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Sacramento da Comunhão

Diácono denuncia grave profanação ocorrida na catedral de Curitiba causada pela Comunhão na Mão

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Na celebração da Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus, ocorrida no primeiro dia do ano na Catedral Nossa Senhora da Luz em Curitiba, e presidida pelo Arcebispo Dom Antônio Peruzzo, uma pessoa bem vestida e com uma cruz no peito entrou na procissão da comunhão, recebeu o Corpo de Cristo nas mãos, mas, ao invés de comungar, cometeu uma grave profanação diante do Bispo e de todos os fiéis.

Assista o relato feito pelo Diácono que auxiliava na celebração.

Padre denuncia grave profanação ocorrida na Catedral de Curitiba - PR causada pela Comunhão na Mão

Devido à prática generalizada, a maioria dos católicos de hoje pensam que o infeliz gesto de se receber a S.S. Eucaristia nas mãos sempre foi algo normal.

Na verdade, pela falta de conhecimento e pela falta de piedade, as pessoas em geral não conseguem se aperceber que tal ato (receber a Sagrada Eucaristia nas mãos) é incompatível com a dignidade desse Augusto Sacramento.

A consciência de que a S.S. Eucaristia é o próprio Deus atrai os nossos joelhos para o chão em sua presença. Por isso diz o Salmo 94 “Vinde adoremos e prostremo-nos por terra e ajoelhemos ante o Deus que nos criou”; tal gesto (de se ajoelhar) é o mais adequado diante de Nosso Senhor pois põe o ser humano em seu lugar de criatura, fazendo-o reconhecer humildemente a grandeza de Deus e o respeito que Lhe é devido.

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Não é por acaso que os demônios gostam muito que se receba a S. Comunhão na mão e o inferno celebrou como grande vitória a introdução dessa infame prática na Igreja de Deus.

O diabo sabe que quando alguém se ajoelha para receber Jesus Eucarístico, reforça sua fé e dá testemunho de que crê na presença real de Jesus no Santíssimo Sacramento. Sabe também que o valor e a reverência daquilo em que todos põe a mão acaba por ser banalizado.

Precisamos dizer NÃO à Comunhão na Mão - Sacrilégios e Profanações contra a Eucaristia

A inevitável pergunta que um católico honesto fará será: “se receber a comunhão na mão é algo mal que agrada tanto ao inferno e faz perder a reverência para com Jesus, porque tornou-se uma prática normal dentro da Santa Igreja?”

Normalmente quem faz uma pergunta assim desconhece o modo como o demônio age, e, como para tentar alcançar seu objetivo ele precisa destruir o núcleo em torno do qual gira e se alicerça toda a Igreja que é a Santíssima Eucaristia. Ignora igualmente que existe a chamada “Maçonaria Eclesiástica” cujos membros, infiltrados na Igreja, estão a serviço do inimigo para destruir a Igreja de Deus a partir de dentro e assim perder o maior número de almas possível. São muitos os cardeais, bispos e padres que fazem parte dessa organização. Outros não fazem parte, mas colaboram com seus objetivos em troca de dinheiro, poder ou outros favores; outros ainda (seguramente a maioria) colaboram de graça e com grande empenho, uma vez que foram convencidos que os caminhos ensinados e incentivados pelos revolucionários são os melhores…

Infelizmente, após a insistência de alguns bispos, o Papa Paulo VI autorizou a experiência de se receber a comunhão na mão durante um ano em três dioceses (uma na Holanda, outra na França e outra a Alemanha); após esse tempo, informado dos frutos ruins dessa prática, o Papa retirou a autorização; acontece que durante o ano que se autorizou a tal experiência naquelas três dioceses, a prática se esparramou, se alegando (falsamente) que o Papa havia autorizado, de modo que quando o Papa Paulo VI retirou sua autorização, a triste prática já havia se difundido por várias dioceses e países, especialmente na Europa. A Maçonaria Eclesiástica e seus aliados progressistas trabalharam muito para isso…

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Claro que o Papa tinha a autoridade para impor sua decisão de revogar para sempre aquela infeliz autorização, mas diante da pressão de numerosos bispos e cardeais ele não quis comprar a briga. O Papa lamentou muito, mas foi fraco, não usando de sua autoridade quanto foi necessário.

João Paulo II compreendia muito melhor o desastre da prática de se receber a comunhão na mão. Falou contra e proibiu em Roma, mas não teve força para debelar esse mal de toda a Igreja pois já estava bem difundido. Limitou-se a garantir no novo Código de Direito Canônico por ele promulgado em 1983 o direito INALIENÁVEL dos fiéis receberem a Santíssima Eucaristia da forma mais piedosa, ou seja: de joelhos e na boca.

