Time de futebol feminino do Vaticano se nega a jogar após manifestação pró-aborto das adversárias
Equipe recém-formada da cidade-estado, sede da Igreja Católica, abandona partida contra FC Mariahilf, na Áustria, antes do pontapé inicial por manifestações pró-aborto e LGBT
Surpreendidas pelas provocações das adversárias, as jogadoras do time feminino de futebol do Vaticano deixaram o campo em Viena antes do início do jogo com as austríacas do Mariahilf.
O amistoso seria a estreia internacional da recém-formada seleção feminina de futebol do Vaticano, mas se transformou num protesto contra a Igreja. Durante o hino do Vaticano, algumas meninas austríacas levantaram suas camisetas expondo frases a favor do aborto e proclamando mensagens pró-LGBT, em controvérsia com as posições da Igreja. Das arquibancadas surgiram também faixas polêmicas.
As jogadoras que levantaram a blusa durante o hino do Vaticano exibiam em suas barrigas desenhos de ovários e mensagens pró-aborto. Depois desse protesto, enquanto as capitãs trocavam flâmulas no meio do campo, foram colocadas bandeirinhas de escanteio com as cores do arco-íris, mesma combinação em que aparecia o nome do time num dos muros em volta do gramado. Fora das quatro linhas, faixas começaram a ser exibidas e foram distribuídos folhetos sobre o protesto aos jornalistas presentes.
O protesto surpreendeu as jogadoras do Vaticano e toda a equipe técnica, que estavam prontas para uma simples festa. Em conjunto com o diretor esportivo, tomaram a dolorosa decisão de não jogar a partida para não continuar a instrumentalização de um evento para o qual haviam se preparado com alegria.
O time de futebol feminino do Vaticano jogou no último dia 26 de maio seu primeiro jogo contra as meninas da ‘Primavera de Roma’: apesar de perderem de 10 a zero, o evento foi uma bela manifestação de amizade e esporte.
O presidente do FC Mariahilf, Ernst Lackner, disse que não sabia das manifestações e reprovou a atitude. Foi o clube austríaco que convidou a seleção do Vaticano para o amistoso que celebrava os 20 anos da criação do time feminino.
– Este não é o contexto certo para protestar contra o aborto ou como a vida deve ser conduzida. Eu e o treinador do time não entendemos o que aconteceu, mas certamente tomaremos providências – disse Lackner.
Fonte: vaticannews.va | Globoesporte.globo.com