Em nossos dias, em que a apostasia se alastrou e atingiu parte significativa das lideranças da Igreja, é muito comum encontrar padres e até mesmo bispos que se opõe às mais santas práticas consagradas e recomendadas pela Santa Igreja.
A pretexto de uma interpretação ”atualizada” da fé, muitos acabam por desprezar e mesmo combater à piedade.
Entre as coisas santas contra as quais alguns se insurgem está a Total consagração à Santíssima Virgem ou Santa Escravidão de Amor.
Muitos ignoram solenemente o fato que esta consagração foi e é sumamente aprovada, louvada e indulgenciada pela Santa Igreja na sua mais alta instância, ou seja, por vários Papas, de modo que um padre ou bispo, ou qualquer outra liderança que se pretenda católica, não pode se opor a essa santa prática sem jogar por terra os fundamentos mesmos de nossa fé.
A Santa Escravidão de Amor é radicada na renovação dos votos batismais, o que faz com possua uma atualidade pastoral perene, uma vez que toda a vida cristã consiste em viver o batismo, no esforço para repetirmos em nossa vida a doutrina e o exemplo da vida de Nosso Senhor Jesus Cristo.
A Santa Escravidão não é ”moda”, nem sai sai de ”moda”…é atualíssima e muito útil para nos ajudar a perseverar e crescer na graça de Deus.
Fazer ou não esta consagração é uma decisão do fiel e não depende da autorização ou aprovação de nenhuma autoridade local, sejam bispos, sacerdotes ou coordenadores de grupos, pois a mesma já foi aprovada e recomendada pela Igreja aos seus fiéis como modo de renovação e crescimento espiritual.
O maior interessado em que essa consagração não seja conhecida, nem vivida, é satanás, por isso ele, junto com todo o inferno, quis destruir o Tratado e o escondeu por 130 anos… ao contrário, Jesus na Cruz nos consagrou à sua Mãe Santíssima quando lhe disse: ”Mulher eis aí o seu filho”(Jo. 19,26-27), foi Ele quem disse: ”Eís aí a tua Mãe”. Também em Fátima, Nossa Senhora disse: ”Meu Filho quer estabelecer no mundo a devoção ao meu Imaculado Coração”, a qual consiste nesta consagração de abandono e entrega como explicou a Ir. Lúcia de Fátima.
Jesus quer expressamente que nos consagremos…mas o diabo não quer esta consagração. A quem iremos obedecer? De que lado estão as lideranças que combatem esta consagração?
Segue as diversas aprovações e recomendações de numerosos Papas:
1- Clemente VIII (1592-1605) – Confere grande indulgência a Confraria dos Escravos, estabelecida nos conventos religiosos do Hospital de Caridade, no Bairro São Germano, em Paris, assim como aos que trazem consigo e recitam a Coroinha de Nossa Senhora;
2- Gregório XV (1621-1623) – Confere indulgências aos Escravos de Nossa Senhora;
3- Urbano VIII (1623-1644) – Este Soberano Pontífice, consultado sobre as práticas exteriores da Santa Escravidão de Amor, especiamente sobre o uso das correntes, aprovou de modo elogioso tão louvável fervor, escrevendo a Bula ‘’Cum sicut accepimus’’(de 20 de julho de 1631), onde concede grande número de indulgências aos escravos de Maria;
4- Alexandre VII (1655-1667) – Expediu um bula, a 23 de junho de 1658, na qual, por motivo da organização da “Sociedade da Escravidão’’ em Marselha, no Convento dos Padres Agostinianos de Provença, acrescenta muitas outras consideráveis indulgências àquelas já concedidas po Urbano VIII aos escravos da Santíssima Virgem;
5- Pio IX (1846-1878) – É sob seu pontificado que, a 12 de maio de 1853, se promulga em Roma o decreto que declara que os escritos do Padre Luís Maria Grignion de Montfort eram isentos de todo erro que pudesse obstar-lhe a beatificação;
6- Leão XIII (1878-1904) – Beatificou o Padre de Montfort e morreu renovando sua Total Consagração a nossa Senhora e invocando o nome do então Beato Luís Maria de Montfort;
7- São Pio X (1904-1914) – Tinha uma singular estima à Total Consagração, e especialmente ao Tratado da Verdadeira Devoção. Quando pensou em compor a encíclica comemorativa do Jubileu da Imaculada Conceição, disse ter lido muitas vezes o Tratado escrito por Montfort. Releu-o tantas vezes, que chegou a reproduzir o pensamento, e não raro, as expressões utilizadas pelo santo missionário. Ao responder ao pedido do Procurador Geral dos Padres Monfortinos para que abençoasse seu apostolado de difusão da Total Consagração à Santíssima Virgem, o Santo Papa disse: ‘’Acendendo ao vosso pedido, recomendamos vivamente o Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem, tão admiravelmente escrito belo Beato de Montfort; e a quantos lerem este Tratado concedemos, de todo coração, a benção apostólica’’. Sob o pontificado deste grande Papa a Santa Escravidão foi definitivamente organizada em associação, tanto para os sacerdotes, como para os fiéis. A Arquiconfraria de Nossa Senhora, cujo fim é a prática da Santa Escravidão foi ereta canonicamente pelo Papa São Pio X a 28 de abril de 1913. São Pio X foi o primeiro a se inscrever na confraria dos padres escravos de Nossa Senhora, seu nome figura como o primeiro da lista.
8- Bento XV (1914-1922) – Em carta a família Monfortana escreveu: ‘’O Tratado da Verdadeira Devoção é um livro pequeno em tamanho, mas de uma grande autoridade e de uma grande unção. Possa ele espalhar-se mais e mais, e avivar o espírito cristão em um grande número de almas.’’;
9- Pio XII (1939-1958) – Canonizou São Luís de Montfort em 1947 e tinha uma grande relíquia desse santo em sua capela particular;
10- João Paulo II (1978-2005) – Fez sua Total Consagração quando ainda era seminarista. Foi um grande devoto de São Luís g. de Montfort a quem chamava de mestre da vida espiritual. Foi um dos maiores apóstolos da Santa Escravidão Mariana em nossos tempos, ao ponto de fazer da Total Consagração o lema de seu pontificado. Seu ‘’Totus tuus’’, correu o mundo e deu testemunho de sua grande estima a esta grande espiritualidade. Escreveu a família Monfortana dizendo que ‘’não se deve deixar escondida’’ esta consagração;
11- Bento XVI (2005-2013) – Durante seu pontificado foi convocado o ano sacerdotal (2009-2010) em cujo encerramento foi distribuído para todos os sacerdotes presentes na Praça da Basílica de São Pedro, uma cópia do “Segredo de Maria’’, uma espécie de resumo do Tratado da Verdadeira Devoção, escrito também por São Luís de Montfort.
Templário de Maria