Como dito pelos demônios em vários e diferentes exorcismos, os “lá de baixo” trabalharam muito para fazer entrar na Igreja a prática de se receber a comunhão na mão, pois além de colaborar para fazer perder a fé e o respeito à Santíssima Eucaristia, faz perder muitas partículas que se desprendem das partículas maiores, fazendo Jesus Eucaristia ser jogado por terra milhares de vezes todos os dias; por isso disse o diabo em um outro exorcismo: “nós gostamos da comunhão na mão, pois assim podemos pisar em vosso Deus”. Além do que, a comunhão dada nas mãos facilitou muito o roubo de hóstias consagradas, que são utilizadas em rituais de missas negras e outras indizíveis profanações.

Se NÃO queremos colaborar com o objetivo de satanás de destruir a fé e a piedade eucarísticas, NUNCA MAIS deveríamos receber Jesus nas mãos, mas SEMPRE NA BOCA e, se possível, AJOELHADOS.

Os demônios odeiam a Deus e tudo o que é Sagrado e conduza a Deus; por isso odeiam tanto a comunhão recebida na boca e de joelhos, assim como odeiam o sagrado véu, a modéstia, etc…daí a raiva incontida daqueles padres e bispos que, influenciados ou guiados pelo inimigo, esbravejam e sobem o tom com fiéis, dizendo: “levanta, levanta!!!”; “na boca, na boca!!!”; ou simplesmente, ignoram o fiel que se ajoelhou para comungar…em todos esses casos o que se vê é um ódio irracional às coisas santas de Deus, sentimento tipicamente diabólico.

Receber A Santíssima Eucaristia na boca e de joelhos é um direito dos fiéis que NÃO pode ser negado por NENHUM sacerdote, bispo ou Conferência Episcopal.
A Igreja (Santa Sé) que garante esse direito, consignado no CDC (Código de Direito Canônico) e em vários outros documentos normativos (p. Ex: Redemptionis Sacramentum), está acima dos padres, bispos e Conferências Episcopais.

Quando um padre ou bispo nega a Sagrada Comunhão na boca e/ou de joelhos querendo impor a impiedade da comunhão na mão e para tal, invoca a sua autoridade, apenas está demonstrando sua desonestidade, intolerância e soberba, uma vez que não aceita a autoridade da Igreja que o manda dar a comunhão aos fiéis que a pedem na boca e de joelhos. Nesse caso devemos perguntar: quem é o desobediente a Igreja?

Alguns para justificar o abuso de poder e a atitude arrogante dizem que a prática da comunhão na mão existe desde o início na Igreja; que a Igreja atualmente apenas restaurou uma prática antiga, etc…é preciso dizer que isso NÃO é verdade. A prática da comunhão na mão como se tem feito hoje NUNCA existiu na Igreja Primitiva. Durante os primeiros séculos, em algumas comunidades, os fiéis recebiam a Sagrada Eucaristia em um corporal colocado sobre as mãos e a levavam diretamente à boca, sem jamais tocar nelas com os dedos. Os corporais eram recolhidos e devidamente purificados. Entretanto, mesmo essa prática foi abolida pela Igreja já nos primeiros séculos por conta dos abusos que começaram a surgir, de forma que, a partir daí, o modo ordinário de se receber a Santíssima Eucaristia foi sempre NA BOCA E DE JOELHOS.

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Que o fiéis não tenham medo de serem firmes na exigência do seu direito de comungar na boca e de joelhos. Não cedam à pressão, nem ao autoritarismo de padres e bispos impiedosos que não obedecem a Igreja, nem respeitam os direitos dos fiéis.

É preciso compreender que estamos em uma guerra espiritual onde NÃO devemos ceder espaço ao inimigo de Deus que quer destruir a verdadeira fé e levar as pessoas à descrença e consequentemente à condenação.

Os que têm a graça de crer, especialmente os têm uma fé mais esclarecida, NUNCA deveriam ceder ao plano no inimigo a pretexto obter o benefício da Santíssima Eucaristia, pois importa não apenas comungar e receber as graças advindas da Sagrada Eucaristia, mas antes de tudo importa honrar a Deus e fazê-lo honrado e adorado por todos, o que justamente é ofuscado pela prática da comunhão na mão.

