Pode parecer piada, mas não é. O fato ocorreu durante uma missa transmitida ao vivo pelas redes sociais neste final de semana, onde Ironi Spuldaro, influente pregador católico, diz que recebeu visitas de ET (extraterrestres).
Durante uma missa realizada no Santuário São Miguel Arcanjo Bandeirantes e transmitida ao vivo pelas redes sociais no último sábado (29), o famoso pregador católico Ironi Supuldaro afirmou ter contato com extras terrestres. Veja o que ele disse:
“São criaturas que vão vir lutar para nos defender na agonia da última ação de satanás porque ele não terá mais resistência diante dos homens e mulheres de fé, e eles virão para resgatar aqueles que não acreditam… eles virão para ajudar…
Em um vídeo publicado neste domingo (30) em seu canal do youtube, o missionário Anderson Reis comentou fato e pediu retratação pública do pregador.
Assista a denúncia de Anderson Reis e em seguida leia a nota de esclarecimento logo abaixo:
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Em suas redes sociais ele postou uma retratação formal. Leia:
Veja o comentário do padre Marcelo Tenório sobre a nota de retratação publica:
“A questão é:
O pregador não se retratou sobre uma Ideia , uma posição filosófica ou teológica. Muito comum um estudioso após o contraponto se convencer de seu erro doutrinal. A questão é que o pregador disse TER VISTO OS ETs junto com Nossa Senhora e os anjos, etc.
Viu ou não viu? Se não viu os ETs, também não viu o resto!..
Ao pregar com entusiasmos, mostrou uma excessiva familiaridade mística , coisa que os santos buscavam sempre esconder .
A verdadeira mística leva ao silêncio, não a propagação de visões e carismas especiais, quando autênticas… Esse é o perigo na igreja hoje: pessoas que veem Nossa Senhora como se visse batata frita na McDonald.
Isso deve-se ao subjetivismo pentecostal da fé ,que entrou pela porta da frente da Igreja, como “fumaça de satanás“, como bem citou Paulo VI.”
O que a Igreja fala sobre os extraterrestres?
A existência de extraterrestres não é um assunto da religião, mas da ciência. A ciência e a fé são harmoniosas, mas a Igreja não entra nesses campos.
Caso um dia a ciência consiga ter provas concretas da existência de extraterrestres, a Igreja poderá estudar o lado religioso desta questão.
Neste vídeo o Prof. Felipe Aquino fala um pouco disto:
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Algumas pessoas nos perguntam se existem ETs, seres de outros planetas ou galáxias.
Este é um assunto que a Igreja não fala sobre e deixa para os cientistas da astrofísica e astronomia falarem do assunto. Já sabemos que em nosso sistema solar não há vida humana, nem mesmo vida animal e vegetal.
O Dr. Marcelo Gleiser, que é professor de física teórica no “Dartmouth College”, em Hanover (EUA), e autor de “Criação Imperfeita”. (Facebook: goo.gl/93dHI), escreveu recente matéria no jornal Folha de São Paulo (14/7/2013), intitulada “Sobre visitas de extraterrestres”, que esclarece um pouco o assunto, e mostra a dificuldade dos ETs, se existem, chegarem a nós. Ele pergunta: “Será razoável supor que tenham [os ETs] feito o esforço para chegar até aqui e se esconder como luzes nos céus?”.
Ele mostra que o grande desafio de viagens interestelares são as distâncias gigantescas, o que dificultaria um ET chegar até nós se ele fosse de outra galáxia, ou mesmo que fosse de nossa Via Láctea. Por quê?
O Sol está a aproximadamente oito minutos-luz da Terra; isto é, se alguém viajasse com a velocidade da luz (300.000 km/s), demoraria oito minutos para cobrir os 150 milhões de quilômetros que nos separa do Sol.
Para se chegar às estrelas mais próximas de nós, a constelação do Centauro, seria preciso viajar quatro anos na velocidade da luz. Com a espaçonave mais rápida que temos, que viaja a 50.000 km/h, demoraríamos cerca de 100 mil anos para chegar nas estrelas mais próximas de nós!
Seria, portanto, muito difícil que os ETs, se existissem, chegassem a nós. Einstein mostrou que é impossível alguém viajar na velocidade da luz. Os cientistas sérios nunca descobriram ETs que chegaram a nós. O Dr. Marcelo Gleiser diz que, em 1950, o físico Enrico Fermi fez um cálculo mostrando que, se inteligências capazes de viagens interestelares existem na nossa galáxia, teriam já tido tempo de sobra para colonizá-la. “Onde estão eles?”, perguntou-se.
