Categorias
Santo do Dia

Santa Catarina de Bolonha, Virgem e Abadessa – 09 de Março

FacebookWhatsAppTwitterEmailCopy LinkShare

SANTO DO DIA – 09 DE MARÇO – SANTA CATARINA DE BOLONHA
Virgem e Abadessa clarissa (1413-1463)

Catarina Vegri nasceu no dia 08 de setembro de 1413, na cidade de Bolonha, Itália. Seu pai era o estimado juiz João de Vegri e trabalhava para a corte local, bem situado socialmente, dispunha de razoável conforto para a família. Quando a menina completou nove anos de idade, a família se transferiu para Ferrara, porque seu pai tinha sido convocado pelo duque Nicolau III, que estava construindo seu ducado, composto pelas cidades de Ferrara, Modena e Reggio. E ela foi nomeada dama de companhia de Margarida, filha de Nicolau.

Dessa forma Catarina vivia na florescente corte, cercada pela nata de artistas e intelectuais. Aprendia música, pintura, dança e as tradicionais matérias acadêmicas, com os renomados da época, mas demonstrava vontade e determinação de se tornar religiosa. E foi o que fez quando toda essa opulência terminou, com a morte prematura de seu pai. Catarina tinha então treze anos e teve de voltar para Bolonha, com sua mãe Benvinda Manolini, que se casara outra vez.

Após um ano de luto ela ingressou na Ordem terceira de São Francisco, em Bolonha, onde permaneceu por cinco anos, vividos sob intensos conflitos interiores e angústias pessoais. Amadurecendo a ideia de se tornar uma clarissa, em 1432, retornou para Ferrara para ingressar na Ordem de Santa Clara, onde trabalhou incessantemente fiel às Regras fazendo todos os tipos de serviços. Lavou pratos, cuidou da horta, da portaria, ensinou catecismo, escreveu novas orações e compôs novos cantos, até finalmente ser eleita abadessa, para administrar o convento que se tornou famoso e muito procurado. Tudo indicava que era necessário fundar mais um, e Catarina, como abadessa que era, o construiu em Bolonha, inaugurando-o em 1456. Nele ela viu ingressar sua mãe, que de novo se encontrava viúva.

Contam os registros e a tradição que Catarina possuía vários dons especiais. Enriquecidos pelo trabalho árduo e sofrimento pessoal, traduziram-se através de visões contemplativas e fatos prodigiosos, inclusive por graças, que operou em vida. De suas contemplações, a mais conhecida foi a primeira, que lhe possibilitou presenciar o juízo final e que a marcou por toda a vida. Outra bastante divulgada foi a que ocorreu na noite de Natal de 1456. Catarina ficou orando a noite toda e, no fim da madrugada, lhe apareceu Nossa Senhora com o Menino Jesus no colo, que depois passou para os seus braços.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Quanto aos prodígios, um foi presenciado por todo o convento. Certo dia uma noviça feriu-se trabalhando na horta, decepando um dedo do próprio pé com a pá que manuseava. Então, Catarina apanhou o dedo amputado, colocou no lugar, rezou com a noviça e o dedo voltou a se unir à pele. São célebres também as graças pelas conversões que ela conseguiu.

A fama de sua santidade se propagou ainda em vida entre os fiéis. Mas logo depois de sua morte no dia 09 de março de 1463, passou a ser chamada de santa por todos, pelos prodígios e graças que logo ocorreram no local de sua sepultura. Tanto que dezoito dias depois, seu corpo foi exumado, para ser transladado e aí se constatou que ele estava incorrupto, maleável e exalando um doce perfume.

Desde então, ela não foi mais sepultada, foi colocada sentada numa cadeira, na capela ao lado do altar mor da igreja do convento Corpus Domini, em Bolonha. E assim permanece até hoje, sem se deteriorar, apesar dos vários séculos transcorridos. O culto à Santa Catarina Vegri ou da Bolonha foi autorizado em 1712 pelo papa Clemente XI e o dia de sua morte escolhido para sua veneração litúrgica.

Santa Catarina de Bolonha

Catarina nasceu no dia 8 de Setembro de 1413, em Bolonha, na Itália. Era filha de João de Vigri, advogado, lente da Universidade de Bolonha, e de Benvenuta Mamellini.

Nossa Senhora, um dia, aparecendo a João Vigri, disse-lhe:
– Tua filha será um grande e luminoso farol para o mundo!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Com nove anos, a jovenzinha foi levada à corte do marquês de Ferrara, e ali, educou-se com a princesa

Margarida.Catarina era vista como menina de rara prudência e de modéstia fora do comum. Vivendo para as coisas de Deus, quando completou treze anos, filiou-se a uma associação religiosa. Ciente da miséria humana. Da fraqueza do homem, constantemente assediado pelo demônio, porque foi a Santa, já naquela altura, terrivelmente tentada, capacitou-se da grandeza de Deus, que lhe dera armas, conseguidas pela oração e pelos jejuns, para vencer o tentador.

A mandado de Jesus, escreveu, então, um tratado sobre as sete armas espirituais, trabalho que conservou cuidadosamente oculto de olhos alheios, e o qual só deu a conhecer, perto da morte, ao confessor.Eis que a princesa de Verde pensava em fundar um mosteiro sob a invocação do Santíssimo Sacramento, casa que se destinava a receber os membros daquela associação a que a santa virgem se filiara. Grande foi a alegria de Catarina de Vigri.

