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Catequese

A VERDADE E O ERRO, NÃO ESTÃO EM PÉ DE IGUALDADE

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Diz sua Santidade, o Papa Leão XIII: “Tolerar que todas as religiões são iguais, é o mesmo que ateísmo”. Lemos em Apocalipse: “Toda a Terra se maravilhou após a besta, e adoraram o dragão, porque deu a sua autoridade à besta. Adoraram a besta, dizendo: “Quem há semelhante à besta, e quem pode pelejar contra ela?”. Vi, então, outra fera subir da Terra. Tinha dois chifres como um cordeiro, mas falava como um dragão. Ela exercia todo o poder da primeira fera, sob a vigilância desta, e fez com que a Terra e os seus habitantes adorassem a primeira fera” – (apocalipse 13). Deus cega aos que não resistem ao erro, aos que não querem defender a verdade. Diz na Sagrada Escritura: “Todo aquele que caminha sem rumo e não permanece na doutrina de Cristo, não tem Deus. Quem permanece na doutrina, este possui o Pai e o Filho. Se alguém vier a vós sem trazer está doutrina, não o recebais em vossa casa, nem o saudeis. Porque quem o saúda toma parte em suas obras más” – (2 João 9-11). Muitos hoje, dentro da Igreja Católica, seguem por um caminho contrário dos santos, doutores da Igreja e papas. (Sem falar nos mártires que morreram defendendo com seu sangue a Santa Igreja Católica). Não será dever de um católico julgar entre a fé que lhe ensinam hoje e a que foi ensinada durante vinte séculos de tradição da Igreja? Não ensinam mais a fé católica. Não defendem mais a fé católica. Eles arrastam a igreja para algo diferente da Igreja Católica. E como diz São Pio X: “E o que exige que sem demora falemos, é antes de tudo que os fautores do erro já não devem ser procurados entre inimigos declarados; mas, o que é muito para sentir e recear, se ocultam no próprio seio da Igreja, tornando-se destarte tanto mais nocivos quanto menos percebidos”. A verdade e o erro não estão em pé de igualdade. Isso seria colocar Deus e o Diabo em pé de igualdade, visto que o Diabo é o pai da mentira, o pai do erro. Devemos ser os continuadores da Igreja Católica. Estou com vinte séculos de Igreja, e estou com todos os santos do céu! Em relação ao ecumenismo, ou melhor dizendo, à unidade cristã, e ao legítimo diálogo religioso entre cristãos, é essa a única forma de caridade que todo católico deve objetivar: trazer à verdadeira e única Igreja aos cristãos para que tenham acesso aos sacramentos e à verdade. O ecumenismo não é a modificação da fé e doutrina católica. Não se trata de mudar o significado dos dogmas, de adaptar a verdade aos gostos de uma época!Em, São Mateus 16, 23,diz assim: “Mas Jesus, voltando-se para ele, disse-lhe: afasta-te, Satanás! Tu és para mim um escândalo; teus pensamentos não são de Deus, mas dos homens!”.Quando Nosso Senhor, lamentavelmente, não reina pelos benefícios ligados à sua presença, reina por todas as calamidades inseparáveis de sua ausência. Diz o Papa Agatão: “Quem reza com hereges, é um herege”.Não podemos esquecer, sobre o mais importante de todas as coisas, o objetivo santo de nossa religião: a salvação das almas!!

O Papa Pio XI  lembrava que “a única religião verdadeira é a Católica, e que a igreja de Deus tem que ser visível, enquanto que os ecumênicos julgam que a igreja perceptível é uma federação de várias comunidades cristãs, embora aderentes cada uma delas a doutrinas opostas entre si” – (Pio XI, carta encíclica mortalium animos, 8). Não podemos ir contra as tradições e dogmas da Santa Igreja Católica, contrariando os ensinamentos das Sagradas Escrituras, dos santos, doutores e papas, com declarações que colocam a “perigo” toda a fé católica. “Todo aquele que caminha sem rumo e não permanece na doutrina de Cristo, não tem Deus. Quem permanece na doutrina, este possui o Pai e o Filho.Não podemos, se formos de fato, verdadeiramente católicos, ter a missão de confundir as pessoas, difundir o erro e destruir o verdadeiro catolicismo, sob a guisa de ser “misericordioso” e “humilde”, com o pretexto da paz e do amor, somente para agradar e fazer a vontade dos homens, e não a de Deus – “Porque amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus” (São João 12, 43) – mais uma vez, não podemos substituir a doutrina bimilenar da Santa Igreja, por uma atitude pastoral. Não existe atitude pastoral, separada do ensinamento perene das Sagradas Escrituras, da Doutrina, da Tradição, dos Dogmas, dos Mandamentos e do Magistério da Igreja.

