O Arcebispo de São Francisco, nos Estados Unidos, Mons Salvatore Cordileone celebrou em 16 de novembro a Missa Pontifical Extraordinária anual, segundo o Rito Extraordinário na Basílica da Imaculada Conceição, em Washington-DC.
Com a grande Igreja cheia, Cordileone disse que a beleza alimenta a alma e sugeriu que a atual falta de beleza “explica o mal estar espiritual em que nos encontramos.”
Até o final da Missa quando se cantou o Salve Regina, Cordileone se comoveu tanto que começou a lacrimejar.
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Um coro cantou a “Missa de América” composta por Frank Lá Rocca.
Assista abaixo a Santa Missa completa:
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Fiéis viajam grandes distâncias em busca da Missa Tridentina
No Brasil, são muitos os católicos que desejam frequentar a missa tridentina, mas são privados deste tesouro da Igreja.
A Missa na forma Extraordinária do Rito Romano (Rito de São Pio V) ou Missa Tridentina, como é popularmente conhecida, é a liturgia da missa celebrada durante muitos séculos, desde 1570, que serviu como meio de santificação para os grandes santos da Igreja.
Assim como a forma Ordinária do Rito Romano (rito de São Paulo VI) ela é a celebração do Sacrifício de Jesus na Cruz, ou seja, é a mesma missa que estamos acostumados, entretanto com algumas diferenças no ritual.
Ela é comumente celebrada em Latim e, nas capelas onde são celebradas, o sacerdote fica na posição Ad Orientem durante a maior parte do rito, ou seja, o sacerdote fica de frente para o altar (de costas para o povo), mantendo-se deste modo de frente para a Cruz central da igreja e o Sacrário que geralmente fica no centro do altar.
Essas missas são conhecidas por manterem uma sobriedade maior do que se observa em grande parte das missas celebradas nas paróquias cujo rito celebrado é o ordinário.
Os fiéis que frequentam a missa tradicional são orientados a manterem-se em silêncio, o que proporciona um aspecto de sacralidade mais elevado e facilita que os presentes mantenham-se em oração e tenham uma experiência diferenciada.
Todos buscam se vestir com modéstia, as mulheres usam véu e lindos vestidos, e os homens usam vestes mais elegantes. Tudo isso se une ao canto gregoriano acompanhado do órgão polifônico para tornar cada santa missa uma experiência sobrenatural inesquecível!
Além do latim, do silêncio e do canto gregoriano, outro aspecto muito importante, responsável por atrair muitos fiéis para missas no rito extraordinário, é a ausência de abusos litúrgicos, uma vez que este rito é bem específico na atuação do celebrante e nos componentes que são permitidos durante a liturgia, o que praticamente impossibilita que hajam abusos ou exageros, como é comum na maioria das paróquias que celebram o rito ordinário.
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Fiéis em busca da Missa Tridentina
Em quase todas as dioceses no Brasil têm surgido fiéis, na maioria jovens, que desejam frequentar a missa na forma extraordinária do rito romano. Grande parte deles nunca teve a chance de participar de uma, e desejam ao menos conhecê-la, assim como há muitos que já participaram e se enamoraram deste rito.
Entretanto, mesmo com a proliferação de fiéis que desejam viver o que muitos santos viveram, ainda são muitas as dioceses que não oferecem este tesouro litúrgico aos seus fiéis. Em muitas delas, onde a teologia da libertação e o progressismo predominam, há relatos de féis que são duramente criticados por se apegarem ao que membros progressistas do clero chamam de “costumes ultrapassados”.
Em seu pontificado o Papa Bento XVI publicou o Motu Proprio sobre o uso da liturgia romana anterior à reforma de 1970, reafirmando o fato de que o rito extraordinário nunca foi abolido da Igreja e que não há necessidade de “permissão especial” para que qualquer sacerdote celebre este rito, na intenção de popularizar esta forma do rito romano e também como contraponto aos abusos litúrgicos que se tornaram cada vez mais frequentes.
