano II. Ou seja, até a época em que a tradição era respeitada e havia boa moral, bons costumes, igrejas e devoções piedosas, a Missa Tridentina, é claro, e muitas outras coisas salutares. Para voltar a esse ideal, alguns querem voltar ao tempo de Pio XII, outros ao tempo de Pio XI, outros querem voltar ainda mais no tempo. Mas mesmo se eles são inspirados por princípios, eles não vêem o quadro inteiro. Eles não se colocam dentro do cenário de uma luta de muitos séculos. .

O contra-revolucionário é aquele que, diante das mudanças modernas na Igreja, quer destruir a própria fonte dessas mudanças. Ele vê as mudanças como sendo o objetivo de uma corrente ruim – o progressismo – que é o herdeiro de outra corrente ruim – o modernismo – que foi o herdeiro do liberalismo. O liberalismo, por sua vez, estava ligado a todo um conjunto de outras correntes inspiradas e apoiadas por grupos e associações que sempre trabalharam e lutaram contra a Igreja Católica e a cristandade. Este movimento é a revolução.

Então, o contra-revolucionário é aquela pessoa que vê toda a Revolução por trás das mudanças atuais na Igreja e quer destruí-la. Ele quer estabelecer na Igreja e na sociedade civil exatamente o oposto do que a Revolução deseja. Essa seria uma ordem que seria tradicional, mas é um tipo de tradicionalismo que está sempre na posição militante de contra-ataque contra o mal.

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Portanto, embora os três possam trabalhar juntos, conservadores, tradicionalistas e contra-revolucionários têm diferentes graus de profundidade e eficácia em suas posições.

Uma boa e generalizada tendência que existe hoje nos Estados Unidos é que os conservadores se tornem tradicionalistas e que os tradicionalistas se tornem contra-revolucionários. Fomentar essa boa tendência é uma das razões para este artigo. O objetivo é revelar o verdadeiro inimigo nos bastidores – a Revolução – para que as fileiras dos contra-revolucionários comprometidos com uma ação eficiente aumentem.

Agradeço a Nossa Senhora pelo fato de que estas fileiras estão aumentando. É claro que ela está trabalhando nas almas para dar a vitória à Contra-Revolução e estabelecer uma nova cristandade, que será o Reino de seu Imaculado Coração que ela anunciou em Fátima. ”

Texto: Atila Sinke Guimarães
Tradução: Rodrigo Sousa

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