Eis a íntegra do parágrafo 675 do Catecismo da Igreja Católica: “Antes da vinda de Cristo, a Igreja deverá passar por uma prova final, que abalará a fé de numerosos crentes. A perseguição, que acompanha a sua peregrinação na Terra, porá a descoberto o «mistério da iniquidade», sob a forma duma impostura religiosa, que trará aos homens uma solução aparente para os seus problemas, à custa da apostasia da verdade. A suprema impostura religiosa é a do Anticristo, isto é, dum pseudo messianismo em que o homem se glorifica a si mesmo, substituindo-se a Deus e ao Messias Encarnado”. Não podemos, em nome de um falso ecumenismo, tentar unir as religiões, sob a alegação de que assim teremos a paz. Esta é a impostura religiosa de que fala São João Paulo II no catecismo, no trecho que acabamos de ler. Todos sabemos que, o único que pode nos trazer a paz, é Jesus Cristo, através de sua Igreja, a católica, e não a união das religiões, por isso o catecismo alerta que esta será uma solução aparente para o problema, às custas da apostasia da verdade, ou seja, do abandono da verdade, que é Cristo. Quando esta impostura religiosa estiver concretizada, o anticristo dirá que é o messias desta nova religião, glorificando-se a si mesmo, no lugar de Deus, e de Jesus, o verdadeiro messias encarnado. Infelizmente, esta situação vai abalar a fé dos crentes, pois muitos seguirão a falso messias. Ele se auto proclamará o Cristo dos cristãos, o Messias dos judeus, o Madi dos muçulmanos, o Buda dos budistas, e assim por diante. João Paulo II tinha explicado que “avisar sobre o pecado e o risco da condenação é o maior amor maternal da Igreja”. Esta deve ser a tarefa básica do Papa: o mandato de Jesus Cristo a Pedro é confirmar a fé dos nossos irmãos, para não confundir, perturbar e induzir em erro. De acordo com o evangelho – para falar com absoluta clareza, como disse Jesus:  sim (em caso afirmativo) ou não (em caso negativo). Mais do que isso, vem do maligno “(MT 05:37).

Alocução de sua Santidade Papa São João Paulo II a 6 de fevereiro de 1981: “Os cristãos de hoje em grande parte, se sentem perdidos, confusos, perplexos e mesmo decepcionados. De todos os lados espalharam-se ideias que contradizem a verdade que foi revelada e sempre ensinada. Verdadeiras heresias foram divulgadas nos domínios do dogma e da moral, suscitando dúvidas, confusão, rebelião. A própria liturgia foi violada. Mergulhados num relativismo intelectual e moral, os cristãos são tentados por um iluminismo vagamente moralista por um cristianismo sociológico, sem dogma definido e sem moralidade objetiva”. Para se manter no caminho de Deus, firmes na fé e verdade, durante a crise atual da igreja, nós simplesmente precisamos seguir o ensinamento de São Paulo mantendo a tradição, sempre ensinada e defendida pelos santos, doutores e papas. Diz na Sagrada Escritura: “E pelo anúncio do nosso evangelho vos chamou para tomardes parte na glória de Nosso Senhor Jesus Cristo. Assim, pois, irmãos, ficai firmes e conservai os ensinamentos que de nós aprendestes, seja por palavras, seja por carta nossa” – (II Tessalonicenses 2, 14-15). Devemos, portanto, permanecer apegados á Nosso Senhor Jesus Cristo. Devemos ficar fieis á Nosso Senhor, Rei, Príncipe e dominador do mundo inteiro. Nós não podemos mudar nada nesta linha de conduta. Oras, chegará o dia em que teremos que provar ao mundo que a grama é verde!! Que conclusão pode tirar de tudo isso o católico, sobre este falso ecumenismo ensinado hoje? Que todas as religiões se equivalem, que ele poderia muito bem obter sua salvação com os budistas ou os protestantes? Ele corre o risco de perder a fé na Santa Igreja. É bem o que se lhe sugere; quer-se submeter a Igreja ao direito comum, quer-se pô-la no mesmo plano que as outras religiões, recusa-se a dizer, mesmo entre muitos sacerdotes, os seminaristas e os professores de seminário, que a Igreja Católica é a única igreja, que ela possui a verdade, que somente ela é capaz de dar a salvação aos homens por Jesus Cristo. Agora se diz abertamente: “A Igreja não é senão um fermento espiritual na sociedade, mas em pé de igualdade com as outras religiões, um pouco mais que as outras, talvez…” aceita-se em rigor, e nem sempre, em conferir-lhe uma ligeira superioridade. Neste caso, a igreja seria apenas útil, não mais necessária. Ela constituiria apenas mais um dos meios de alcançar a salvação.

