Declarou o Papa São Félix III: “Não se opor a um erro é aprová-lo. Não defender a verdade é suprimi-la”. Em uma recente entrevista ao jornal espanhol ‘El Mundo’, o Padre Arturo Sosa assinalou que “fizemos figuras simbólicas, como o diabo, para expressar o mal”.
Recordemos, que o IV Concílio Ecumênico Lateranense, em 1215, declarou que nós cristãos “firmemente cremos e simplesmente confessamos” que Deus criou “do nada uma e outra criatura, espiritual e corporal, ou seja, a angelical e a mundana, e depois a humana”. “O diabo e os outros demônios”, e continua o texto conciliar: “por Deus, certamente foram criados bons por natureza; mas eles, por si mesmos se converteram em maus”.
Em 29 de junho de 1972, assinalou, Paulo VI, em sua homilia, afirmou ter a sensação de que, “por alguma fissura entrou a fumaça de Satanás no templo de Deus. Há a dúvida, a incerteza, os problemas, a inquietação, a insatisfação, o confronto”. Nesse mesmo ano, em 15 de novembro, Paulo VI advertiu que “uma das maiores necessidades da Igreja, é nos defender do Demônio”.
Quando pedimos “livrai-nos do mal” na oração do Pai Nosso, assinalamos que nesta petição, o Mal não é uma abstração, mas designa uma pessoa, Satanás, o Maligno, o anjo que se opõe a Deus. O ‘Diabo’ (dia-bolos) é aquele que ‘se atravessa’ no desígnio de Deus e na sua obra de salvação realizada em Cristo.
Disse certa vez o falecido Exorcista, padre Gabriele Amorth: “O demônio está instalado no coração da Igreja”. Essa frase, corrobora e confirma, as palavras de Paulo VI, que falou sobre a invasão da Fumaça de satanás. Para o exorcista, há sinais de que o Anticristo está vencendo a batalha contra a Santa Sé. De acordo com Amorth, as evidências são irrefutáveis. Ele ainda disse que, “na alta hierarquia Católica, há cardeais que não acreditam em Jesus, e bispos que estão ligados ao demônio”.
Devemos lembrar as aparições da Virgem em Akita, no Japão, reconhecida pela Igreja, e seu conteúdo e aviso são similares à mensagem de Fátima. Nossa Senhora disse: “O Diabo se infiltrará até mesmo na Igreja de tal um modo que haverá cardeais contra cardeais, e bispos contra bispos. Serão desprezados os padres que me veneram e terão opositores em todos os lugares. Haverá vandalismo nas Igrejas e altares. A Igreja estará cercada de asseclas do demônio que conduzirá muitos padres a lhe consagrar a alma e abandonar o serviço do Senhor. O demônio especialmente dirigirá sua ira contra almas consagradas a Deus. O pensamento da perda de tantas almas é a causa de minha tristeza. Se os homens aumentarem ainda mais seus pecados em número e gravidade, já não haverá nenhum perdão para eles”.
Fortes e contundentes palavras da Mãe de Deus. Muitos cristãos não acreditam no diabo, chegando a dizer que “Isso não é nada além de superstição”. Existe neste pensamento herético, uma certa “lógica”. Pois se “fecharam” as portas do inferno, dizendo e ensinando que ele não existe, seria lógico e conseguente, também dizer que o demônio é uma fábula, e que ele simplesmente não existe.
“Não servirei!!”
Este odioso brado de revolta ― inspiração de todos os gritos de insubmissão da História ― fez-se ouvir no Céu. Era Lúcifer, o anjo que portava a luz.
Tal era sua excelência que a Igreja aplica a ele as palavras de Ezequiel: “Tu és o selo de semelhança de Deus, cheio de sabedoria e perfeito na beleza; tu vivias nas delícias do paraíso de Deus e tudo foi empregado para realçar a tua formosura!” – (Ez 28, 12-12).
Arrastando consigo a terça parte dos anjos, Lúcifer foi precipitado no inferno, tornando-se o príncipe das trevas. O mundo está sob ataque de Satanás, conforme Nosso Senhor disse que seria (1 Pedro 5: 8-14), e esta batalha está ocorrendo dentro da própria Igreja, e a devastação é muito evidente. Na Igreja, hoje, muitos Católicos estão perplexos, porque estão vendo e ouvindo coisas jamais vistas. Ouvimos vindo da Hierarquia da Igreja, frases que na boca de qualquer outra pessoa, seria considerado blasfêmia.
Até que ponto a fumaça de satanás penetrou no seio da Igreja? E até onde vai sua demolição?
Tudo se derruba à nossa volta, tudo se questiona, a fé católica está desfigurada e questionada e, quem tem a sagrada obrigação de nos confirmar na fé, nos ensina o erro, fala pensando na reação que terão suas palavras, em agradar aos homens, razão pela qual suavizam a palavra de Deus, ou simplesmente a calam e adulteram.
