Neste domingo uma vida de quase 6 meses foi ceifada, uma batalha foi travada, mas o que mais nos assusta é o silêncio estarrecedor da CNBB em um momento tão importante.
Todo aquele que têm apreço pela vida humana, vivenciou um drama na última semana. Seja desempenhando um papel como defensor da vida em frente ao hospital, seja se manifestando através das redes sociais, seja assistindo indignado toda a distorção feita pela mídia e pelo movimento feminista sobre o ocorrido, ou mesmo desempenhando um papel que provavelmente é o mais importante de todos: rezando!
Diante do absurdo, diversas narrativas foram criadas. Enquanto a esquerda e as feministas lutavam para garantir um procedimento de aborto ilegal, uma vez que a própria equipe médica no estado do Espírito Santo já havia se negado a realizar em função do tempo de gestação, que colocava a bebê na idade gestacional de 5-6 meses, a grande mídia desempenhava um papel crucial para o “sucesso”, se é que podemos chamar assim, do assassinato de um bebê.
Foi a grande mídia responsável por deturpar os fatos e espalhar notícias falsas acerca de tudo que estava acontecendo.
- Não revelavam a verdadeira idade gestacional da bebê (quase 6 meses);
- Escondeu que o aborto nestas circunstâncias seria um crime, uma vez que a legislação brasileira permite aborto em caso de estupro até 3 meses;
- Escondeu o laudo médico que afirmava que o procedimento do aborto neste momento gestacional era contra indicado, e poderia ser mais danoso à jovem mãe;
- Escondeu que, conforme o pré-natal apontava, a menina estava com perfeitas condições de levar a gestação adiante e poderia perfeitamente fazer uma cesárea prematura, que seria menos danoso à saúde da mãe e preservaria as duas vidas;
- Disseminou a falsa imagem de que os manifestantes pró-vida eram uma ameaça a integridade da família;
- Diziam que os manifestantes forçaram a família
Enfim, fizeram um grande alarde em favor do aborto e pela preservação vida da mãe de 10 anos, quando na verdade seria o aborto a via mais perigosa a para a pequena que já era vítima de estupro há vários anos.
De todos os lados vieram ataques aos que se manifestavam em favor da vida. Na internet e redes sociais, o movimento feminista estava com sangue nos olhos e se mobilizou para comentar todas as publicações que eram contra o aborto. Este mesmo movimento iniciou um abaixo-assinado, incitando que fosse feito um processo contra uma comunidade católica pró-vida que ajudou a promover os protestos contra o aborto.
Na frente do hospital feministas apareceram, como sempre, agressivas e fazendo muito barulho, buscando apenas um objetivo, a morte de um bebê inocente.
Por outro lado, para a grande mídia, aqueles que estavam se manifestando contra o aborto, seja presencialmente, seja pelas redes sociais eram religiosos ultra fundamentalistas pró Bolsonaro, que não estavam preocupados com a vida da pequena mãe que já estava passando por muito sofrimento, quando na verdade, a preocupação do movimento pró-vida era com a preservação das duas vidas, seja da mãe quanto da filha.
No meio de tudo isso, nós católicos aguardávamos ansiosamente o apoio da CNBB através de um pronunciamento oficial, porém não recebemos nem uma simples nota sobre o aborto, muito menos da deturpação da grande mídia e os graves ataques ao movimento pró-vida.
Será que se a CNBB tivesse cobrado as autoridades em tempo hábil, o desfecho poderia ser diferente?
Lembramos que recentemente 152 bispos assinaram uma carta, ao estilo da esquerda, contra o governo Bolsonaro e posteriormente o presidente da CNBB assinou uma carta conjunta com OAB e outras entidades pedindo responsabilização do governo pelas 100 mil mortes por Covid-19. Será que que veremos uma manifestação da entidade CNBB na mesma proporção que este caso merece?
Até o momento encontramos apenas dois bispos que se manifestaram publicamente sobre o ocorrido, Dom Dom Antônio Saburido, e Dom Dom Antônio Augusto, bispo auxiliar da arquidiocese do rio de Janeiro.
Leia o comunicado de Dom Antônio Saburido, Arcebispo de Olinda e Recife sobre o ocorrido:
Dom Antônio Augusto se questionou sobre silêncio estarrecedor da CNBB neste momento crucial da batalha pela vida. Veja suas palavras:
“Onde os bispos que dizem que querem o povo protegido? Onde estão os padres que tanto falam dos direitos humanos e das legítimas exigências do bem comum?”
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Bispo médico se pronuncia sobre caso da gravidez em menina de 10 anos
O Bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro, Dom Antônio Augusto, se pronunciou sobre o caso da menina de 10 anos anos que, vítima do próprio tio, foi estuprada e engravidou. O pastor que também é médico pela USP lamentou a luta de alguns movimentos para que a gravidez de quase seis meses seja abortada. O Bispo classificou esse esforço pelo aborto como fruto da “ditadura da ideologia da morte”.
“Os médicos de Vitória, no Espírito Santo, respeitando a sua profissão toda ela voltada para a defesa da vida e alívio do sofrimento não quiseram realizar o aborto. Então decidiram levar a mãe para a Recife, onde o procedimento foi feito anos atrás em uma situação semelhante”, explicou o Bispo.
Dom Antônio Augusto lamentou a violência contra a criança e contra a vida. “É lamentável que num tempo onde a vida é tão ameaçada por um vírus ainda exista este vírus da ideologia da morte se espalhando pelo mundo”.
O Bispo lamentou neste momento não se ouvir vozes nos poderes executivo, legislativo e judiciário a favor da vida. Até mesmo na Igreja não se ouvem estas vozes, segundo o médico. “Onde os bispos que dizem que querem o povo protegido? Onde estão os padres que tanto falam dos direitos humanos e das legítimas exigências do bem comum?”, questionou.
O Bispo e médico Dom Antônio Augusto defende que as duas vidas sejam protegidas , a da criança que é mãe e a do bebê no seu ventre. “Protejam essa menina, ela já sofreu muito. Cuidem dela, pois embora seja uma gravidez de risco, não significa que é uma gravidez de risco de morte. É uma gravidez que nos leva a arriscar-nos no amor e na justiça para proteger as duas vidas . Todas as vidas importam, contudo, importam muito mais a vida das crianças. Nesse caso da mãe, de 10 anos de idade, e do bebê, o seu filho já com 5 meses e meio de vida”, ponderou.
Confira mensagem do bispo na íntegra:
Leia a Nota da CNBB, que veio com bastante atraso:
CNBB se pronuncia sobre aborto de menina de 10 anos: “Por que não foi permitido esse bebê viver?”