Depois de algum tempo, em que se pendeu para a regra de Santo Agostinho, depois para a de Santa Clara, ficou assentado que se adotaria a das clarissas. Era em 1432, e Catarina estava com vinte e um anos, quando o provincial dos irmãos menores da Observância conferia à fundação a primeira regra da doce seguidora de São Francisco de Assis. Grandes progressos no caminho da perfeição fez a jovem filha de João Vigri.

Favorecida com o dom dos milagres, tendo divinas visões, anunciou uma grande queda: a do império do Oriente e a tomada de Constantinopla pelos turcos. Humilde, que desejou Santa Catarina no convento, ela que era tão grande aos olhos de Deus? Quis, para satisfazer o desejo de penitência, tratar da padaria, vivendo apagadamente.

As altas virtudes, porém, um dia, levá-la-iam a ser mestra das noviças.Deus recompensou-a com imensa delicadeza. Contam de Santa Catarina de Bolonha que, certa vez, quando então era porteira e com alegria atendia os pobres que batiam à porta do convento, um venerável velho apareceu-lhe para uma esmola. A santa deu-lha, e ele, a olhá-la com grande doçura, retirou-se, sem dizer uma palavra, agradecendo tão somente com os olhos que falavam.

No dia seguinte, tornou a aparecer. Recebeu humildemente o que a santa lhe oferecia e se retirou, silencioso, agradecendo-lhe a esmola só com o olhar, como já o havia feito anteriormente.No terceiro dia, o suave velho tornou a surgir, à mesma hora, Trazia nas mãos uma escudela muito singela, mas muito transparente, que estendeu à santa porteira, dizendo:

– Toma para ti. Era a taçazinha em que Maria dava de beber ao Menino Jesus.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Catarina, assombrada e maravilhada, tomou-a nas mãos que tremiam. E, a pensar se as teria tão puras que pudessem tocar tão pura beleza – quando percebeu, já o venerável e suave velho desaparecera misteriosamente.

Era São José? Era. Deus, à serva fiel, fizera-o saber, depois, por uma revelação.

Quando a superiora da comunidade faleceu, era ela a boa Mãe Tadéia, Catarina foi olhada como a sucessora da abadessa desaparecida. Nada, porém, levou-a a aceitar aquela dignidade, e outra ocupou a vaga deixada.Catarina, todavia, estava fadada a ser abadessa. Anos mais tarde, Bolonha reclamava de Ferrara idêntica fundação em sua cidade. E a santa virgem foi designada para governá-la.

– Não! Dizia ela, muito humildemente. Impossível! Eu sou incapaz, nada faria de bom! Não posso! Sou indigna do que me querem conceder!

Na noite daquele dia em que se escusou do que lhe haviam de impor, adoeceu repentina e estranhamente. E, altas horas da madrugada, numa visão viu Jesus que lhe aparecia. Curou-a, e disse-lhe, brandamente:

– Minha filha, tu serás a abadessa de Bolonha, porque esta é a vontade de meu Pai celeste!

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ora, Bolonha estava a par das altas virtudes daquela filha insigne, e, pois, recebeu-a com grande alegria. Era a 22 de Julho de 1456, e o cardeal Bessarion legado da Santa Sé. Mais o cardeal-arcebispo de Bolonha, com o clero, foram-lhe ao encontro, seguidos do povo, que exultava, recebê-la condignamente.

Bolonha, naqueles dias, vivia turbada por questões políticas, inquieta, desassossegada e dividida. Foi um milagre! Com a chegada de Catarina, tudo serenou – cessaram as arruaças, os discursos inflamados e a união e a paz que constrói sobre todos desceu calmamente, clareando o céu borrascoso e espantado negras nuvens ameaçadoras.

E o mosteiro, denominado do Santíssimo Sacramento (ou Corpus Christi) floresceu. Sob tal abadessa, tudo era progresso, tanto temporal como espiritual.

O Papa Pio II, em 1458, ia com uma bula, alegrar a grande abadessa. Dizia a bula que, entre as clarissas, a abadessa seria superiora somente por três anos. Catarina exultou: teria agora oportunidade de não ser nada. Grande engano! Findos que foram os três anos de governo, efetuada a eleição, novamente sobre ela recaiu a escolha das religiosas – e a santa, até o fim de seus dias, ocupou-se da administração do convento da cidade em que nascera. E docemente em
1463, faleceu, exclamando em meio às religiosas que a assistiam:

– Jesus! Jesus! Jesus!

Estava com quarenta e nove anos, e o corpo foi enterrado no cemitério da comunidade. Muitos milagres foram realizados à beira do túmulo da santa abadessa, que, dezoito dias depois, foi desenterrada e encontrada sem qualquer corrupção. A descoberto, ficou ela exposta no coro da igreja. E dois grandes prodígios se deram.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Às religiosas que a rodeavam saudou-a por três vezes com suaves sorrisos. E, tendo vindo uma menina venerá-la, chamava-se Leonor Poggi, Catarina, como se fora viva, abriu os olhos e fez-lhe sinal para que mais se aproximasse.A menina sem se espantar, calmamente, achegou-se do corpo. E a comunidade toda, maravilhadíssima, ouviu-a dizer à jovem, com muita clareza:

– Leonor, sê boazinha, que eu quero que sejas religiosa neste convento, que sejas minha filha e guarda de meu corpo.
E assim foi, alguns anos mais tarde.

Santa Catarina de Bolonha foi canonizada pelo Papa Clemente XI em 1712.

(Livro Vida dos Santos, Padre Rohrbacher, Volume IV, p. 293 à 297)

FacebookWhatsAppTwitterEmailCopy LinkShare
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Clique aqui para fazer uma doação