Às vésperas do Sínodo do Pan Amazônico Leonardo Boff desembarcou em Belo Horizonte com a intenção de semear a ignorância entre aqueles que ainda acreditam nos absurdos que ele fala.
“A Amazônia é um bem comum da Terra e da humidade. O Brasil pode ter a administração, que é muito ruim. Mas ele não é dono. O (Emmanuel) Macron, (presidente) da França, foi o único que entendeu isso”, afirma o teólogo.
Para o teólogo, ao convocar um sínodo – encontro realizado em Roma, com cerca de 250 líderes religiosos de todo o mundo durante 23 dias – para discutir a questão amazônica, o Papa Francisco quis chamar atenção para a necessidade de reconhecimento da Amazônia como bem comum da humanidade, dadas as consequências de sua destruição.
“O que o papa deseja é que todos tomem consciência disso e, assim, abandonem o velho paradigma da soberania, da divisão de países. Entramos numa fase planetária, que exige uma governança mais global, capaz de resolver problemas relacionados à água, ao calor, a tudo que sustenta a vida. A Amazônia, portanto, não é um problema brasileiro, mas do mundo todo”, afirma o escritor.
Ele participa nesta terça feira (1º) do projeto Sempre um papo, roda de conversa comandada pelo jornalista Afonso Borges que ocorrerá às 19h30, na Faculdade de Direito da UFMG. Sob o tema “Amazônia, salvaguarda da Terra”, o evento é aberto ao público e contará com a presença de lideranças religiosas, indígenas e de movimentos sociais.