Até quando a CNBB permitirá que vilipendiem nossa Fé, sem fazer nada a respeito?
Segundo o Globo, o desfile da Mangueira em 2020 levará para a Sapucaí uma Maria Madalena vestida com as cores do arco-íris LGBT e uma Nossa Senhora das Dores de luto, com uma bandeira do Brasil estilizada e a frase “estado assassino” no lugar do “ordem e progresso”. Essas são algumas das cenas que prometem impacto nas fantasias da verde e rosa no próximo carnaval, como parte da proposta engajada do carnavalesco Leandro Vieira para o enredo “A verdade vos fará livre”, que apresentará a alegoria de um Jesus que vive nos tempos atuais.
Esse Cristo que o artista levará à Avenida será um ser político, menos ligado a seu significado religioso. Apesar disso, Leandro defende que o Salvador encontraria hoje um mundo com desafios parecidos com os de dois milênios atrás. É como a Nossa Senhora das Dores do carnavalesco se torna Maria das Dores Brasil para representar o sofrimento da mãe de Cristo e também o de milhares de outras mães nas periferias brasileiras, que tiveram filhos vítimas da violência.
Há pouco tempo vivenciamos algo parecido quando uma escola de samba levou para o desfile uma Imagem de Nossa Senhora Aparecida, que gerou muita polêmica.
O QUE REALMENTE SIGNIFICOU O APOIO E A BÊNÇÃO À EXPOSIÇÃO DA IMAGEM DE NOSSA SENHORA NO CARNAVAL?
As muitas manifestações ocorridas em torno da polêmica ocasionada pelo apoio de autoridades católicas à exposição da imagem de Nossa Senhora na festa do carnaval deve-nos fazer dar conta da grande confusão e profunda desorientação em que se encontra o nosso povo. O avançado processo de deterioração da sociedade, resulta sobretudo, do avançado processo de deterioração do clero católico. Embora a Igreja possua uma doutrina clara e princípios sólidos que devem nortear a conduta moral de seus fiéis, desde há muito, esta clareza e a solidez destes princípios vêm sendo omitidos, negados e combatidos de forma sistemática dentro da própria Igreja. Os fiéis estão confusos e desorientados. Perdeu-se a consciência da universalidade e perene validade dos princípios morais, dos mandamentos de Deus e da lei objetiva que devem orientar a conduta dos cristãos. Têm-se a impressão que a doutrina católica muda de paróquia para paróquia, de diocese para diocese, à depender do padre ou bispo que esteja à frente.
São poucos os pastores de almas que assentam a sua pregação na solidez da Palavra de Deus, do Magistério e da Tradição, aplicando os princípios perenes para orientar os fiéis nas questões práticas do dia a dia. Embora nos tenha advertido fortemente Bento XVI, a ditadura do relativismo vai se impondo de maneira inexorável e atordoante. O despreparo, a omissão, a covardia, bem como a infiltração herética e revolucionária dentro do clero católico, é sem dúvida, o principal fator da marcha deste relativismo que avança dentro da Igreja e da sociedade. Primeiro se combatia a Igreja, depois, de maneira orquestrada, passou-se a contestar a doutrina e os princípios cristãos no meio intelectual, desde fora pelos não católicos, e desde dentro pelos infiltrados ou por aqueles que iam se convencendo da validade das novas ideias, sem contar um grande número daqueles que, por causa da mediocrização da formação e afastamento da sã doutrina, sequer eram (e são) capazes de perceber o problema.
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Colocadas as bases teóricas para se estabelecer a confusão, passou-se à aplicação prática da heterodoxia que agora, em um mundo relativizado, poderia ser apresentada como uma interpretação da “verdade”, pior ainda, como uma necessária e “legítima” forma de apresentar a doutrina para o mundo atual. É neste último estágio, que se insere a ação de muitas autoridades da Igreja hoje, incluindo os lamentáveis episódios das bênçãos a sambódromos e à autorização do uso da imagem de Nossa Senhora na festa do carnaval. Ao autorizarem e abençoarem o uso da imagem de Nossa Senhora, em meio à podridão moral que significa o carnaval, as autoridades religiosas estão acenando ao povo que o carnaval é algo bom e a presença dos cristãos é algo desejável. Deste modo, se quebra a resistência de muitos que apegando-se à Palavra de Deus, à pregação dos santos, e às muitas mensagens de Jesus e Maria, condenavam as práticas promovidas por tal evento.
