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Dória impõe toque de recolher: SP fica novamente sem missas

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No mais recente decreto, Dória impõe toque de recolher, restringindo ainda mais a população e volta a proibir a celebração de missas públicas, mesmo tendo há pouco tempo decretado que as igrejas eram um serviço essencial.

De acordo com o site UOL, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou hoje que o estado entrará a partir de segunda-feira (15) na fase emergencial do Plano São Paulo, que estabelece medidas mais restritivas do que a atual, vermelha. Igrejas terão as atividades presenciais interrompidas, os campeonatos de futebol ficarão suspensos e as escolas estaduais devem entrar em recesso escolar.

As restrições estão previstas para durarem até o dia 30 para tentar conter o avanço da pandemia de covid-19. O plano é diminuir a circulação de mais de 4 milhões de trabalhadores.

“A suspensão de entregas de alimentos e produtos no estabelecimento comercial. Drive-thru é única forma de fazer essa entrega. E permanece possibilidade de delivery durante 24 horas pra restaurantes e outros estabelecimentos”, afirmou Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência.

Em vídeo divulgado horas antes da entrevista coletiva de anúncio das novas medidas, Doria havia antecipado que tomaria uma “decisão impopular”. As novas restrições têm como objetivo desacelerar o avanço da pandemia de covid-19 e evitar mais colapsos no sistema de saúde, que já tem várias unidades com 100% de ocupação dos leitos de UTI para a doença.

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Novas restrições:
• Atividades religiosas, como missas e cultos, não podem mais ocorrer presencialmente, mas igrejas permanecem abertas.
• Campeonatos esportivos profissionais, como jogos de futebol, ficam suspensos.
• Lojas de material de construção não poderão abrir
• Teletrabalho obrigatório para todas atividades administrativas não essenciais
• Comércios e restaurantes não poderão operar com serviço de retirada presencial, apenas delivery (24h) ou drive-thru (das 5h às 20h)
• Proibição do uso de parques e praias em todo o estado
• Toque de recolher das 20h às 5h em todo o estado
• Antecipação do recesso escolar

Novas recomendações:
• Escalonamento do horário de entrada de funcionários da indústria, comércio e serviços, para evitar aglomerações no transporte público
• Uso de máscara em ambientes internos, inclusive entre familiares de residências diferentes
• Redução das atividades presenciais nas escolas ao mínimo possível

O que pode funcionar na fase vermelha:
• Escolas privadas, com 35% da capacidade
• Hospitais, clínicas, farmácias, dentistas e estabelecimentos de saúde animal (veterinários)
• Supermercados, hipermercados, açougues e padarias, lojas de suplemento, feiras livres
• Delivery para bares, lanchonetes e restaurantes
• Cadeia de abastecimento e logística, produção agropecuária e agroindústria, transportadoras, armazéns, postos de combustíveis
• Empresas de locação de veículos, oficinas de veículos, transporte público coletivo, táxis, aplicativos de transporte, serviços de entrega e estacionamentos
• Serviços de segurança pública e privada
• Construção civil e indústria
• Meios de comunicação, empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e imagens
• Outros serviços: lavanderias, serviços de limpeza, hotéis, manutenção e zeladoria, serviços bancários (incluindo lotéricas), serviços de call center, assistência técnica e bancas de jornais.

A decisão sobre a fase emergencial foi tomada em reunião com integrantes do Centro de Contingência do Coronavírus. A gestão de Doria avaliou que a criação de uma nova fase no Plano São Paulo seria mais didática para a população do que somente anunciar medidas restritivas adicionais à fase vermelha.

O governador também seguia avaliando os impactos políticos que a decisão poderia ter, considerando que já vem enfrentando protestos de setores do comércio contra a adoção da fase vermelha em todo o estado. As igrejas e as escolas eram um ponto sensível, já que foram mantidas em funcionamento mesmo com o fechamento de tudo que não é considerado atividade essencial.

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Toque de recolher

O governo também estipulou um toque de recolher entre as 20h às 5h. Com isso, deve impedir a circulação de pessoas que não tenham um motivo emergencial, como saúde e trabalho, para estarem na rua.

A mensagem é clara: não devemos circular após esse horário, a não ser que haja necessidade absoluta. Proibição de uso de praias e parques. Mesmo que siga para não haver aglomerações, pessoas usam esse espaço para encontro. Proibição completa de qualquer aglomeração.
Paulo Menezes, coordenador do Centro de Contingência

Transporte público

Não foi anunciada nenhuma restrição ao transporte público. O estado traçou um plano de sugestão de entrada de funcionários dos poucos setores que seguem trabalhando, para evitar aglomeração no transporte público, tão comum em horários de pico, mesmo na fase vermelha. São elas:

  • Funcionários da indústria: 5h – 7h
  • Funcionários de serviços: 7h – 9h
  • Funcionários do comércio: 9h – 11h

Os horários são sugestões do governo às empresas, e não imposição obrigatória aos trabalhadores.

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