O pesquisador, Dr. Fermi, colocou um Paradoxo: “nossa galáxia tem 10 bilhões de anos e 100.000 anos-luz de extensão. Vamos supor que uma inteligência surgiu em algum canto um milhão de anos antes da gente, o que é bem razoável, considerando que a galáxia tem 200 bilhões de estrelas e possivelmente trilhões de planetas e luas. Esses seres do planeta Yczykx têm espaçonaves que viajam a velocidades de 10% da velocidade da luz. Ou seja, em um milhão de anos, poderiam ter viajado de ponta a ponta da galáxia, incluindo várias passagens pela Terra. Se tivessem surgido não um, mas 10 milhões de anos atrás, poderiam ter colonizado a galáxia inteira. E certamente não nos contataram de forma direta e clara”. Isto mostra que dificilmente os ETs cheguem a nós caso existam. Portanto, até hoje não há confirmação da existência de ETs.
Dr. Gleiser diz que “das várias explicações para luzes estranhas nos céus, as mais plausíveis – fenômenos atmosféricos, balões de pesquisa etc.-, mesmo que menos dramáticas, são muito mais realistas”.
Prof. Felipe Aquino
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Extraterrestres e demônios
Segundo o site Gaudium Press, o tema discos voadores, vida extraterrestre, ou simplesmente a vida além da Terra está de volta aos holofotes da grande mídia nestes últimos dias.
O assunto desperta também o renovado interesse dos estudiosos cristãos. Por exemplo, a Sociedade de Cientistas Católicos nos EUA prepara, para junho, um simpósio em Washington sobre quais seriam as relações de possíveis seres extraterrestres com Deus e como a humanidade é chamada a se relacionar com eles. O título do simpósio é “Extraterrestres, IA e Mentes Além do Humano”.
A partir do resumo sobre o congresso feito pela CNA, tiramos várias conclusões e, entre elas, a de que vários cientistas foram contagiados pela “moda” extraterrestre:
“Acho que se você fizer uma pesquisa com os cientistas, a grande maioria diria que é muito provável que exista vida em outros lugares do universo e talvez de forma muito abundante”, diz Karinb Oberg, professora associada do departamento de astronomia de Harvard, uma convertida ao catolicismo. Ela não se refere especificamente aos cientistas católicos, mas pode-se esperar que isso também ocorra neste digno grêmio, e se assim for, explicaremos como esta moda os contagiou.
Alguns clérigos parecem ter sido também contagiados, por exemplo, o ex-diretor do Observatório Astronômico do Vaticano, o jesuíta argentino José Gabriel Funes, que disse há alguns anos que se pode “acreditar em Deus e nos alienígenas”. Ele também disse que “o extraterrestre é meu irmão.” Claro, uma moda não é necessariamente uma heresia. Com frequência é, mas nem sempre.
Mas vamos aos dados católicos.
Não há doutrina católica direta estabelecida a esse respeito.
No entanto, é claro que se houvesse vida inteligente em outros lugares do universo, esta estaria sujeita ao único Deus verdadeiro, que é Uno e Trino, cuja Segunda Pessoa se encarnou em Jesus Cristo. Isso não pode ser mudado por qualquer descoberta científica. Como também nenhuma descoberta científica pode mudar qualquer ponto da fé católica. Muitos já quiseram fazê-lo no passado, com esperanças vãs e resultados ineficazes.
Em um universo tão grande, como pensar que somos os únicos?
Mas, (e eu uso aqui um argumento do Jesuíta Funes) tendo cem bilhões de galáxias, cada uma com cem bilhões de estrelas, “como se pode excluir que a vida também não tenha se desenvolvido em outro lugar?”
Esse mero raciocínio é muito simplório e pode revelar certa causalidade não inteligente, portanto não católica.
Que deveria haver vida em outro lugar pelo mero fato do universo ser gigantesco, é não pensar que Deus pudesse ter outros fins para este grandioso universo além de abrigar vida, como, por exemplo, servir de distração para os anjos ou bem-aventurados, agora ou durante a eternidade.
Quando dissemos que o mero argumento pode revelar uma causalidade não católica, pareceria pressupor que a vida é o resultado de um mero acaso e, assim, quanto maior o universo, maior a chance de gerar vida e, posteriormente, vida inteligente. No entanto, no universo não há nada ao acaso, mas sim a Providência de Deus.
Contudo, por que Deus não poderia ter querido com sua vontade positiva que houvesse vida inteligente em galáxias distantes? Nada parece ser categoricamente oposto a essa possibilidade.
Entretanto, não parece plausível.
Porque a Segunda Pessoa Divina não Se encarnou em um extraterrestre, mas na humanidade divina de Cristo, que é Rei e Senhor de todo o Universo, não só do planeta Terra ou do sistema solar. E essa Encarnação dignificou o gênero humano e elevou sua condição a uma estatura que beira a dignidade natural da “vida inteligente” angélica e pode até superá-la pelos dons da graça, conquistados por Jesus Cristo.