É preciso dizê-lo claramente, uma tal concepção se opõe dum modo radical ao próprio dogma da Igreja Católica. A Igreja é a única arca da salvação, nós não devemos ter medo de afirmá-lo. Vós frequentemente ouvistes dizer. “Fora da Igreja não há salvação” e isto choca as mentalidades contemporâneas. É fácil fazer crer que este princípio não está mais em vigor, que se renunciou a ele. Parece ser de uma severidade excessiva. Entretanto, nada mudou, nada pode ser mudado neste domínio, e nada nuca mudará!! Nosso Senhor não fundou várias igrejas, mas só uma. Não há senão uma só cruz pela qual nós possamos salvar e está cruz foi dada à Igreja Católica; ela não foi dada às outras. À sua Igreja, que é sua Esposa Mística, Cristo deu todas as suas graças. Nenhuma graça será distribuída ao mundo, na história da humanidade, sem passar por ela, que não seja através dela. Aqueles que reclamam da intolerância ouvindo a fórmula de São Cipriano “Fora da Igreja não há salvação”, rejeitam o Credo: “Creio na Igreja, una, santa, católica, apostólica”. Não há salvação por meio do Islão ou pelo Xintoísmo. Não há igreja budista no céu, nem igreja protestante. São coisas que podem parecer duras de ouvir, mas esta é a verdade. Não fui eu quem fundou a Igreja, foi Nosso Senhor, o Filho de Deus. Nós, católicos, somos obrigados a dizer a verdade.

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Desde o martírio de Santo Estevão, o primeiro a dar sua vida por Cristo e o qual por esta razão se festeja no dia seguinte ao do Natal, 26 de dezembro, os apóstolos puseram-se a caminho para ir difundir a Boa Nova, na Bacia do Mediterrâneo; tê-lo-iam feito se soubesse que haveria salvação também no culto de Cibele ou pelos mistérios de Eleusis? Por que Nosso Senhor lhes teria dito: “Ide evangelizar às nações”? É assombroso que hoje em dia alguns pretendam deixar cada um seguir o seu caminho para Deus segundo as crenças em vigor no seu “meio cultural”. A um padre que queria converter crianças muçulmanas, o seu bispo disse: “Não vos preocupais em convertê-las, fazei delas boas muçulmanas, será muito melhor do que torná-las católicas”! Um escândalo!! Uma vergonha!! Os que deram esta resposta assumiram uma grave responsabilidade diante de Deus. Não se altera a doutrina, não se alteram os ensinamentos. Paulo nos adverte sobre esta situação em II Tessalonicenses 2,1-4: “Ninguém de modo algum vos engane. Porque primeiro deve vir a apostasia, e deve manifestar-se o homem da iniquidade, o filho da perdição, o adversário, aquele que se levanta contra tudo o que é divino e sagrado, a ponto de tomar lugar no templo de Deus, e apresentar-se como se fosse Deus”. Aqui Paulo nos faz uma revelação muito importante: é preciso que primeiro se manifeste o Anticristo, para que Jesus concretize a sua segunda vinda, ou seja, para que Jesus volte para julgar os vivos e os mortos e para implantar, aqui nesta Terra o seu definitivo reino de amor – (Isaías 65, 13-25, Apocalipse 21, 1-4). Disse o padre Emanuel, ainda no século XIX: “Malditos os cristãos que suportam sem indignação que seu adorável salvador seja posto lado a lado com outras seitas e mestres. E Deus, infinitamente bom, vendo a decadência da raça humana, abreviará os dias, por amor ao pequeno número dos que deverão ser salvos, porque o inimigo desejaria arrastar até mesmo os eleitos a tentação, se tal fosse possível. Então a espada do castigo virá de repente e derrubará o corruptor e seus servidores”.

Não dá para cultivar a paz e o amor do “mundo”, esquecendo do amor a verdade de Cristo. O “preço” de cultivar essa paz e amor mundano, que agrada aos homens e não a Deus, será cair na “armadilha” que Satanás preparou para o fim dos tempos, fazendo que a maioria dos católicos, caia na apostasia e no erro, de aceitar que “todos” os caminhos levem a “salvação” e a Deus. Onde todas as religiões e seitas levam a Deus e ninguém necessita mais se converter a única e verdadeira Igreja, todos se salvam, e todos os caminhos levam a Deus, dizem os ecumenistas, já a serviço do Anticristo, oculto nas sombras do mundo. Disse são Gregório Magno: “A Igreja, nos últimos tempos, será espoliada da sua virtude. O espírito profético esconder-se-á, não mais terá a graça de curar, terá diminuta a graça da abstinência, o ensino esvair-se-á, reduzir-se-á, senão desaparecerá de todo o poder dos prodígios e dos milagres”.

Não preguemos a paz, de maneira mentirosa e enganadora, que leva a condenação eterna, e não á salvação eterna. Preguemos a paz como nos ensina a Santa Igreja, através de um santo: “E sim, peçamos a paz, tal como é compreendida e desejada pelos filhos de Deus; uma paz digna deste nome, que a Sagrada Escritura de modo algum separa da verdade, da justiça e da graça; esta é a paz da Igreja: o tranquilo cumprimento da lei cristã, o pacífico desenvolvimento das obras da fé e caridade, a afirmação pública da verdade e dos preceitos do evangelho, a conformidade das leis e instituições humanas com a doutrina e o ensinamento moral de Jesus Cristo, a contínua resistência ao príncipe das trevas e a todos aqueles que propagam as suas perversas máximas” – Dom Giuseppe Melchiorre Sarto, então bispo de Mântua — futuro Papa São Pio X, alocução de 3 de setembro de 1889. Esta é a paz da Igreja!!

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