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Santo do Dia

São Pacômio, fundador do primeiro mosteiro – 09 de Maio

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SANTO DO DIA – 09 DE MAIO – SÃO PACÔMIO
Bispo e Confessor

Pacômio nasceu na Alta Tebaida, em 292, filho de pais idólatras. Desde a meninice, mostrou-se doce e modesto, e sempre deixou entrever a aversão que sentia pelas celebrações profanas dos infiéis no culto dos ídolos.

Aos vinte anos, partiu para Tebas ou Dióspolis, com as tropas de Maximino, que enfrentava Licinius e Constantino, e, entretanto com inúmeros cristãos, converteu-se.

São Pacômio e o monge que servia ao demônio... - Arautos do Evangelho

A derrota de Maximino dispersou as tropas. Pacômio, então, ao invés de voltar para os seus, foi fixar-se numa cidade da Tebaida, onde havia uma igreja cristã. Inscrito entre os catecúmenos, com sofreguidão preparou-se ara receber o batismo. Desde que se convertera, tendo Jesus Cristo como o Filho único de Deus, ansioso por fazer o bem aos homens, vinha recitando com calor:

– Ó Deus, criador do céu e da terra, lança sobre mim um olhar de compaixão, livra-se das misérias, ensina-se o meio de te ser agradável. Isto será toda a minha ocupação e a maior aplicação de minha vida – servir-Te e cumprir a Tua vontade.

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Recebido o batismo, o jovem Pacômio começou a examinar-se meticulosamente, a procurar o meio de cumprir fielmente as obrigações que sentia e devia cumprir. Teve, então, conhecimento de que, no deserto, servindo a Deus com grande perfeição, vivia um venerável ancião, chamado Palimão. Foi procurá-lo.

Encontrando-o, com insistência pediu ao bom velho que o admitisse em sua companhia. Desejava viver sob sua proteção e nada havia de desviá-lo daquele intento.

Palimão considerou o moço longamente, e principiou a falar das dificuldades e das austeridades daquela maneira de viver, dos que, com o mesmo ardor e a mesma disposição de ânimo, desejavam viver ao seu lado – e acabaram, depois num determinado tempo, por renunciar o caminho tão ardentemente palmilhado de início. E aconselhou:

– Experimenta tuas forças, este teu ardor, nalgum mosteiro. Considera, ademais, meu filho, que meu alimento não passa dum pouco de pão e de sal, que não bebo vinho, não faço uso de gorduras, velo para mais da metade da noite, que passo todo este tempo a entoar salmos, a meditar as santas Escrituras e que, às vezes, varo toda uma noite sem dormir.
Pacômio ouviu-o um tanto surpreso, mas não deu mostras de desencorajado. Sabia que, com a ajuda de Deus, conseguiria vencer todas as dificuldades e havia de ser agradável ao Senhor, conforme prometera a si mesmo, catecúmeno ainda. E, dizendo a Palimão que observaria tudo aquilo que lhe fosse dado observar, o santo velho admitiu-o em sua modestíssima cela, dando-lhe o hábito monástico.

Levado pelo exemplo do solitário Palimão, Pacômio, com toda a disposição, começou a suportar a vida isolada. De quando em quando, juntos, recitavam o saltério, davam-se aos trabalhos manuais, os quais sempre eram acompanhados pela oração mental.

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Pacômio, muito contrito, pedia a deus, principalmente, a pureza de coração. Queria, livre de todo apego às criaturas, desembaraçado de todas as coisas do mundo, servir a Deus de corpo e alma, com todas as forças de que pudesse dispor. Assim, para arrancar, pela raiz, as paixões desordenadas, a primeira coisa que fez, foi aplicar-se na obtenção mais profunda humildade, da paciência e da doçura.

São Pacômio - (09/05)

Rezando com os braços estendidos, todo ele uma cruz, fazia a admiração do mestre, que nele via um discípulo verdadeiramente promissor. E lhe dizia, encorajando-o ternamente:

– Trabalhe e vela, meu caro Pacômio, para que o inimigo não deite por terra todos os teus esforços. Arruinando-te.

Um dia de Páscoa, o velho solitário ordenou ao discípulo que preparasse o jantar de modo que se comemorasse condignamente a grande solenidade. Pacômio tratou de cumprir a ordem do mestre: tomou uma certa quantidade de óleo e juntou-lhe um pouco de sal, depois do que, com ele regou um punhado de ervas selvagens que esperava num rude prato.

Quando se sentaram à mesa, Palimão tomou do pão que lhe cabia. Pacômio, então, viu-o chorar e dar pancadas na cabeça, desesperado. Admirado mas respeitoso, nada perguntou, à espera, pacientemente duma explicação. E o velho, sempre a chorar, olhando o discípulo, exclamou:

– Ai! Meu Salvador foi pregado na cruz e eu me vou dar a satisfação de comer com azeite?

