Igreja São Francisco de Assis na diocese de São Miguel Paulista promoveu no dia de ontem 01/08/19 uma palestra sobre religião e gênero convidando o grupo “católicas pelo direito de decidir”, um corajoso jovem católico se levantou contra os absurdos proferidos.
Durante esta semana, aconteceu na Paróquia São Francisco de Assis, pertencente à Diocese de São Miguel Paulista em São Paulo, a 36ª Semana da Juventude, organizada pela Renovação Jovem.
Conforme a programação uma das palestrantes foi Tabata Tesser, ativista do grupo pró-aborto chamado “Católicas pelo Direito de Decidir”, e o tema de sua palestra foi sobre gênero e religião.
Entretanto, nos dias que antecederam a palestra houve forte comoção pelas redes sociais, onde católicos da própria diocese pediram ajuda a outros católicos para fazer um protesto contra o evento que estava programado para o dia 01 de Agosto. Mesmo com toda a movimentação e protestos, a palestra aconteceu como programado.
Durante o evento, ocorreu um incidente no qual um corajoso Jovem Católico, chamado Ruan, se pronunciou contra os absurdos que estavam sendo debatidos durante a palestra, e foi hostilizado pelos presentes. Inclusive um senhor, que segundo informações é muito próximo ao pároco, professor de filosofia e responsável por promover palestras e seminários contrários à fé, no momento da discussão hostilizou o garoto que protestava contra a posição dos palestrantes em relação ao aborto, querendo colocá-lo para fora do local.
Assista ao vídeo gravado no momento da discussão:
O que é o movimento “Católicas pelo Direito de Decidir”?
Em síntese: “Católicas pelo Direito de Decidir” (CDD) é um movimento norte-americano ramificado em vários países (inclusive no Brasil), que pleiteia o direito das mulheres ao aborto e à liberdade sexual, que não exclui o lesbianismo. Já em 1993 o Episcopado norte-americano declarou não poder esse Movimento ser tido como católico. Dada a atuação persistente e proselitista do grupo, os Bispos norte-americanos voltaram a se pronunciar contrariamente a CDD na data de 10/05/2000.
O Movimento das “Católicas pelo Direito de Decidir” (CDD) tem tomado vulto na América inteira, inclusive no Brasil, onde se vem empenhando pela legislação do aborto. Vêm sendo divulgados alguns escritos desse Movimento, principalmente em castelhano. Em português, tem-se a brochura “Uma História mal Contada”, que em dois capítulos propugna o aborto, acusando injustamente a Igreja Católica.
As CDD financiam suas atividades com milhões de dólares recebidos de grupos norte-americanos abertamente anti-vida como a Fundação Ford.
Na América Latina sua agenda é clara:
- Apoiar a dissenção católica no tema do aborto e os contraceptivos.
- Proporcionar aos católicos uma “alternativa racional” à doutrina da Igreja.
- “Educar” sobre os direitos de saúde reprodutiva (aborto e anticoncepção sistemática) na América Latina.
O CDD tem sua história e suas teses, que já foram apresentadas sumariamente em PR 430/1988, pp. 115-123. Rejeitado em 1993 como não católico, esse Movimento foi novamente desautorado pelos Bispos norte-americanos em 10/05/00.
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Católicos e abortistas?
O Padre Luiz Carlos Lodi da Cruz, encarregado de um dos apostolados pró-vida mais exitosos de Anápolis, precisa por sua parte que é impossível que os católicos apoiem o aborto, do que se deduz que as CDD são falsas católicas. Segundo Padre Lodi, quando os católicos se sentem confundidos pelas argumentações a favor do aborto, simplesmente devem recorer a documentos eclesiais como a encíclica de João Paulo II, Evangelium Vitae, para constatar que os ensinamentos da Igreja vão na contra-mão da moral e o aborto sempre será algo mal por implicar a morte deliberada de um ser humano inocente.
O Padre Lodi sustenta que não se pode matar a um bebê nem sequer para salvar a vida da mãe porque ambas são vidas humanas independentes. Se teoricamente se dá o caso, nada se pode fazer e nunca é lícito “fazer o mal para que daí se tire o bem”. Tanto a vida da mãe como a da criança são absolutamente iguais, acrescenta o sacerdote e precisa que ambos são “seres humanos criados a imagem e semelhança de Deus, possuidores de uma alma imortal e de um destino sobrenatural”.
O Padre Lodi indica que o aborto tampouco é “lícito em casos de violação porque a repugnância contra o crime nunca poderá se converter em repugnância contra um inocente concebido. A vida sempre é um dom de Deus, ainda quando surge em circunstâncias pecaminosas”.
Nota da CNBB sobre as Católicas pelo Direito de Decidir
Têm chegado à sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB – inúmeras consultas sobre a ONG denominada “Católicas pelo Direito de Decidir”, uma vez que em seus pronunciamentos há vários pontos contrários à doutrina e à moral católicas.
Esclarecemos que se trata de uma entidade feminista, constituída no Brasil em 1993, e que atua em articulação e rede com vários parceiros no Brasil e no mundo, em particular com uma organização norte-americana intitulada “Catholics for a Free Choice”. Sobre esta última, a Conferência dos Bispos Católicos dos Estados Unidos já fez várias declarações, destacando que o grupo tem defendido publicamente o aborto e distorcido o ensinamento católico sobre o respeito e a proteção devidos à vida do nascituro indefeso; é contrário a muitos ensinamentos do Magistério da Igreja; não é uma organização católica e não fala pela Igreja Católica[1]. Essas observações se aplicam, também, ao grupo que atua em nosso país.
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A Campanha da Fraternidade deste ano de 2008 reafirma nosso compromisso com a vida, especialmente, com a vida do ser humano mais indefeso, que é a criança no ventre materno, e com a vida da própria gestante. Políticas públicas realmente voltadas à pessoa humana são as que procuram atender às necessidades da mulher grávida, dando-lhe condições para ter e a criar bem os seus filhos, e não para abortá-los.
“Escolhe, pois, a vida” (Dt 30,19). Ainda que em determinadas circunstâncias se trate de uma escolha difícil e exigente, reafirmamos ser a única escolha aceitável e digna para nós que somos filhos e filhas do Deus da Vida.
Conclamamos os católicos e a todas as pessoas de boa vontade a se unirem a nós na defesa e divulgação do Evangelho da Vida, atentos a todas as forças e expressões de uma cultura da morte que se expande sempre mais.