Em uma nota publicada na tarde de hoje (04), o grupo chamado “Renovação Jovem” pertencente à paróquia São Francisco de Assis da Diocese de São Miguel Paulista, explicou os motivos pelos quais convidaram palestrantes do movimento pró-aborto “Católicas pelo Direito de Decidir” para fazer uma palestra sobre “religião e gênero” em um evento católico. Na nota eles admitem que se consideram cristãos, mas pensam diferente e não seguem a Doutrina da Igreja.
Entenda
Durante esta semana, aconteceu na Paróquia São Francisco de Assis, pertencente à Diocese de São Miguel Paulista em São Paulo, a 36ª Semana da Juventude, organizada pela Renovação Jovem.
Conforme a programação, uma das palestras teria como tema um assunto que é contrário aos ensinamentos da Santa Igreja, “religião e gênero” e os convidados para palestrarem eram ativistas membros de um grupo pró-aborto chamado “Católicas pelo Direito de Decidir”.
Entretanto, nos dias que antecederam a palestra houve forte comoção pelas redes sociais contra o evento. Católicos da própria diocese pediram ajuda aos católicos de todo o Brasil para protestarem contra o evento que estava programado para o dia 1º de agosto. Mesmo com toda a movimentação e protestos, a palestra aconteceu como programado.
Em função da enorme repercussão nas redes sociais, com a grande maioria dos comentários sendo contrários ao evento, em defesa da Doutrina Católica, os membros do grupo “Renovação Jovem” da paróquia São Francisco de Assis, onde ocorreu o evento, decidiram lançar uma nota de esclarecimento.
Todavia essa nota de esclarecimento serviu para complicar ainda mais a situação deles, que já era bem ruim. Na nota eles admitiram que se consideram cristãos, mas pensam diferente e não seguem a Doutrina da Igreja.
Segue a nota na íntegra:
[NOTA DE ESCLARECIMENTO]
“Boa tarde!
Enquanto membras e membros de uma pastoral da juventude sediada em uma paróquia que por muitos anos trabalha para ser plural, aberta a todas as ideias, e, principalmente, uma paróquia que não se fecha para dentro, mas que vai em saída para auxiliar os mais necessitados e repassar com ações, com amor e alegria os ensinamentos do Evangelho, não poderíamos deixar de manifestar e esclarecer as nossas atividades que geraram desconfortos, ataques e muitas mentiras nas redes sociais.
Enquanto católicas e católicos, a partir das vivências que adquirimos dia após dia em nossa comunidade, acreditamos que as doutrinas e ensinamentos religiosos da igreja, que foram escritos e acordados a muitos anos atrás, devem ser combinados em nossas vidas e também em nossas atividades, com a partilha e reflexão do que acontece no nosso tempo. E com as Semanas da Juventude, o grupo Renovação Jovem, busca, desde a sua primeira edição, materializar esse propósito.
Seria fácil para nós, atuarmos enquanto grupo apenas pela via espiritual-religiosa, nos fecharmos dentro da igreja para momentos de oração e esquecermos que jovens como nós, que não frequentam o ambiente religioso, estão discutindo e vivenciando os problemas reais que poderiam ser solucionados se à luz do Evangelho se nós enquanto jovens que pertencemos a esse mundo também, atuarmos em conjunto com esses outros jovens. Poderíamos escolher condenar e excluir todos os problemas reais que a sociedade apresenta, mas estaríamos nos enganando pois vivemos nessa sociedade, passamos por esses problemas, e o que nos diferencia é que temos um Jesus, uma religião e uma missão que guia nossa experiência e nossa vivência enquanto católicos.
É bem verdade que várias doutrinas, cartas apostólicas, mandamentos religiosos e passagens bíblicas são conflituosas entre si pois exigem de nós leigos, e de nossos sacerdotes e ministros da palavra, discernimento para interpretar palavras que há muito tempo foram escritas, e que, quer acreditemos ou não, faziam parte de um contexto social e político que as influenciaram. E é por essa e tantas outras razões que apesar de estarmos comungando de uma mesma religião, seguirmos um mesmo Jesus Cristo, e partilharmos da mesma fé católica apostólica romana, não somos iguais, não pensamos igualmente, e, mais importante, seguimos caminhos de atuação diferentes. Dizer que existe apenas “uma verdade” é desconhecer da riqueza dos ensinamentos cristãos, desconhecer do quanto Jesus partilhou e refletiu sobre suas ações e palavras, desconhecer do quanto mudaram as posições e encaminhamentos dos Santos Papas que passaram pela nossa Igreja Católica. E é nessa divergência que habita a riqueza do catolicismo, porque é ela que coloca a Igreja renovada a cada ano, a cada mudança que acontece na sociedade.
E tendo conhecimento de tais divergências, da riqueza dos mandamentos de Jesus, e principalmente, da enorme responsabilidade de seguir Jesus que foi obediente aos mandamentos do Deus que o enviou, mas que não cedeu às pressões do Império, que não abdicou de ajudar e dar respostas aos mais necessitados porque os governantes não queriam que essas respostas fossem dadas, por meio da Semana da Juventude que traz em cada edição diferentes temas e abordagens, nós buscamos ser uma pequena semente de Jesus em nosso tempo.
