Esclarecimento sobre a polêmica com a canção de Consagração a Nossa Senhora
Na versão cantada da Consagração a Nossa Senhora, muito se questiona se o certo é “como coisa e propriedade vossa” ou “como filho e propriedade vossa”. Hoje vamos tirar a sua dúvida!
A consagração cantada veio da oração:
Ó, minha Senhora e minha Mãe, eu me ofereço todo a vós, e em prova da minha devoção para convosco, vos consagro neste dia, meus olhos, meus ouvidos, minha boca, meu coração e todo o meu ser; e porque sou vosso, ó incomparável mãe, guardai-me e defendei-me como coisa e propriedade vossa. Amém!
Na oração é COISA, que na versão em latim tem o mesmo sentido, de propriedade. No dicionário, significa “o direito pelo qual uma coisa pertence a alguém”. Por sua vez, coisa é algo de que se tem a posse. Ao se declarar de propriedade de Nossa Senhora, assumimos a condição de coisa.
É errado substituir “Coisa” por “Filho”?
O Padre Reinaldo Bento esclarece:
“Erra quem troca a palavra Coisa por Filho na Consagração a Nossa Senhora ? Não, mas não ganha indulgência ,pois para esse fim não se pode modificar a oração indulgenciada por outra fórmula. Também não se deveria modificar a intenção do autor, pois esse a compôs assim.”
Para muitos, talvez COISA soe como uma palavra agressiva e dura, pois talvez pensem que Maria Santíssima fosse preferir nos chamar de filhos.
Mas quantas coisas e propriedades guardamos com zelo e carinho: objetos e recordações que consideramos preciosos. E somos exatamente tais coisas preciosas para o olhar da Santíssima Virgem.
De fato, fomos comprados, e por preço muito alto! (1Cor 6, 20a) A Senhora Santa conhece muito bem este preço. E nos valoriza e aceita tal como somos!
Portanto, não faz sentido mudarmos a oração. O correto é cantarmos “como coisa e propriedade vossa”.