Esta dignificação incluiu a exaltação de Nossa Senhora, canal de todas as graças. Se imaginarmos “vida inteligente” em outras galáxias, teríamos que imaginar que seria uma vida inteligente chamada a participar da graça divina, da qual Nossa Senhora é Medianeira. Nossa Senhora, Mãe de Deus, seria a mãe da graça para esses extraterrestres, mas uma mãe um tanto alheia, que não pertenceria ao seu gênero, e que eles poderiam sentir como um canal necessário forçado para alcançar seu fim.
Inevitavelmente, se fossem seres inteligentes, teriam que ter liberdade, e essa liberdade teria sido posta à prova, assim como a liberdade de Adão e Eva. E nessa prova, poderiam ter triunfado ou não.
Se eles tivessem vencido a prova, seriam uma comunidade tão perfeita que normalmente teriam alcançado um altíssimo grau de civilização e técnica, que não se entende o porquê de não ter se manifestado antes aos homens, por exemplo, para “nos ajudar” em nossos problemas.
E se eles não tivessem sucesso, é forçoso pensar em um redentor deles que tivesse natureza humana, pois é precisamente a natureza humana de Cristo que estabelece essa ponte restauradora entre o homem e a Divindade. Um redentor com a natureza humana de uma criatura não-humana é como imaginar um gato xadrez. É apelar muita à imaginação.
Mas continuemos a imaginar uma comunidade perfeita, de seres inteligentes também com composto material, uma comunidade não humana que não teria “precisado” da Redenção de Cristo. Essa sociedade “perfeita” não estaria longe do argumento central da história – não só da Terra, mas de todo o Universo – que é a Encarnação de Deus, e a ação dos anjos – maus e bons –, alguns para perder homens e outros para salvá-los e levá-los a ocupar no céu os tronos dos caídos no inferno? Eles seriam como atores coadjuvantes, excelentes atores, mas que apenas merecem aparecer fugazmente no filme.
É como se Deus lhes dissesse algo assim: Eu me encarnarei, farei as coisas mais maravilhosas do Universo, mas tudo isso vai acontecer em um cenário diferente do seu, não se incomodem com isso.
Não, não faz sentido.
É claro que no campo da imaginação, das possibilidades e das tramas, podemos nos perder quase para o infinito. Além disso, muitas das coisas que circulam hoje sobre a possibilidade de vida extraterrestre, quando analisadas, não passam de desejos de ‘moda’ até mesmo para cientistas, sem sustento na realidade.
Cuidado em abrir a porta para o preternatural
Mas há uma coisa que é muito real: a possibilidade da ação do demônio sob a roupagem de “extraterrestre”. Disso sim ainda não se tem falado o suficiente…
Lembremos que o poder do demônio “é simplesmente formidável. Não nos esqueçamos de que demônios são anjos, embora maus: eles conservam íntegra sua natureza angélica com todo o seu imenso poder”.[1] Entre outras coisas, se Deus permitir, o demônio pode “mover nossos sentidos externos ou impressionar nossa imaginação com fantasmas ou representações”.[2] “Essa impressão pode ocorrer devido ao movimento local de coisas externas ou de nossos humores corporais, e a natureza corporal obedece ao anjo enquanto seu movimento local, como explica São Tomás (Cf. I, 110, 3; 111,3)”.[3]
Ou seja, os demônios conservam o poder dos anjos sobre a matéria corporal, e podem montar ‘bonecos’ de diferentes formas: dar forma a extraterrestres, dar vida e outras coisas do gênero.
Abundam histórias de aparições alienígenas – e hoje mais no ciberespaço – por exemplo, para comunidades meio hippies ou avançadas, comumente situadas em áreas longe das grandes cidades. Deus pode perfeitamente permitir ao demônio agir sobre certas pessoas, que, não tendo atendido aos apelos da graça, se abrem para a ação diabólica que pode vir sob as roupagens de “alienígenas”.
Algo análogo pode ser dito de um mundo que, caminhando há tempos pelas vias do paganismo e da rejeição à tradição cristã, está cada vez mais flertando com o preternatural.
De fato, ateu em estado ‘puro’ normalmente não existe, mas sim o homem que, ou se abre a Deus ou acaba se tornando um escravo do demônio.
Muitas das representações que circulam por aí com alienígenas de formas horrendas ou grotescas dão indícios de que, no fenômeno OVNI, o que se oculta é o inimigo de sempre, o inimigo do homem, o inimigo de Deus.
Vamos ver como esse fenômeno evolui. De qualquer forma, Deus nunca vai desamparar seus fiéis e acabará esclarecendo-os.
Por Saul Castiblanco