SANTO DO DIA – 17 DE FEVEREIRO – OS SETE SANTOS FUNDADORES DA ORDEM DOS SERVOS DE MARIA (SERVITAS)
Fundadores (século XIII)
Na Europa dos séculos XII e XIII houve uma grande ruptura dos valores cristãos, tanto por parte da sociedade civil e dos religiosos. Com isso, surgiram várias confrarias de penitências onde os leigos buscavam viver a plenitude do evangelho, em oposição à ganância, luxo, prazeres fúteis e o gosto pelo poder que imperava. Algumas ordens são bem conhecidas, mas uma estendeu suas raízes por quase todo o mundo, foi a ‘Ordem dos Servidores de Nossa Senhora’, ou Servitas.
Conta a tradição que, no dia 15 de agosto de 1233 os sete jovens estavam reunidos para as orações, onde também cantavam ‘laudas’ de poemas religiosos dedicados à Virgem Maria e a imagem da Santa se mexeu. Mais tarde, quando atravessavam a ponte para voltar para casa, Nossa Senhora apareceu vestida de luto e chorando. Falou que a causa de sua tristeza era a guerra civil que ocorria em Florença, há dezoito anos.
Naquele momento, os setes nobres, abandonaram os bens e as famílias, e se dedicaram às orações e à assistência aos pobres, para ‘vivenciar o compromisso cristão da pobreza, humildade e caridade’. Eram eles: Bonfiglio Monardi, Bonaiuto Manetti, Amadio de Amadei, Ugoccio de Ugoccioni, Sostenio de Sosteni, Maneto d’Antela e Aleixo Falconieri.
O bispo de Florença que era monge e nutria pelo grupo grande estima, soube do projeto que tinham de fundar uma comunidade religiosa de vida eremita. Resolveu ajudar doando o seu terreno de monte Senário, que ficava a dezoito quilômetros da cidade. Ali, os sete irmãos fundaram a Companhia de Nossa Senhora das Dores e passaram a se vestir de preto, em homenagem à Virgem de luto. Viviam reclusos em êxtases de orações e se mantendo em constante vigília penitente. Uma vez por semana iam rezar para Nossa Senhora numa pequena capela, que existia na estrada de Cafagio, próxima da cidade.
O grupo as vezes era visto mendigando pelas ruas para conseguir ajuda para os pobres, doentes e sem recursos. Certo dia, quando distribuíam alimentos aos pobres, um menino passou e perguntou: ‘Vocês são os servidores de Maria?’. Perceberam que era mais um sinal de Nossa Senhora. Fundaram uma ordem religiosa mariana, sob as Regras de Santo Agostinho e mudaram o nome para ‘Servidores de Maria’.
A ordem recebeu apoio tanto das autoridades religiosas quanto sociais. Mais tarde, a capelinha inicial usada pelos sete fundadores foi transformada num santuário dedicado a Nossa Senhora das Dores, um dos mais visitados templos marianos do mundo. Com exceção de Aleixo, todos os outros fundadores foram ordenados padres.
A atuação da Ordem dos Servitas produziu frutos em muitos países, inclusive no Brasil, principalmente em São Paulo, Santa Catarina e Acre onde foram construídos vários conventos. Ainda há uma missão dela em Rio Branco, no Acre. Os ‘Sete Fundadores’ foram canonizados pelo papa Leão XIII, em 1888 e são celebrados juntos no dia 17 de fevereiro, dia da morte do último fundador: Aleixo Falconieri. Ele que na sua humildade se recusou a tomar o hábito de padre, por se considerar indigno de ser representante de Cristo.
Os Sete Fundadores da Ordem dos Servos de Maria
Cerca do ano de 1233, quando Florença era dilacerada por lutas fratricidas, sete comerciantes, membros de uma sociedade de leigos devotos da Virgem, ligados entre si pelo ideal evangélico de comunhão e de serviço aos pobres, decidiram retirar-se à solidão, para uma vida comum de penitência e contemplação. Abandonaram os negócios, suas casas e distribuíram os bens aos pobres.
Por volta de 1245 retiraram-se ao Monte Senario, perto de Florença, onde construíram uma pequena casa e um oratório dedicado a Santa Maria. Levavam uma vida austera e solitária, não rejeitando, no entanto, o encontro com pessoas que, impulsionadas pela ansiedade e dúvidas, procuravam o conforto de suas palavras.
Cada vez mais propagada a sua fama de santidade, muitos pediram para fazer parte da sua família. Então eles decidiram começar uma Ordem dedicada à Virgem, de quem se disseram Servos – a Ordem dos Servos de Maria – adotando a Regra de Santo Agostinho.
Em 1888 Leão XIII canonizou em conjunto os sete primeiros Padres. No Monte Senario um único túmulo recolheu os restos mortais daqueles que partilhando a vida tinham se tornado um só coração e uma alma.
São Bonfíglio Monaldi
Pai e lider do grupo e, em seguida, prior da nascente comunidade dos Servos de Maria. É representado com a pomba branca que repousa sobre o seu ombro direito para indicar que os dons do Espírito Santo dos quais cada um dos sete era ornado, manifestado de modo especial nele que pai do primeiro grupo e da comunidade. Ele morreu, segundo a tradição, em 1 de Janeiro de 1262.
São Bonaiuto Manetti
Homem austero em relação a si mesmo, mas doce, amoroso e compreensivo para com os outros. Ocupou o cargo de Prior Geral entre 1256 e 1257. Por sua tenacidade na defesa da verdade e da justiça, tentaram envenená-lo, mas foi salvo por Deus. Ele morreu em 31 agosto 1267.
Também ele prior geral, era um homem de grande capacidade organizativa e de direção, tanto que se atribuem a ele as primeiras fundações na França. Ele que acolheu Arrigo de Badovino, primeiro da grande multidão de leigos que se agregou à Ordem dos Servos. A Tradição coloca o dia de sua morte em 20 de Agosto de 1268.
São Manetto del Ántella
Também ele prior geral, era um homem de grande capacidade organizativa e de direção, tanto que se atribuem a ele as primeiras fundações na França. Ele que acolheu Arrigo de Badovino, primeiro da grande multidão de leigos que se agregou à Ordem dos Servos. A Tradição coloca o dia de sua morte em 20 de Agosto de 1268.
Santo Amadio Amidei
Podemos dizer que, no Grupo dos Sete, ele era como a chama que dava calor a todos com sua grande caridade que se nutria do amor de Deus.
Seu nome, Ama a Deus, era um verdadeiro presságio, um sinal da riqueza de sua vida espiritual e de caridade. Ele morreu em 18 abril 1266.
São Sostenio e Sosteni e São Ugoccio Ugoccioni
Entre estes dois santos é lembrada em particular sua amizade, tanto qu e a iconografia os representa juntos, e a morte de ambos foi no mesmo dia e ano (3 de Maio 1282), sendo um sinal e um selo de autenticidade do Céu à sua fraternidade. No grupo dos sete, eles permaneceram como um símbolo de fraternidade vivida em comunhão de vida e de intenções, mas também como um sinal especial de amizade que, se for verdadeira e gratuita, é inspirada por Deus e ajuda uns aos outros a subir à Deus .
São Aleixo Falconieri
Da família Falconieri, tio de Santa Giuliana, brilhante exemplo de humildade e pureza. Sua vida foi um contínuo louvor a Deus. Gostava de pedir esmolas, empenhando-se especialmente em sustentar os frades enviados para estudar na Sorbonne, em Paris. Ele morreu na idade de 110 anos em 17 de Fevereiro de 1310.