O uso de imagens e quadros religiosos em igrejas e dentro de casa é muito difundido desde os tempos remotos. Contudo, a questão das imagens sagradas ainda costuma ser bastante polêmica; e na relação entre a Igreja e os protestantes, a polêmica se acirra mais ainda, porque essas pessoas, entre muitos outros erros, acham que os católicos adoram imagens, o que não é verdade.
Diferença entre veneração e adoração
Numa discussão, o primeiro passo é precisar os termos, e por isso, de início, é necessário distinguir entre adorar e venerar.
Adoração é um ato de culto que se presta somente a Deus. Nem sequer a Virgem Maria, a mais sublime das criaturas saídas das mãos do Altíssimo, pode ser adorada. Não podemos adorar nem mesmo nossos pais. É claro que uma criança que diz “eu adoro meu pai” não comete uma falta, pois, na realidade, o que ela quis dizer é que “ama muito seu pai”. Por extensão, podemos dizer que adoramos algo ou alguém que nos agrada. Mas nem por isso somos idólatras ou politeístas.
Veneração, segundo o dicionário Houaiss, é: dedicar reverente respeito e deferência a, ter grande consideração por. Ou seja, qualquer pessoa que, a algum título, é digna de respeito, pode ser venerada. Eu posso e devo venerar os meus pais, como também devo consideração e deferência por alguma autoridade civil ou religiosa.
Católicos adoram imagens? (Idolatria)
Nós católicos não adoramos imagens. Adorar uma imagem é fazer dela um ídolo (em grego, εἴδωλον, eidolon), algo (objeto ou criatura) que é colocado no lugar de Deus, ou seja, um falso deus, e a Igreja em seus 2.000 anos de história nunca ensinou tal prática. Para nós católicos, as imagens não têm o mesmo significado que tinham para os pagãos, que as consideravam realmente como deuses. Nós não as adoramos e sabemos perfeitamente que são representações, seja de Cristo, seja de alguma criação de Deus.
Deus condena a idolatria. Mas seria lícito para um cristão confeccionar ou possuir imagens?
Vejamos o que a Bíblia diz sobre isso:
Querubins de Ouro
“O Senhor disse a Moisés: […] Farás dois querubins de ouro; e os farás de ouro batido, nas duas extremidades da tampa, um de um lado e outro de outro, fixando-os de modo a formar uma só peça com as extremidades da tampa. Terão esses querubins suas asas estendidas para o alto, e protegerão com elas a tampa, sobre a qual terão a face inclinada. Colocarás a tampa sobre a arca e porás dentro da arca o testemunho que eu te der. Ali virei ter contigo, e é de cima da tampa, do meio dos querubins que estão sobre a arca da aliança, que te darei todas as minhas ordens para os israelitas.” (Ex 25, 1. 18-22)
“Farás o tabernáculo com dez cortinas de linho fino retorcido de púrpura violeta, púrpura escarlate e de carmesim, sobre as quais alguns querubins serão artisticamente bordados.” (Ex 26, 1)
“Fez dois querubins de ouro, feitos de ouro batido, nas duas extremidades da tampa, um de um lado, outro de outro, de maneira que faziam corpo com as duas extremidades da tampa. Esses querubins, com as faces voltadas um para o outro, tinham as asas estendidas para o alto, e protegiam com elas a tampa para a qual tinham as faces inclinadas. “(Ex 37, 7-9)
Vemos acima que por vontade de Deus, as cortinas do tabernáculo deviam ser bordadas com imagens de anjos e a arca da aliança devia ter duas esculturas de anjos.
A Serpente de Bronze
Neste próximo exemplo, Deus quis agir por intermédio de uma imagem, uma serpente de bronze, ordenando que Moisés a fizesse:
“e o Senhor disse a Moisés: “Faze para ti uma serpente ardente e mete-a sobre um poste. Todo o que for mordido, olhando para ela, será salvo.” Moisés fez, pois, uma serpente de bronze, e fixou-a sobre um poste. Se alguém era mordido por uma serpente e olhava para a serpente de bronze, conservava a vida.” (Nm 21, 8-9)
Note que Deus não só permitiu o uso da imagem, como também a utiliza para o seu serviço. É importante distinguir bem a diferença entre a idolatria de imagens, com a confecção de imagens, pois é exatamente neste ponto onde muitos interpretam as escrituras por seu próprio juízo e fazem confusão. Enquanto Deus proíbe a adoração de imagens, o próprio Deus ordena a confecção de imagens em diversas narrações bíblicas já citadas acima. A seguir, podemos observar bem a diferença entre usar a serpente de bronze conforme Deus ordenou e adorar a serpente de bronze, caracterizando assim, o pecado da idolatria:
“Destruiu os lugares altos, quebrou as estelas e cortou os ídolos de pau asserás. Despedaçou a serpente de bronze que Moisés tinha feito, porque os israelitas tinham até então queimado incenso diante dela. (Chamavam-na Nehustã).” (II Rs 18, 4)
Fizeram da serpente de bronze um ídolo, um falso deus. Na continuação dos mesmos textos bíblicos, vemos que essa geração idólatra vivia na total desobediência:
“Assim aconteceu porque eles não tinham escutado a voz do Senhor, seu Deus, mas tinham quebrado a sua aliança, recusando-se a ouvir e executar o que ordenara Moisés, servo do Senhor.” (II Rs 18, 12)
Observemos que a serpente de bronze foi a primeira imagem que nos remetia a nosso Senhor Jesus Cristo, conforme escrito no novo testamento:
“Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim deve ser levantado o Filho do Homem, para que todo homem que nele crer tenha a vida eterna.” (Jo 3, 14-15)
A seguir, assista o vídeo do Padre Paulo Ricardo onde ele nos alerta para o perigo da idolatria e nos mostra como venerar os santos e suas imagens é uma forma de glorificar a Deus:
É lícito ajoelhar-se e beijar algo (objeto ou criatura) que não é Deus?
“Josué rasgou suas vestes e prostrou-se com a face por terra até a tarde diante da arca do Senhor, tanto ele como os anciãos de Israel, e cobriram de pó as suas cabeças.” (Js 7, 6)
“Abraão levantou os olhos e viu três homens de pé diante dele [anjos]. Levantou-se no mesmo instante da entrada de sua tenda, veio-lhes ao encontro e prostrou-se por terra.” (Gn 18, 2)
“Moisés saiu ao encontro de seu sogro, prostrou-se e beijou-o. Informaram-se mutuamente sobre a sua saúde e entraram na tenda.” (Ex 18, 7)
“Davi, tendo levantado os olhos, viu o anjo do Senhor que estava entre o céu e a terra, com uma espada desembainhada em sua mão, dirigida contra Jerusalém. Então Davi e os anciãos, cobertos de sacos, prostraram-se com o rosto por terra.” (I Cr 21, 16)
“Acordou o carcereiro e, vendo abertas as portas do cárcere, supôs que os presos haviam fugido. Tirou da espada e queria matar-se. Mas Paulo bradou em alta voz: Não te faças nenhum mal, pois estamos todos aqui. Então o carcereiro pediu luz, entrou e lançou-se trêmulo aos pés de Paulo e Silas.” (At 16, 27-29)
Assim como é um erro acusar Josué (que se prostrou perante a arca da aliança), Abraão, Moisés, Davi e os anciãos de idólatras por terem se prostrado diante de algo que não é Deus, também é um erro acusar de idolatria alguém que se prostra diante de uma imagem sacra que sabe perfeitamente que são representações, seja de Cristo, seja de alguma criação de Deus. O ato de ajoelhar-se diante de algo sem a intenção de adoração, é uma forma de demonstrar respeito, humildade, reverência, veneração e admiração, lembremos que adorar uma imagem é fazer dela um ídolo, algo (objeto ou criatura) que é colocado no lugar de Deus, ou seja, um falso deus, e a Igreja nunca ensinou tal prática. Para nós católicos, as imagens não têm o mesmo significado que tinham para os pagãos, que as consideravam realmente como deuses.
“O culto da religião não se dirige às imagens em si como realidades, mas as considera em seu aspecto próprio de imagens que nos conduzem ao Deus encarnado. Ora, o movimento que se dirige à imagem enquanto tal não termina nela, mas tende para a realidade da qual é imagem.” (Santo Tomás de Aquino, S. Th. II-II, 81,3, ad 3, Século XIII).