E nada o levou a tomar daquilo que Pacômio havia preparado.

O santo, depois dum certo tempo, habituou-se com o retiro que, de zem em vez, fazia num vasto deserto desabitado, às margens do Nilo, o deserto de Tebena, adstrito à diocese de Tentira. Um dia, ali, todo consumido na oração, ouviu uma voz que lhe dizia, muito claramente:

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– Tu erguerás aqui um mosteiro para abrigar aqueles que Deus te enviará para o servir.

Imediatamente, apareceu-lhe um anjo, que se lhe aproximou e principiou a dar algumas instruções que diziam respeito à vida monástica.

Depois que deixou a solidão de Tebena, Pacômio buscou Palimão e lhe contou o sucedido. E os dois, indo ao deserto, no local em que o anjo aparecera ao santo, construíram uma cela. Era no ano de 325, e Palimão, que ao discípulo prometera visitar todos os anos, pouco depois falecia.

O primeiro discípulo de São Pacômio foi o irmão mais velho, João, que logo faleceu. Jovens acorriam ao deserto de Tebena de toda a parte, atraídos pela santidade do santo abade. O edifício, que se construiu inicialmente, foi pequeno para acolher os sequiosos, de modo que, sem tardança, houve que ampliá-lo.

Pouco tempo havia passado e a nova casa já contava uma centena de almas.

São Pacômio, que aos religiosos dera hábitos de grosseira lã, vivia apenas coberto com o cilício que lhe aderia, apertado, ao corpo castigado pelas austeridades, seco pelos jejuns constantes. Por quinze anos, viveu o santo sem se abrigar. Repouso, tomava-o ele assentado numa pedra, onde cochilava, porque não dormia, que o tempo gasto no sono era tempo roubado ao exercício do divino amor.

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Pacômio desde que se convertera, jamais tomara refeição completa. Ali, na casa do deserto, todos comiam juntos, em silêncio, num vasto refeitório, com o capuz caído sobre o rosto, de sorte que o vizinho não visse o companheiro.

Todos os monges se ocupavam com trabalhos manuais, e Pacômio era quem se dava aos doentes, pensando-os, cuidando deles com grande e paternal solicitude. O silêncio era estritamente observado no mosteiro: mais se exprimia por sinais do que com palavras. Quando um monge era obrigado a ir a um determinado lugar, afastado da comunidade, devia fazê-lo a meditar, pelo caminho, sobre alguma passagem da santa Escritura. O trabalho, esse, era acompanhado, sempre, do canto de salmos. À morte dum membro do mosteiro, celebravam-se missas para o descanso da alma.

São Pacômio recebia sempre e sempre discípulos que vinham de todas as regiões. Cumpria-se, assim, o prometido naquele dia em que orava, sozinho e em que o anjo lhe aparecera, dando-lhe instruções. Deus, em verdade, enviava-lhe servidores sobre servidores. Houve, pois, necessidade de novas casas – e São Pacômio levantou seis mosteiros na Tebaida.

Fixando-se no de Pabau, perto de Tebas, este mosteiro tornou-se famosíssimo, mais do que o primeiro, o da fundação do deserto de Tebena.

Sugerido pelo bispo de Tentira, Serapião, o santo, erigiu uma igreja na aldeia, para que dela se servissem os pastores que abundavam na região, igreja em que ele fazia de leitor e pregou com admirável fervor a palavra de Deus.

Numerosas foram as conversões feitas pelo doce abade, discípulo de Palimão. Com grande coragem, opôs-se sistematicamente aos arianos. A reputação do santo crescia, e, um dia, era em 333, Atanásio honrou-o com uma visita.

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Quando, duma feita, apareceu em Pabau uma das irmãs, pedindo para vê-lo, Pacômio enviou alguém para lhe dizer que não poderia fazê-lo, que mulher alguma havia de quebrar a clausura: que se contentasse por saber que ainda vivia. Ora, a irmã desejava levar vida religiosa. Sabedor daquilo, Pacômio alegrou-se muito, e providenciou a construção dum mosteiro para mulheres, do outro lado do Nilo – mas a irmã, não o viu.

São Pacômio operou vários milagres. Deus cumulou-o de bondades sem par. Conta-se dele que, não sabendo o latim nem o grego, exprimiu-se nestas duas línguas com grande perfeição. A muitos doentes, curou-os, a vários possessos, libertou-os do demônio, com a aplicação de óleo bento.

Teodoro, que foi o seu mais querido discípulo, e aquele que, morto o Santo, sucedeu-o no governo dos mosteiros todos, sofria constantemente, de terríveis dores de cabeça. Aos irmãos, que ao abade pediam que o curasse. Pacômio respondia:

– A abstinência e a oração são seguramente uma fonte de grandes méritos, mas a doença, suportada com paciência, é seguramente de maior mérito ainda.