Ao fazermos a escolha de trazer as temáticas do Aborto e da Saúde Preventiva e Alternativa através da Cannabis Medicinal nós já compreendíamos que estávamos contrários ao que uma parte de nós católicos, e uma parte da sociedade acredita ser o correto a se discutir e apresentar. Mas nós acreditamos que os problemas do mundo que envolvem esses temas como por exemplo, o abandono paterno, a marginalização de crianças que são crescentes em situação de rua, a morte de mulheres gestantes por conta do aborto clandestino, os altos índices de estupros de mulheres, são também de nossa responsabilidade. E também, os grandes avanços na cura de doenças tidas como “incuráveis”, “terminais”, sem respostas médicas, a partir da Cannabis Medicinal, precisava ser compreendida, refletida e divulgada por nós.
Refletir sobre esses temas nos causa incômodo, nos deixa apreensivos, nos coloca em questionamento sobre algumas verdades absolutas expostas a partir das doutrinas católicas. Mas acreditamos que o dever de refletir e questionar como Jesus fez, nos foi dado. E sem qualquer imposição, doutrinação e ideologização de tais temáticas, trazendo pessoas para nos esclarecer sobre suas vivências no enfrentamento desses temas, estamos nós construindo nossas ideias sobre essas temáticas para enfim compreendermos como podemos auxiliar enquanto cristãos, os problemas reais de nosso tempo.
Nós respeitamos, e até compreendemos, os irmãos católicos que não estão disponíveis a realizarem esse exercício. Mas não podemos aceitar que esses mesmos criem obstáculos para que nós façamos a reflexão e a partilha sobre essas temáticas, pois sabemos das nossas verdades, das nossas missões enquanto católicos, dos ensinamentos que adquirimos ao longo de nossas formações religiosas. E ao falar sobre o aborto não incentivamos sua prática, ao esclarecer dúvidas sobre o uso da Cannabis para curar doenças não incentivamos o uso recreativo da mesma, e a intolerância de não compreender e não estar aberto a dialogar sobre essas temáticas cega nossos irmãos, diariamente, e os coloca para utilizarem de violência verbal, de ridicularização, para inibir nossas ações em busca de novos conhecimentos.
Aos irmãos que não comungam das nossas ações, os convidamos para que nos deixemos atuar pelo que acreditamos e utilizem suas vontades e esforços para reduzir o número de estupros que acontecem, para que ajudem os homens a se responsabilizarem pelos seus filhos e não os abandonarem, para que pressionem parlamentares para criar leis que garantam partos seguros, que protejam e acolham mulheres vítimas de violências que perdidas não encontram outras soluções a não ser o aborto. E que também busquem estudar novas curas para as doenças, tendo em vista que a Cannabis Medicinal os afronta. Enquanto tais práticas não são realizadas por nossos irmãos, permanecemos no caminho que consideramos justo e semelhante à atuação de Cristo.
Deus nos abençoe!”
Renovação Jovem
Paróquia São Francisco de Assis
Diocese de São Miguel Paulista
Data: 04/08/2019
Discussão durante o evento
Durante o evento, ocorreu um incidente no qual um corajoso Jovem Católico, chamado Ruan, se pronunciou contra os absurdos que estavam sendo debatidos durante a palestra, e foi hostilizado pelos presentes. Inclusive um senhor, que segundo informações é muito próximo ao pároco, professor de filosofia e responsável por promover palestras e seminários contrários à fé, no momento da discussão hostilizou o garoto que protestava contra a posição dos palestrantes em relação ao aborto, querendo colocá-lo para fora do local.
Assista ao vídeo:
Apologia ao comunismo
Também foi possível ver fotos do evento nas quais alguns dos membros aparecem com camisetas vermelhas de apoio ao PT e ao ex-presidente e presidiário Lula.
Leia também: PT E CRISTIANISMO: CASAMENTO IMPOSSÍVEL
Tema da palestra: “Religião e Gênero”
Conforme já citamos, a palestra teria como tema um debate sobre um assunto que já foi encerrado pelo magistério, pois é definitivamente contrário aos ensinamentos da Santa Igreja, “religião e gênero”. Não sendo suficiente expor um tema tão controverso, eles ainda convidaram para palestrar ativistas do grupo pró-aborto chamado “Católicas pelo Direito de Decidir”.
Veja as seguintes considerações feitas pelo site SalveRoma.com:
1- POSICIONAMENTO DA IGREJA CATÓLICA É CLARO SOBRE O ABORTO:
O Código de Direito Canônico em uma de suas seções trata justamente das penas espirituais para aqueles que cometem crimes. O aborto é um desses crimes tipificados pelo Código.
O cânon 1398 diz que: “quem provoca aborto, seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão latae sententiae”.