Assista o vídeo do Prof. Felipe Aquino a seguir:
Por exemplo, prostrar-se diante de uma imagem de Nossa Senhora, é na realidade prostrar-se diante da própria Mãe de Nosso Senhor Jesus Cristo, e quem não prestaria semelhante reverência diante da única pessoa que carregou o próprio Deus em seu ventre materno? A mesma reverência nós prestamos diante de imagens dos anjos e daqueles que foram grandes exemplos de fiéis seguidores de Cristo na terra, os santos, ambos dignos de nossa mais sincera veneração, admiração e respeito. Nas Sagradas Escrituras encontramos diversas outras passagens com reverência semelhante, vejamos algumas:
“Quando Davi chegou perto de Ornã, este o viu; saiu da eira e se prostrou diante de Davi, com o rosto contra a terra.” (I Cr 21, 21)
“E ele [Jacó], passando adiante, prostrou-se até a terra sete vezes antes de se aproximar do seu irmão. Mas Esaú correu-lhe ao encontro e beijou-o; ele atirou-se ao seu pescoço e beijou-o; e puseram-se a chorar. Levantando os olhos, Esaú viu as mulheres e as crianças: ‘Quem são estes que tens contigo?’, perguntou ele. ‘São, respondeu Jacó, os filhos que aprouve a Deus dar ao teu servo.’ Aproximaram-se então as servas com seus filhos e prostraram-se. Lia com seus filhos adiantaram-se por sua vez e prostraram-se, e, enfim, José e Raquel, que se prostraram também.” (Gn 33, 3-7)
“e me prostro voltado para o teu sagrado templo. […] ” (Sl 138 [137], 2)
Observação: Lembremos que o templo citado na ultima passagem, era repleto de imagens por dentro e por fora, e que os moldes e características do templo foram prescritos pelo próprio Deus. Continuando:
“[…] Enquanto Manué e sua mulher olhavam subir para o céu a chama do sacrifício que estava sobre o altar, viu que o anjo do Senhor subia na chama. À vista disso, Manué e sua mulher caíram com o rosto por terra.” (Jz 13, 19-20)
“Então ela veio e lançou-se aos pés de Eliseu, prostrando-se por terra. Em seguida tomou o filho e saiu.” (II Rs 4, 37)
“Então o Senhor abriu os olhos de Balaão, e ele viu o anjo do Senhor que estava no caminho com a espada desembainhada na mão. Inclinou-se e prostrou-se com a face por terra.” (Nm 22, 31)
“Quando Abigail avistou Davi, desceu prontamente do jumento e prostrou-se com o rosto por terra diante dele.” (I Sm 25, 23)
“Depois disse Davi a toda a assembléia: Bendizei ao Senhor, nosso Deus. E toda a assembléia bendisse ao Senhor, o Deus de seus pais, inclinando-se e prostrando-se diante do Senhor e diante do rei.” (I Cr 29, 20)
Perceba que esta ultima passagem nos mostra dois atos parecidos, porém com sentidos e razões diferentes: eles se prostram a Deus, para adorá-lo, mas também ao Rei, para reverenciá-lo. Deus em momento algum se enfureceu com aquilo e não os repreendeu. É oportuno observar que, na Bíblia, quando o ato de prostrar-se é recusado, é identificado com clareza nos textos bíblicos que o problema não está em se prostrar, mas em se prostrar para adorar:
“Prostrei-me aos seus pés para adorá-lo, mas ele me diz: Não faças isso! Eu sou um servo, como tu e teus irmãos, possuidores do testemunho de Jesus. Adora a Deus. Porque o espírito profético não é outro que o testemunho de Jesus.” (Ap 19, 10)
Vemos que o anjo percebeu a intenção de João, por isso o repreendeu para que ali não houvesse um ato indevido de adoração, que cabe somente a Deus. A seguir, vemos uma situação semelhante:
“Quando Pedro estava para entrar, Cornélio saiu a recebê-lo e prostrou-se aos seus pés para adorá-lo. Pedro, porém, o ergueu, dizendo: Levanta-te! Também eu sou um homem!” (At 10, 25-26)
Conforme bem especificado no texto, a prostração de Cornélio não foi uma simples reverência, mas tinha a clara intenção de adoração.
Concluindo a questão, é lícito ajoelhar-se e beijar algo (objeto ou criatura) que não é Deus, quando não há a intenção de adoração no coração daquele que o faz, ou seja, quando o receptor do ato não é colocado no lugar de Deus, como um ídolo, um falso deus, por isso a Igreja não repreende quando tal reverência é realizada à imagem sacra, ao sacerdote, às relíquias dos santos, ao altar, etc. A Igreja nos ensina a realizar tal ato com a intenção de veneração, respeito, humildade, reverência, admiração e não adoração.
O que a Igreja nos ensina sobre as imagens?
A imagem sagrada, o ícone litúrgico, representa principalmente Cristo. Não pode representar o Deus invisível e incompreensível: foi a Encarnação do Filho de Deus que inaugurou uma nova economia das imagens: “Outrora Deus, que não tem nem corpo nem figura, não podia de modo algum, ser representado por uma imagem. Mas agora, que Ele se fez ver na carne e viveu no meio dos homens, eu posso fazer uma imagem daquilo que vi de Deus […] Contemplamos a glória do Senhor com o rosto descoberto.” (São João Damasceno, doutor da Igreja, †749, De Sacris Imaginibus Oratio 1, 16: PTS 17, 89 e 92 (PG 94, 1245 e 1248))
A iconografia cristã transpõe para a imagem a mensagem evangélica que a Sagrada Escritura transmite pela palavra. Imagem e palavra esclarecem-se mutuamente: “Para dizer brevemente a nossa profissão de fé, nós conservamos todas as tradições da Igreja, escritas ou não, que nos foram transmitidas intactas. Uma delas é a representação pictórica das imagens, que está de acordo com a pregação da história evangélica, acreditando que, de verdade e não só de modo aparente, o Deus Verbo se fez homem, o que é tão útil como proveitoso, pois as coisas que mutuamente se esclarecem têm indubitavelmente uma significação recíproca.” (II Concílio de Niceia, em 787, Terminus: COD p. 135.).
Todos os sinais da celebração litúrgica fazem referência a Cristo: também as imagens sagradas da Mãe de Deus e dos santos. De fato, elas significam Cristo que nelas é glorificado; manifestam “a nuvem de testemunhas” (Heb 12, 1) que continuam a participar na salvação do mundo e às quais estamos unidos, sobretudo na celebração sacramental. Através dos seus ícones, é o homem “à imagem de Deus”, finalmente transfigurado “à sua semelhança”, que se revela à nossa fé – como ainda os anjos, também eles recapitulados em Cristo: “Seguindo a doutrina divinamente inspirada dos nossos santos Padres e a tradição da Igreja Católica, que nós sabemos ser a tradição do Espírito Santo que nela habita, definimos com toda a certeza e cuidado que as veneráveis e santas imagens, bem como as representações da Cruz preciosa e vivificante, pintadas, representadas em mosaico ou de qualquer outra matéria apropriada, devem ser colocadas nas santas Igrejas de Deus, sobre as alfaias e vestes sagradas, nos muros e em quadros, nas casas e nos caminhos: e tanto a imagem de nosso Senhor, Deus e Salvador, Jesus Cristo, como a de Nossa Senhora, a puríssima e santa Mãe de Deus, a dos santos anjos e de todos os santos e justos.” (II Concílio de Niceia, 787, Definitio de Sacris Imaginibus: DS 600.).
“A beleza e a cor das imagens estimulam a minha oração. É uma festa para os meus olhos, e, tal como o espetáculo do campo, impele o meu coração a dar glória a Deus” (São João Damasceno, doutor da Igreja, †749 De Sacris Imaginibus Oratio 1, 47: PTS 17. 151 (PG 94, 1268).
A contemplação dos sagrados ícones, unida à meditação da Palavra de Deus e ao canto dos hinos litúrgicos, entra na harmonia dos sinais da celebração, para que o mistério celebrado se imprima na memória do coração e se exprima depois na vida nova dos fiéis.
