A Penitência, chamada também Confissão, é o Sacramento instituído por Jesus Cristo para perdoar os pecados cometidos depois do Batismo.
A Instituição da Penitência. A Penitência foi instituída na tarde do dia da Ressurreição, quando Jesus, depois de entrar no Cenáculo, deu solenemente aos Apóstolos o poder de perdoar os pecados, dizendo: “Recebei o Espírito Santo; àqueles a quem perdoardes os pecados, serão perdoados, aqueles a quem perdoardes os pecados, serão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos”.
Jesus ensina-nos a confessar bem. Com a parábola mais linda do Evangelho, a do filho pródigo, Jesus ensina-nos a fazer uma boa confissão, com a alma cheia de confiança no Amor Misericordioso do Pai. Vale a pena ler e meditar a parábola: Lc 15, 11-26.
Para uma boa confissão requerem-se cinco coisas:
- Exame de consciência: isto é, rezar e pensar nos pecados cometidos por pensamentos, palavras, atos e omissões (“caindo em si, disse…” Lc 15,17);
- Arrependimento dos pecados: também do já perdoados (“quantos empregados de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morrendo de fome” Lc 15,17);
- Propósito de nunca maus pecar: antes morrer do tornar a pecar (“vou-me embora, procurar o meu pai” Lc 15,18);
- Confissão, isto é, contar os pecados ao confessor: em espécie, número e circunstância (Pai pequei contra o céu e contra ti” Lc 15, 21)
- Satisfação, isto é, execução da penitência imposta pelo confessor, se possível imediatamente (“Já não sou digno de ser chamado teu filho” Lc 15,21) cf. CDC 981, 987 e 988.
Arrependimento dos pecados. Das cinco coisas necessárias para fazer uma boa confissão, é o arrependimento dos pecados a mais importante. Este pode ser de três espécies:
- Natural: produzido por motivos meramente humano, não apaga nenhum dos pecados.
- Sobrenatural imperfeito: atrição; é produzido principalmente pelo medo dos castigos de Deus, sem a confissão, apaga os pecados veniais, com a confissão, apaga também os pecados mortais.
- Sobrenatural perfeito: contrição; é produzido principalmente pelo amor para com Deus, unido ao propósito ou ao desejo de confessar-se, apaga todos os pecados, mas fica de pé a obrigação de acusar os pecados mortais já perdoados, na próxima confissão, sem a qual não é lícito comungar.
Confissão frequente: “a acusação dos pecados graves é necessária; a confissão frequente continua a ser uma fonte privilegiada de santidade, de paz e de alegria!” (Paulo VI – Exortação apostólica sobre a alegria cristã – 09-05-1975).
“Por inspiração do Espírito Santo foi introduzido na Igreja o uso piedoso de Confissão frequente, com a qual:
– aumenta-se a humildade cristã,
– desenvolver-se a humildade cristã,
– arranca-se a perversidade dos costumes,
– resiste-se à negligencia e ao torpor espiritual;
– purifica-se a consciência;
– procura-se a salutar direção da consciência;
– fortalece-se a vontade;
– aumenta-se a graça por força do próprio Sacramento”
(Pio XII – Enciclica “Mystici Corporis”)Para um cristão, o Sacramento da Penitência é a via ordinária para obter o perdão e a remissão dos seus pecados graves cometidos depois do Batismo (RP,31– 02-1984)