O papa Francisco, de 88 anos, segue em convalescença dos problemas pulmonares que levaram à internação de 38 dias encerrada no último domingo (23) Ele continua tomando medicamentos, e fazendo fisioterapia motora e respiratória.
Por ACI Digital – Segundo a sala de imprensa da Santa Sé, o papa mostrou sinais de melhora nos últimos dias. Mas, ainda não consegue respirar de forma autônoma. À noite ele ainda precisa de um dispositivo respiratório que lhe forneça altos fluxos de oxigênio para dormir.
Os resultados dos últimos exames de sangue a que foi submetido mantiveram seus valores dentro da normalidade. Além disso, a fisioterapia o está ajudando a melhorar o uso da fala, disse a Santa Sé.
O papa passa seus dias alternando o trabalho com o descanso prescrito pelos médicos. A data prevista para que Francisco retome sua agenda é “no mínimo” o final de maio.
Desde que voltou para o Vaticano, o papa Francisco não recebeu nenhuma visita. Uma das prescrições médicas é que ele não tenha contato com grandes grupos de fiéis ou com famílias com crianças pequenas que possam ser portadoras de vírus ou bactérias, o que poderia complicar sua situação mais uma vez.
Hoje de manhã, Francisco acompanhou remotamente as meditações de Quaresma feitas na Aula Paulo VI aos cardeais e bispos da cúria romana pelo regador da Casa Pontifícia, frei Roberto Pasolini.
Segundo a Santa Sé, o texto do Ângelus deste domingo (30) será escrito e distribuído em seguida. No entanto, ainda não foi anunciado se o papa Francisco poderá estar presente ou presidir algumas das celebrações litúrgicas planejadas para a Semana Santa.
Ontem (27), o secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, disse que o papa pode não ser capaz de governar a Igreja como antes, sugerindo que alternativas terão que ser consideradas para cumprir seu papel.
Em um evento em Sacrofano, perto de Roma, o cardeal Parolin disse: “Talvez ele não possa trabalhar como antes e, nesse caso, devemos encontrar outras maneiras para que ele continue liderando a Igreja”.
O cardeal disse que o papa “está descansando”, “não vê ninguém” e “não tem nenhuma audiência agendada”.
“Veremos se o papa pode presidir as celebrações ou se ele delegará alguns cardeais para agir em seu nome”, respondendo sobre as celebrações da Semana e do Tríduo Pascal.
Não seria a primeira vez que um papa não presidiria as celebrações da Semana Santa. Em 2005, são João Paulo II apareceu apenas no domingo de Páscoa, sem poder falar.
Pesar do Papa pelo terremoto em Mianmar e na Tailândia e pelos incêndios na Coreia
Dois telegramas do Pontífice, assinados pelo secretário de Estado Parolin, às autoridades civis e eclesiásticas dos países asiáticos. Francisco assegura orações pelos mortos e proximidade com os que estão envolvidos nos esforços de socorro
Por Vatican News – O Papa Francisco está “profundamente triste” com a perda de vidas humanas e a “devastação generalizada” causada pelo terremoto no sudeste da Ásia, que atingiu Mianmar e Tailândia. O abalo sísmico de magnitude 7,7 devastou amplas áreas dos dois países e causou mortes e ferimentos. Em um telegrama de condolências assinado pelo cardeal secretário de Estado, Pietro Parolin, e endereçado às autoridades eclesiásticas e civis birmanesas e tailandesas, o Pontífice “oferece orações sinceras pelas almas dos falecidos e a garantia de sua proximidade espiritual a todos os afetados por essa tragédia”. O Papa “também reza para que os agentes de socorro sejam sustentados pelos dons divinos da fortaleza e da perseverança em seus cuidados com os feridos e desabrigados”.
Proximidade com a Coreia afetada pelos incêndios
Novamente em um telegrama, também assinado pelo cardeal Parolin e enviado às autoridades civis e eclesiásticas locais, o Papa expressa sua preocupação com “a ameaça à vida” e com “os danos” causados pelos incêndios generalizados em várias partes da Coreia, que afetaram particularmente as áreas florestais. Na mensagem, Francisco confia as almas dos falecidos “à misericórdia amorosa de Deus Todo-Poderoso” e envia “sinceras condolências” àqueles que choram sua perda. O Papa também assegura orações pelos feridos e pelos agentes de socorro e equipes de emergência, invocando sobre todos “as bênçãos divinas de consolo, cura e força”.
Os incêndios, os piores já registrados na Coreia do Sul, afetaram principalmente a parte sudeste do país. De acordo com os últimos balanços do governo, 26 pessoas morreram e 30 ficaram feridas, oito delas gravemente. Ainda há incêndios em dez áreas de médio e grande porte.