Entretanto, mesmo com a orientação do Santo Padre, ainda há muitos bispos que proíbem seus padres de celebrarem a missa no rito de São Pio V, privando, deste modo, os fiéis de terem acesso a esta liturgia a qual a foi celebrada durante muitos séculos. Não é incomum encontrar dioceses nas quais sacerdotes que insistem em celebrar a missa no rito extraordinário sejam punidos e até mesmo marginalizados, por seguirem a orientação da igreja ao invés de aceitar as restrições de seus bispos.
Além de bispos, existe também uma forte atuação de padres de linha progressista que, por uma má formação, se opõem a esta forma do rito, e utilizam-se de sua posição de destaque para criticá-lo publicamente aos fiéis, assim como também fazem duras críticas aos leigos e comunidades que utilizam o latim em orações, ou que fazem o uso do véu, ou que simplesmente desejem receber a eucaristia de maneira mais respeitosa, de joelhos e na boca.
Como não são poucas as dioceses onde essas práticas acontecem, cada vez mais fiéis têm se organizado para buscar a Missa em Latim em paróquias distantes de suas casas e até mesmo em outras dioceses.
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Renovação do Clero
O pontificado de Bento XVI foi responsável por fazer grande movimento na Igreja para a recuperação da liturgia, seja através da conscientização da aplicação correta do rito ordinário, como também na popularização do rito extraordinário através do Motu Proprio e do incentivo ao surgimento de institutos de vida consagrada que valorizassem a tradição e a liturgia bem celebrada.
Além do grande esforço do papa, outro aspecto que ajudou muitos padres, seminaristas, e vocacionados a recuperarem a noção da importância de uma liturgia bem celebrada foi o surgimento da tecnologia (internet/celulares/etc) que facilitou o acesso à informação e formações de qualidade por parte dos membros do clero. O mesmo aconteceu também com os leigos que, por sua vez, começaram a cobrar seus párocos a correção de possíveis abusos.
Sabemos que ainda estamos longe de alcançar um nível de qualidade aceitável para a liturgia, pois a maioria dos seminários, paróquias e dioceses não coadunam com as orientações da Igreja, e em muitos casos até incentivam abusos litúrgicos, e para piorar não oferecem uma catequese adequada dos fiéis.
Contudo, o surgimento recente de seminaristas e padres piedosos, alinhados ao ensinamento da igreja e que incentivam a tradição, ascendeu a chama da esperança de que, apesar da CNBB não tomar atitudes concretas quanto aos abusos litúrgicos e abusos de autoridade por parte de alguns membros do clero, possa haver, de médio a longo prazo, a renovação do clero e, com isso, a renovação dos costumes nas paróquias que frequentamos.
Sabemos que essa missão (quase impossível) só pode ter sucesso com intervenção divina, por isso cabe a nós clamar à Santíssima Virgem e a São Miguel que passem à frente neste importante momento, e ajudem a recuperar o respeito e o amor ao sagrado, afastando deste modo, todo relativismo e dessacralização que cada vez mais tem invadido a Santa Igreja.
Texto: Equipe Templário de Maria
Alguns alertas importantes:
- É importante observar que tanto o rito ordinário, quanto o rito extraordinário , são ritos válidos pela Igreja, assim como existem outras dezenas de outros ritos permitidos pela Igreja.
- Mesmo que muitas paróquias sofram com abusos litúrgicos, a santa missa no rito ordinário continua sendo válida, portanto, o fiel que deixa de participar da missa dominical pelo fato de não haver Missa Tridentina acessível, estará em pecado grave.
- Qualquer padre católico apostólico romano pode celebrar a forma extraordinária do rito romano, infelizmente isso não ocorre pois o rito é mais complicado que o rito ordinário, e exige que o sacerdote tenha conhecimento do latim. (peça para seu padre aprender a celebrar! ?
Sacrilégios contra a Santíssima Eucaristia
Convidamos aos que visitaram este artigo a assistir este vídeo mostrando uma realidade muito grave acerca da Santíssima Eucaristia e que acontece diariamente em milhares de paróquias.
Clique aqui para assistir: