Quinta-feira da 19ª Sem. do T. Comum
A dificuldade de perdoar é como um peso morto, um cadáver mal cheiroso que carregamos dentro da alma e que torna pesadas todas as horas do dia.
Não há momento em que não nos venha à mente a lembrança daquela injúria, daquela palavra mal colocada, daquele olhar atravessado que tanto nos feriu o orgulho. Mas com que facilidade esquecemos as tantas vezes em que ofendemos, não já o próximo, mas a Deus santíssimo, que nos reconciliou consigo pela morte de seu Filho quando ainda éramos pecadores, inimigos seus e objetos da ira divina!
Ouça a homilia do Padre Paulo Ricardo para esta quinta-feira, dia 17 de agosto, e descubra como vencer o coração endurecido e abrir-se ao perdão que o Senhor espera de nós.
Santo do Dia: Santa Beatriz da Silva
Evangelho (Mt 18,21–19,1)
— Aleluia, Aleluia, Aleluia.
— Fazei brilhar vosso semblante ao vosso servo e ensinai-me vossas leis e mandamentos! Sl 118(119),135
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.
Naquele tempo, 18,21Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?” 22Jesus respondeu: “Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23Porque o Reino dos Céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. 24Quando começou o acerto, trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna.
25Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e os filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida. 26O empregado, porém, caiu aos pés do patrão, e, prostrado, suplicava: ‘Dá-me um prazo! e eu te pagarei tudo’. 27Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida. 28Ao sair dali, aquele empregado encontrou um dos seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Paga o que me deves’.
29O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: ‘Dá-me um prazo! e eu te pagarei’. 30Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que pagasse o que devia. 31Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo. 32Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: ‘Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. 33Não devias, tu também, ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?’
34O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida. 35É assim que o meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão”. 19,1Ao terminar estes discursos, Jesus deixou a Galileia e veio para o território da Judeia além do Jordão.
— Palavra da Salvação.
— Glória a vós, Senhor.