O Catecismo deixa claro que:
“A cooperação formal para um aborto constitui uma falta grave. A Igreja sanciona com uma pena canônica de excomunhão este delito contra a vida humana. “Quem provoca aborto, seguindo-se o efeito, incorre em excomunhão latae sententiae” “pelo próprio fato de cometer o delito” e nas condições previstas pelo Direito. Com isso, a Igreja não quer restringir o campo da misericórdia. Manifesta, sim, a gravidade do crime cometido, o prejuízo irreparável causado ao ‘inocente morto, a seus pais e a toda a sociedade.” (CIC, A.4; A.4.1; § 2272).
O Catecismo também diz que:
“o inalienável direito à vida de todo indivíduo humano inocente é um elemento constitutivo da sociedade civil e de sua legislação” (CIC 2272).
Ora, se o Magistério já pronunciou infalivelmente (pelo Magistério Ordinário Infalível) que o aborto é crime em qualquer circunstância, não pode um católico dissentir este ensinamento. O ensinamento OBRIGA ASSENTIMENTO ABSOLUTO da inteligência e da vontade do ser racional.
Existem diversos outros documentos, mas queremos deixar claro aqui as penas temporais e espirituais para quem defende este tipo de absurdo.
Vale lembrar que o Papa Francisco declarou que apoiar o aborto é idêntico à apoiar o nazismo. Confira aqui.
2- POSIÇÃO DA IGREJA É CLARO SOBRE O HOMOSSEXUALISMO:
Devemos amar o pecador mas odiar o pecado do homossexualismo. É necessário combatê-lo pois o homossexualismo é “intrinsecamente mau” como ensina o Catecismo.
Confira o que o Catecismo diz no parágrafo 2357:
“A homossexualidade designa as relações entre homens ou mulheres, que experimentam uma atracção sexual exclusiva ou predominante para pessoas do mesmo sexo. Tem-se revestido de formas muito variadas, através dos séculos e das culturas. A sua génese psíquica continua em grande parte por explicar. Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves (103) a Tradição sempre declarou que «os actos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados» (104). São contrários à lei natural, fecham o acto sexual ao dom da vida, não procedem duma verdadeira complementaridade afectiva sexual, não podem, em caso algum, ser aprovados.“
O Papa Francisco condenou a ideologia de gênero diversas vezes. O Vaticano emitiu condenações à essa nefasta ideologia também. A CNNB igualmente condenou diversas vezes. É um posicionamento que nãoestá aberto para debates mas deve ser absolutamente assentido pelos fiéis e sacerdotes da Igreja.
O Papa Francisco também se posicionou contra o casamento gay civil e religioso em todos os casos pois isso fere frontalmente à lei natural. O Catecismo da Igreja Católica, em seu item 2357, considera tal atração uma desordem mental, e sua prática, um ato “intrinsecamente desordenado”. Por esses motivos, o Papa Francisco apoiou publicamente as manifestações mexicanas contra a aprovação do “casamento” civil gay.
O Magistério da Igreja já se posicionou claramente contra o lobby gay. De acordo com o item 10 do documento ‘Considerações sobre os projetos de reconhecimento legal das uniões homossexuais‘, assinado em 2003 pela Congregação para a Doutrina da Fé e em vigor até hoje:
“todos os fiéis são obrigados a opor-se ao reconhecimento legal das uniões homossexuais” enquanto que “os políticos católicos são-no de modo especial, na linha da responsabilidade que lhes é própria”.
Leia também: PODE UMA PESSOA COM TENDÊNCIAS HOMOSSEXUAIS SER UM BOM CATÓLICO?
3- CONFIRA O QUE A IGREJA ENSINA SOBRE CONTRACEPTIVOS:
O Papa Paulo VI descartou qualquer hipótese de usar contraceptivos em sua encíclica Humanae Vitae. O Catecismo da Igreja reitera o posicionamento papal diversas vezes:
“a fecundidade é um dom, enfim, do matrimônio, porque o amor conjugal tende naturalmente a ser fecundo. O filho não vem de fora acrescentar-se ao amor mútuo dos esposos; surge no próprio âmago dessa doação mútua, da qual é fruto e realização. A Igreja, que “está do lado da vida”, ensina que “qualquer ato matrimonial deve permanecer aberto à transmissão da vida”. (Catecismo, n. 2366).
Portanto, o Magistério já se pronunciou infalivelmente sobre estes 3 temas. Contudo, a herética ONG abortista contraria este ensinamento que exige assentimento absoluto dos leigos e sacerdotes. Isso comprova que tais pessoas e movimentos não são católicos e devem ser afastados, punidos e excomungados pela hierarquia em comunhão com o sucessor de Pedro.
É como sempre se ensinou: Roma decidiu, a causa está encerrada (Roma Locuta est, Causa Finita Est).
O padre Ticão, pároco desta igreja, já fez uma declaração heterodoxa ao insinuar que Deus fosse “maconheiro” (confira aqui):
““A cannabis é fantástica. Serve para tratar várias doenças, e isso está provado no mundo todo. No Brasil só é crime porque os grandes grupos querem ter o monopólio disso. Quando legalizar a maconha, eles já terão todo o know-how”” – Pe. Ticão.
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