Católicos de Belo Horizonte e região se reuniram na noite deste sábado, 20 de julho, para rezar o terço em reparação à Santíssima Virgem e agradecimento pelo cancelamento do ato blasfemo que aconteceria no mesmo horário e local pela Virada Cultural de Belo Horizonte.
Caio Bellote, presidente do Instituto São Frei Galvão, concedeu entrevista ao Portal Uai: “É um ato de desagravo em reparação às blasfêmias que ocorreriam aqui, neste local, com o apoio da prefeitura, do senhor secretário de Cultura, Juca Ferreira, onde seria coroado um homem como Nossa Senhora numa procissão sacrílega, indo contra o artigo 208 do Código Penal, que protege o culto. Eu não considero cultura ofender a fé católica de milhões de brasileiros”.
Os fiéis que rezaram no horário já haviam marcado a vigília na porta da igreja, como forma de repudiar a coroação. “Decidimos manter (o ato) para agradecer e mostrar que os católicos estão mobilizados contra algo que fira o sentimento religioso”, disse um dos organizadores, o advogado Giovanni Costa, de 24 anos em entrevista ao portal Uai.
Os católicos cantaram músicas cristãs e rezaram em frente à imagem de Nossa Senhora de Fátima. Costa afirmou que os católicos respeitam as pessoas trans, mas se sentiram “agredidos com o tom da coroação”.
Assista a um trecho do momento de oração:
Assista o momento em que cantam o hino Salve Regina (Salve Rainha em latim):
Um grave ataque à Fé Católica estava previsto para acontecer durante fim de semana no evento Virada Cultural em Belo Horizonte. Uma performance denominada ”Coroação da nossa senhora das travestis” faria parte da programação da virada cultural até que o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, vendo os intensos protestos, através das redes sociais, decidiu cancelar o evento.
Em sua fala, Kalil afirmou que defende “todas as liberdades”, mas informou que “ninguém vai agredir a religião de ninguém”.
Mais cedo, ainda nesta sexta-feira, a Arquidiocese de Belo Horizonte publicou uma carta em nome de dom Walmor Oliveira de Azevedo, arcebispo e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em que pedia a suspensão da atração cultural.
No texto, a igreja defende que a “Coroação a Nossa Senhora dos Travestis” é uma “ação preconceituosa e criminosa. A arquidiocese religiosa ainda convocou “todos os católicos a se manifestarem”.
Leia o comunicado da Arquidiocese de Belo Horizonte na íntegra: CLIQUE AQUI