Santa Francisca Romana (1384-1440), teve singulares, estupendas, e as mais estarrecedoras visões do inferno e de seus demônios. Ela descreveu o inferno, onde reina uma ordem às avessas, a desordem como o princípio constitutivo da anti-ordem de satanás: O que é uma pessoa passar uma hora com ouro ou prata derretidos e quentes dentro da garganta, sem anestésicos, sem os mil cuidados dos nossos hospitais? Então, imaginem o que é passar a eternidade com ouro e prata derretidos na garganta. Querer engolir e não poder, queimaduras horrorosas, sensações atrozes.
Tudo isto foi mostrado à Santa Francisca Romana. Viu as hierarquias de demônios, suas funções, seus suplícios e os crimes a que eles presidem. Viu Lúcifer, consagrado ao orgulho, chefe geral dos orgulhosos, rei de todos os demônios e de todos os condenados. E Santa Francisca Romana relata:
“Uma parte dos demônios fica no inferno; outra reside no ar e outra reside entre os homens, buscando a quem devorar. Os que ficam no inferno dão as suas ordens e enviam seus deputados; os que residem no ar agem fisicamente sobre as perturbações atmosféricas e telúricas, lançam por toda parte influências más, empestam o ar física e moralmente”, finaliza, mais uma vez confirmando sim, a existência do demônio.
Os demônios sofrem terrivelmente vendo um ato público de virtude. Porque eles sofrem mais em ver o bem, do que em todos os tormentos do inferno. O homem que faz o bem, que vive e respeita os Mandamento e as Leis de Deus, que tem fidelidade à Sua Doutrina, ao Seu Magistério e aos seus ensinamentos, inflige ao demônio uma tortura tremenda. Devemos pedir a Santa Francisca Romana, que ela nos dê o suficiente discernimento para compreendermos quais ações são do demônio, para odiá-las e talhá-las logo que se iniciam.
Muitas vezes o demônio se apresenta por vias indiretas, sugere-nos coisas que parecem insignificantes, uma pequena ideia fixa a respeito de uma ninharia. É a ação do demônio…
E o que fazer nesta hora? Corta essas coisas no começo! Há um princípio de sabedoria que diz “principia obstat”, corte no começo! Vamos pedir que Santa Francisca Romana nos dê o discernimento de tudo isto, e nos faça compreender como o católico precisa estar preparado para lutar contra essa pluralidade de influências, ensinamentos e pensamentos nefastos. E nos previna contra uma doutrina errada, mas tão frequente, de que a tentação do demônio seja apenas uma superstição. Vamos pedir a Santa Francisca Romana que nos dê uma clara e lúcida visão dessas verdades.
Diz na Sagrada Escritura: “Na hora, porém, em que os homens repousavam, veio o seu inimigo, semeou joio no meio do trigo e partiu” – (São Mateus 13, 25).
Ante o crescimento de um culto materialista, um culto ao homem no lugar de Deus, a entidades maternas pagãs, é preciso lembrar que a verdadeira mãe da humanidade, é aquela cujo fruto nos alimenta para a eternidade, a Santíssima Virgem Maria, mãe de Deus e nossa mãe.
O dogma da maternidade divina de Maria está ligado a um artigo inegociável do credo cristão: a encarnação do Verbo. Na hora derradeira, Jesus entregou Sua mãe para toda a humanidade, na pessoa do apóstolo amado – (Jo 19, 25-26). Maria é, pois, a mãe que nos dá o verdadeiro alimento que salva: o pão vivo descido do céu.
Infelizmente, assistimos a uma nova onda de paganismo, a qual tem minimizado a importância da fé cristã em nossa sociedade, para ressaltar os novos deuses dos tempos modernos. A maternidade de Maria é posta de lado — por vezes, até ridicularizada —, ao passo que a nova mãe do mundo, a Gaia, como dizem alguns, ganha o espaço que antes era da Mãe de Deus. Isso explica o porquê de as igrejas estarem vazias, na virada do ano, e as praias estarem cheias: as luzes efêmeras dos fogos de artifício têm mais valor que a Luz perene irradiada por Cristo.
Uma sociedade materialista moldará deuses materialistas. Por isso, prefere-se cultuar a mãe que dá o alimento que passa, do que a Mãe que introduz na vida eterna. Mas esse culto à Mãe da Terra e ao mundo, longe de trazer libertação, prende o ser humano nos vícios da carne, nas paixões mundanas e no próprio egoísmo. O homem esquece-se de sua finalidade, que é o Céu, para concentrar esforços numa jornada sem propósito: este mundo mesmo “onde a ferrugem e as traças corroem” – (Mt 6, 19). Quantos têm desperdiçado este auxílio precioso por culpa ora de más teologias, ora do paganismo e das heresias que se propaga hoje em dia. É uma ótima oportunidade para redescobrirmos o valor da espiritualidade mariana, lembrando-nos dos pedidos que a Senhora fez à humanidade: oração e mortificação pela paz no mundo e pela salvação dos povos. Enquanto alguns fazem troça desses pedidos, os verdadeiros católicos, têm o dever de ecoar pelos quatro cantos da Terra a mensagem daquela cujo coração triunfará no último dia.
Equipe Templário de Maria