(Catecismo da Igreja Católica. Parágrafos 1159-1162)
As santas imagens, presentes em nossas Igrejas e em nossas casas, destinam-se a despertar e a alimentar a nossa fé no mistério de Cristo. Por meio do ícone de Cristo e de suas obras salvíficas, é a Ele que adoramos. Mediante as santas imagens da santa Mãe de Deus, dos anjos e dos santos, veneramos as pessoas nelas representadas. (Catecismo da Igreja Católica. Parágrafo 1192)
“Não farás para ti nenhuma imagem esculpida…”: Esta imposição divina comportava a interdição de qualquer representação de Deus feita pela mão do homem. O Deuteronômio explica: “Tomai muito cuidado convosco, pois não vistes imagem alguma no dia em que o Senhor vos falou no Horeb do meio do fogo. Portanto, não vos deixeis corromper, fabricando para vós imagem esculpida do quer que seja.” (Dt 4, 15-16). Quem Se revelou a Israel foi o Deus absolutamente transcendente. “Ele é tudo”, mas, ao mesmo tempo, “está acima de todas as suas obras.” (Eclo 43, 27-28). Ele é “a própria fonte de toda a beleza criada.” (Sb 13, 3).
No entanto, já no Antigo Testamento Deus ordenou ou permitiu a instituição de imagens, que conduziriam simbolicamente à salvação pelo Verbo encarnado: por exemplo, a serpente de bronze (Cf. Nm 21, 4-9; Sb 16, 5-14; Jo 3, 14-15), a arca da Aliança e os querubins (Cf. Ex 25, 10-22; 1 Rs 6, 23-28; 7, 23-26).
Com base no mistério do Verbo encarnado, o sétimo Concílio ecumênico, de Niceia (ano de 787) justificou, contra os iconoclastas, o culto dos ícones: dos de Cristo, e também dos da Mãe de Deus, dos anjos e de todos os santos. Encarnando, o Filho de Deus inaugurou uma nova economia das imagens. O culto cristão das imagens não é contrário ao primeiro mandamento, que proíbe os ídolos. Com efeito, “a honra prestada a uma imagem remonta ao modelo original” (São Basílio Magno, †379, Liber de Spiritu Sancto, 18, 45: SC 17bis. 406 (PG 32, 149)) e “quem venera uma imagem venera nela a pessoa representada” (II Concílio de Niceia, Definitio de Sacris Imaginibus: DS 601; cf. Concílio de Trento, Sess. 25ª, Decretum de Invocatione, Veneratione et Reliquiis Sanctorum, et Sacris Imaginibus: DS 1821-1825; II Concílio do Vaticano, Const. Sacrosanctum Concilium, 125: AAS 56 (1964) 132: Id., Const. dogm. Lumen Gentium, 67: AAS 57 (1965) 65-66.).
A honra prestada às santas imagens é uma veneração respeitosa, e não uma adoração, que só a Deus se deve: “O culto da religião não se dirige às imagens em si mesmas como realidades, mas olha-as sob o seu aspecto próprio de imagens que nos conduzem ao Deus encarnado. Ora, o movimento que se dirige à imagem enquanto tal não se detém nela, mas orienta-se para a realidade de que ela é imagem.” (São Tomás de Aquino, doutor da Igreja, †1274, Summa theologiae, 2-2. q. 81, a. 3, ad 3: Ed. Leon. 9, 180.).
O culto das imagens sagradas funda-se no mistério da encarnação do Verbo de Deus. E não é contrário ao primeiro mandamento.
(Catecismo da Igreja Católica. Parágrafos 2129-2132; 2141)
Guias para a oração: […] A escolha de um lugar favorável não é indiferente para a verdade da oração: para a oração pessoal, pode servir um recanto de oração, com a Sagrada Escritura e ícones (imagens) para aí se estar “no segredo diante do Pai” (Cf. Mt 6, 6). Em uma família cristã, este gênero de pequeno oratório favorece a oração em comum; […]
As expressões da oração: […] A meditação é sobretudo uma busca. O espírito procura compreender o porquê e o como da vida cristã, para aderir e corresponder ao que o Senhor lhe pede. Exige uma atenção difícil de disciplinar. Habitualmente, recorre-se à ajuda de um livro e os cristãos não têm falta deles: a Sagrada Escritura, em especial o Evangelho, os santos ícones (as imagens), os textos litúrgicos do dia ou do tempo, os escritos dos Padres espirituais, as obras de espiritualidade, […]
(Catecismo da Igreja Católica. Parágrafos 2691; 2705)
Concluindo o assunto de estudo, ouça a seguir um áudio sobre as imagens e a idolatria perante o primeiro mandamento Amar Deus sobre todas as coisas:
Finalizando este capítulo sobre as questões das imagens, ouça o áudio a seguir onde o Prof. Felipe Aquino aborda a importância das imagens sacras na liturgia católica:
Fonte: Católico Responde.