Abortar é matar uma criança enquanto ela dorme.
Existem muitas diferenças entre o aborto e as demais mazelas da humanidade, das quais eu elenco três:
A) Diferença moral: como a vida é o princípio para recepção de todos os demais bens, não há maior injustiça do que privar um nascituro da vida, sem a qual ele está privado de todos os demais bens. Quem não percebe isso num relance, não tem senso das proporções morais (para ele, o primeiro mandamento vale tanto quanto o quinto e o décimo).
B) Diferença política: existe toda uma organização internacional para introduzir a prática do aborto nos países e, deste modo, para neutralizar toda ação política má se requer uma contra-ação política super-excelente e aplicada. As demais mazelas se devem mais ao descaso e são efeitos da malícia das pessoas, da marginalidade etc; quanto ao aborto, há uma mobilização de grupos multimilionários em sua defesa.
C) Diferença sociológica: em função da cultura da morte, quer-se redefinir a estrutura da sociedade como um todo: família, instituições educacionais, jurídicas e até religiosas, com relativo sucesso, até agora. Para isso, inventam-se ideologias com respaldo pseudo-científico: desde o aborto, a eutanásia e o suicídio assistido, até a ideologia de gênero, a educação global e o multiculturalismo.
Qualquer pessoa que chegue dizendo que a defesa da vida do nascituro é seletiva, está de algum modo incorrendo em desinformação.
Lembro que este conceito tem sido usado de modo equivocado ultimamente. Desinformação não é a simples posse de informações incorretas, mas é uma estratégia de desorientação em que o inimigo procura neutralizar a sua vítima valendo-se de pessoas que lhe são confiáveis e de argumentos retoricamente calculados para paralisar as suas ações.
A pretenção de diluir a militância pro-vida na genérica atuação de uma agência social não passa de um golpe moralista que visa culpabilizar a luta contra o aborto para deixar livre o caminho para os seus defensores.
Os desinformantes nem sempre são conscientes disso. Às vezes, são pessoas simplesmente ineptas, que introjetam as conversas que escutam e as transmitem com uma aura de purismo sacrossanto.