Por Pe. Françoá Costa
Pode parecer brincadeira o que irei falar, mas percebo-o no interior da Igreja: um rapaz homossexual não pode ser padre porque lhe falta paternidade. Efetivamente, todo sacerdote, antes de sê-lo deve ter o dom natural da paternidade desenvolvido. Para ver se o tem, bastaria observar se quando ele vê os pais biológicos com os seus filhinhos, tal cena lhes parece verdadeiramente desejável e enternecedora. A Igreja chama isso de coração de pastor e ensina que os padres devem ser bons pastores do rebanho do Senhor. Sendo assim, um rapaz deformado na sua sexualidade não pode ter desenvolvido o sentido da paternidade e, por isso, não pode ser pai para as almas. Vejo que, frequentemente, é exatamente o que está faltando no interior da Igreja, pais, como os nossos antigos padres (pais) da Igreja, que eram sejam firmes e cheios de carinho para com as ovelhas do rebanho de Jesus Cristo, santamente intransigentes no que se refere à Fé Católica e igualmente santamente transigentes para com os assuntos opináveis e no acompanhamento das almas que realmente estão fazendo o seu caminho rumo ao céu.
Muitas pessoas poderiam aduzir que esse motivo é muito fraco, que existem razões melhores para combater a homossexualidade entre candidatos ao sacerdócio, que na essência o que os impede de serem padres é que alguns deles vão acabar cometendo pedofilia ou que vão envergonhar a Igreja com seus atos escandalosos e… coisas do tipo! Eu entendo toda essa argumentação e, no entanto, a paternidade parece-me um argumento que engloba, de alguma maneira, todos os outros argumentos favoráveis à ordenação sacerdotal apenas daqueles rapazes que são verdadeiramente homens e que, portanto, ficam babando quando veem um pai brincando com seus filhos ou atento à sua esposa ou trabalhando sacrificadamente para prover sua família. Esses padres que amam a paternidade não ficarão gastando dinheiro à toa porque se sentirão responsáveis pelos seus filhos espirituais e pelas obras que materialmente serão bases para o apostolado da Igreja, não se entregarão aos vícios carnais porque seriam incapazes de defraudar a confiança de filhos e filhas que o olham com respeito e veneração, não deixarão suas tarefas ministeriais se atrasarem porque sabem que elas alimentam os seus filhos. Enfim, um sacerdote que se considera pai espiritual para as almas imortais não tardará muito a ser um novo “cura de Ars”.