A Palavra de Deus condena veementemente as orgias, bebedeiras, impurezas, promiscuidades, adultérios, roubos, devassidão e tantas outras práticas promovidas pelo carnaval. Desde que se tem registros destas festas na era cristã, todos os santos, pastores e missionários, pregaram contra tal evento, por significarem evidente meio de perdição e condenação. São Vicente Ferrer chamava o carnaval de tempo infelicíssimo em que muitos cristãos corriam apressuradamente para a condenação. Com razão, São João de Foligno chamava o carnaval de colheita do diabo. À Santa Margarida Maria Alacoque, Jesus lamentava profundamente a enormidade e quantidade dos pecados cometidos nesta festa mundana. São João Maria Vianey, o Cura D’Ars, dizia que, não há um só mandamento que os bailes não transgridam, e que os mesmos são caminhos certos para o Inferno.
Em 1940, Jesus pediu à Lúcia de Fátima que transmitisse ao Cardeal Patriarca de Lisboa, seu desejo de que fossem abolidas as festas profanas do carnaval, e fossem substituídas por orações e sacrifícios com preces públicas, isto como forma de reparação e súplica por Portugal e demais nações. No final da década de 80 (1989), o então Cardeal do Rio de Janeiro, Dom Eugênio Sales, impediu a exposição da imagem do Cristo Redentor pelo carnavalesco Joãozinho Trinta da Escola de Samba Beija Flor, por compreender que tal exposição seria uma profanação e levaria à confusão entre os fiéis que poderiam pensar que a Igreja aprova este evento pernicioso. Em nossos dias, quase 80 anos após o pedido de Jesus à vidente de Fátima para que se abolisse o carnaval, e quase 30 anos após de o grande Cardeal Dom Eugênio Sales ter impedido a profanação da imagem do Cristo Redentor, o Cardeal de São Paulo juntamente com uma Comissão de Bispos aprovam por unanimidade a exposição da imagem de Nossa Senhora no carnaval de São Paulo por parte de uma escola de samba. Devemos nos perguntar: O que faz estes senhores bispos pensarem que sua atitude foi boa? Só haveriam duas possibilidades da atitude destas autoridades ser boa: Ou de 80 anos para cá o carnaval tornou-se uma festa santa, familiar e promotora da virtude ou Jesus mudou de ideia e os princípios da moral cristã perderam sua validade…
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Se descartarmos firmemente as duas teses esdrúxulas, temos que forçosamente concluir que a atitude dos bispos e padres que autorizaram, abençoaram ou apoiaram tal apresentação da sagrada imagem de Nossa Senhora em meio a promiscuidade do carnaval, está profundamente equivocada e têm levado à confusão, à tristeza, à indignação e à perplexidade inúmeros fiéis. Longe de nós querermos julgar a intenção dos corações de nossos pastores, entretanto é nosso dever expor o erro, o grave erro dos mesmos e as consequências desastrosas para a vida da Igreja e dos fiéis, pois o que está em questão é a Palavra de Deus e a salvação de muitas almas.
A partir do momento em que bispos e padres (famosos ou não) aprovam, abençoam e apoiam uma festa como o carnaval, estão se colocando na contramão da Palavra de Deus, dos princípios cristãos, das pregações dos santos e das muitas mensagens de Jesus e Maria. Ainda que não seja a intenção dos mesmos, acabam por relativizar a mensagem do Evangelho e contribuem para remover o pouco que ainda resta dos princípios da moral cristã que orienta os que ainda possuem a ventura de crer. O povo em geral não estuda princípios morais ou éticos, mas para quem mal lê ou escuta o Evangelho, as palavras e atitudes de seus pastores acabam por ser critérios para muitos se orientarem. Ao “abençoar” um sambódromo ou aprovar a exibição da imagem de Nossa Senhora no carnaval, a maior parte das pessoas entenderão que se trata de uma festa boa e que o que ali acontece não é algo de tão execrável assim. Se existe a bênção e o apoio de bispos e padres a uma festa onde se promove a nudez, a pornografia, a promiscuidade, o adultério, a bebedeira, as drogas, que ocasionam violência e inúmeros abortos e outros tantos males, ficará difícil condenar estes mesmos vícios e males que tanto mal fazem ao nosso povo, às famílias e à sociedade em geral.