No mosteiro havia monges que se dedicavam à feitura de esteiras. Um dia, um dos religiosos, aplicando-se com afinco naquele mister, conseguiu fabricar duas belas peças. E, todo orgulhoso, agiu de modo que o santo abade se inteirasse daquilo que julgava um grande feito.

Pacômio considerou o monge, as duas esteiras, depois disse, calmamente, aos demais:

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– Este irmão se afanou da manhã à tarde a trabalhar para o demônio.

E, para curá-lo da vaidade, deu-lhe, como penitência, cinco meses de cela, passando a pão, sal e água.

Certa vez, um moço chamado Silvano, que fora ator de teatro, apareceu no mosteiro, procurando o abade, porque ali desejava fazer penitência. Admitido, Silvano levou por alguns tempos, vida de grande indisciplina. Transgredia as regras, quebrando o profundo silêncio que sempre reinou na casa, fazendo graçolas, rindo das próprias facécias.

Pacômio, por caridade, conservou-o no mosteiro assim mesmo, procurando guiá-lo, apontando-lhe o perigo a que se expunha. Tudo era em vão. Por aquela pobre alma, chorou, orou, mortificou-se, deu-se a grandes jejuns – debalde. Então, chamando-o, um dia, à parte, fez com que o jovem visse que com Deus não se brincava impunemente.

Silvano, profundamente impressionado, transformou-se por completo. E desde aquele dia, não mais deixou a comunidade, para a qual foi objeto de imensa edificação. Logo, tais foram as austeridades que começou a praticar, Pacômio ofereceu-o como modelo a todos os irmãos. Agora, em vão, procurava levá-lo à moderação, temendo-lhe pela saúde.

Quando, tempos mais tarde, faleceu o ex-ator de teatro, São Pacômio recebeu do céu a certeza de que aquela boa alma fora apresentada como vítima muitíssimo agradável a Nosso Senhor Jesus Cristo.

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Morto em 348, no dia 9 de Maio, São Pacômio viu, em vida, nos diferentes mosteiros que fundara, o elevado número de sete mil monges a viver sob sua direção. Exortando os religiosos para que sempre se dessem com maior fervor ao serviço de Deus, faleceu doce e santamente.

Fonte: Paulinas Internet

SÃO GREGÓRIO NAZIANZENO, Bispo, Confessor e Doutor

“Estejam cingidos os vossos rins, e acesas as vossas lâmpadas” (Lucas, 12, 35).

São Gregório de Nazianzeno, indo a Atenas para estudar filosofia, foi surpreendido no mar por uma tempestade tão violenta que prometeu a Deus deixar o mundo se escapasse do naufrágio. Seu voto foi ouvido e Gregório, na companhia de São Basílio, seu colega em Atenas, retirou-se para a solidão. Dormia no chão nu, usando cilício, mortificado seu corpo com jejuns contínuos e vigílias. Ele foi arrancado de seu retiro quando foi nomeado Patriarca de Constantinopla. Ele morreu por volta do ano 390, em uma idade muito avançada.

MEDITAÇÃO SOBRE O BOM EXEMPLO

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I. Dê bom exemplo para os outros, leva a mão na lâmpada dá luz a teu vizinho e com as tuas boas obras, abrasa teu coração com o amor de Deus. Esta é uma obrigação imposta a ti pela caridade. Se tu faltas a ela, se te tornas para o próximo ocasião de escândalo, tu serás duplamente punido. Como ousa escandalizar teu irmão, por quem Jesus Cristo deu sua vida? São Francisco de Assis pregou com sua modéstia; os apóstolos conquistaram mais almas para Jesus Cristo com sua paciência que com sua pregação, e suas palavras ardiam no fogo do Espírito Santo.

II. Quando tu vês as falhas de teu próximo, volte-se sobre si mesmo e examina se não incorres em pecados iguais. Se tua consciência não te reprova nada, graças a Deus, e considera fealdade daqueles pecados para que lhes tenha aversão; reconhecerás melhor seu tamanho em outro que não em ti mesmo. Foge das ocasiões em que aquele desventurado naufragou, porque quem ama o perigo perecerá. Feliz aquele que não se deteve no caminho dos pecadores (Salmo 1).

III. Veja o exemplo que tantas almas sagradas te dão. Quantas vezes tu vês todos as pessoas que vivem na austeridade e humildade, trabalhando com zelo pela salvação das almas! Quantos e quantos jovens que tendem ao céu com esforço contínuo! Santo Agostinho exclama: Erguem-se os ignorantes e ganham o céu, e nós, com todo o nosso conhecimento, mentimos em carne e osso!

Fuja das más companhias.
Ore pela conversão dos pecadores.

ORAÇÃO: Ó Deus, que deu o bem-aventurado Gregório a vosso povo para a instrução sobre os caminhos da salvação eterna, fazei, nós vos rogamos, que depois de ter contado na terra como um médico e guia, mereçamos tê-lo como intercessor no céu. Por Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.

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