O carnaval não é apenas um meio “privilegiado” e eficiente que o diabo usa para aprisionar as pessoas no vício e conduzi-las ao Inferno; É também um grande desastre social na medida em que introduz muitíssimas pessoas nos vícios do alcoolismo e das drogas, o que por sua vez gerará muitos assassínios e roubos, lança muitíssimos outros na estatística dos positivados em HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis (pois ao contrário da propaganda oficial, os preservativos não seguram muita coisa), provoca inúmeros abortos como consequência da promiscuidade, introduz muitos jovens no mundo do tráfico e da prostituição, etc, etc, etc…
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Quanto custará ao Estado a recuperação de cada viciado? O tratamento de cada um dos contaminados pelo HIV e outras DST’s? A manutenção dos que foram presos? O cuidado das que provocam aborto? Isto sem contar toda sujeira e poluição que os foliões deixam para trás. Chega a ser patético o esforço que muitas autoridades da Igreja tem feito para justificar o seu apoio e bênção à apresentação da imagem de Nossa Senhora na festa profana do carnaval. Para justificar o injustificável, evocam a presença de Jesus entre prostitutas e pecadores, esquecendo-se do fato de que a presença de Jesus em meio aos pecadores jamais foi com o objetivo de aprovar ou abençoar seus vícios, mas sim de chamá-los à conversão.
As autoridades da Igreja envolvidas no atual episódio, perderam singular ocasião de à exemplo do grande Cardeal Eugênio Sales, reafirmar a solidez dos princípios cristãos, a perenidade dos mandamentos de Cristo, a perversidade de festas como o carnaval e sua clara incompatibilidade com a reta conduta cristã, bem como a reafirmação do respeito que se deve ter ao sagrado símbolo de nossa fé. O relativismo doutrinal e moral, o politicamente correto, o respeito humano e a covardia têm feito naufragar na fé muitas autoridades da Igreja, e desgraçadamente muitas ovelhas que destes dependem. Não foi em vão que no início da década de 60, Nossa Senhora disse em Garabandal: “Muitos Cardeais, bispos e padres estão a caminho do inferno e a levar muitas almas consigo.” Ao discordar e se opor à atitude de nossos pastores, não se tem a intenção de faltar o respeito às autoridades estabelecidas, mas sim de mostrar o fato de que estas mesmas autoridades são falhas e que em muitas ocasiões (por diferentes razões), estão em contradição com o Evangelho e com a Tradição da Igreja. Muitos classificam como ousado ou desrespeitoso o fato de nos opormos a uma autoridade, mas não vêem nenhum problema em estas mesmas autoridades atropelarem a Palavra de Deus e os princípios cristãos, expondo ou induzindo ao erro muitíssimos fiéis.
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Resguardando o devido respeito e caridade, é preciso chamar as coisas pelo nome e orientar o povo na verdade do Evangelho sempre ensinada pela Igreja, pois disto dependerá a salvação de cada um. A palavra de Deus diz: “Ai dos que ao mal chamam bem, e ao bem mal; que fazem das trevas luz e da luz trevas.” (Isaias 5,20)… Pois “o meu povo se perde por falta de conhecimento.” (Oséias 4,6). Nestes tempos de apostasia em que a caridade se esfriou, muitos pastores de almas mesmo conhecendo a verdade têm medo de expô-la ao povo. Zelosos com o próprio bem estar, estão mais preocupados em preservar o seu sossego e conservar a sua pele do que salvar as suas ovelhas. Como dizia o benemérito e já citado Cardeal Eugênio Sales: “O que falta na Igreja são calças… E também o conteúdo das mesmas.” Que Jesus mesmo vos dê a graça de conhecermos e vivermos a verdade é dê à sua Igreja, pastores zelosos que não tenham medo de dar a vida por suas ovelhas e conduzí-las ao caminho estreito da salvação.