O demônio é um ser inteligente e planeja a longo prazo. Sabia que a popularização dessa prática ajudaria a levar ao esfriamento da fé eucarística e a multiplicação dos sacrilégios e profanações tal como se pode ver em nossos dias.

Em outras palavras não deveríamos, a pretexto de obtermos os benefícios da Santíssima Eucaristia, colaborar com um plano diabólico que visa destruir a fé nessa mesma Eucaristia.

Entre receber a S.S Eucaristia nas mãos e não comungar, é melhor NÃO comungar. Quando negada a Sagrada Comunhão na boca, é melhor se recolher, fazer comunhão espiritual e atos de amor, adoração e reparação.

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Não é necessário fazer escândalo nem gritarias; Respeitando Jesus Sacramentado e o sacerdote que está agindo mal, pode-se ficar ajoelhado o tempo que for preciso, depois voltar para o lugar e rezar em reparação da impiedade ocorrida.

É importante também que se invoque o Anjo da Guarda e todos os Santos Anjos presentes naquela celebração para que recolham as partículas consagradas que possam ter se perdido.

Para honrar Jesus NÃO devemos recebê-lo de um modo que lhe desagrade.
Se os demônios gostam da comunhão dada na mão, nós NÃO deveríamos gostar…

Que Deus tenha misericórdia de seu povo e providencie bons pastores que os alimente com a verdade e com o Pão do Céu.

Assista o vídeo:

O que ainda não te contaram sobre a comunhão na mão...

Um livro recém publicado em inglês por Dom Juan Rodolfo Laise, bispo emérito de San Luis, Argentina

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Citando documentos oficiais do Vaticano, o Bispo Laise mostra que não existe nenhuma permissão legal no Novus Ordo para a prática da Comunhão na mão. Com base nessas evidências, ele proibiu esse abuso em sua própria diocese de San Luis, Argentina, durante seu mandato episcopal de 1971 a 2001 e, posteriormente, escreveu um livro sobre o assunto para encorajar outros bispos a examinar esse importante assunto com mais cuidado.

Clique aqui para ler a edição do livro La Comunión en la mano. Documentos e historia, em espanhol.

Da Introdução do livro:

Desde o início, sacerdotes e fiéis sob minha responsabilidade pastoral me pediram para não introduzir essa prática na diocese de San Luis. Convoquei uma reunião de padres para 8 de agosto, na qual apresentei o decreto de Roma e a instrução Memoriale Domini.

Eles concordaram unanimemente que, para o bem dos fiéis, a Comunhão na língua deveria ser mantida…

O resultado dessa reunião foi um decreto diocesano no qual reitero o pedido do papa e cumpri rigorosamente a lei vigente mantendo a proibição da Comunhão na mão.

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No entanto, uma pergunta permaneceu: sendo o Memoriale Domini a única legislação em vigor, como é que todos adotaram a prática da Comunhão na mão como se fosse apenas uma opção proposta e até recomendada pela Igreja?

Buscando uma resposta para esta questão e para defender minha decisão – que foi bastante polêmica com alguns setores eclesiásticos que se manifestaram na mídia – estimulei uma investigação mais profunda sobre a história deste uso. E os resultados desta investigação encontram-se neste trabalho.

Das Conclusões:

Tudo o que foi elaborado até agora permite perceber que a história da reintrodução da comunhão na mão nada mais é do que o triunfo de um ato de desobediência. A consideração dos pormenores desta história torna-nos evidente a gravidade desta desobediência: de facto, é gravíssima sobretudo pelo próprio assunto de que trata; muito grave porque implica a resistência aberta a uma diretriz clara, explícita e solidamente fundamentada do papa; mais grave por sua extensão universal; mais grave porque quem não obedecia não eram apenas os fiéis ou sacerdotes, mas em muitos casos bispos e conferências episcopais inteiras; gravíssimo, porque não só ficaram impunes como obtiveram um êxito retumbante; mais grave, enfim, porque conseguiu que o estado de desobediência permanecesse oculto, fazendo com que se acreditasse, ao contrário, que adotavam uma proposta que

MEMORIALE DOMINI

Instrução sobre o modo de distribuir a Sagrada Comunhão da Sagrada Congregação para o Culto Divino

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Editado em 29 de maio de 1969.

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Quando a Igreja celebra o memorial do Senhor, afirma pelo próprio rito a sua fé em Cristo e a sua adoração a Ele, Cristo presente no sacrifício e dado como alimento aos que participam da mesa eucarística.

Por isso, é uma grande preocupação da Igreja que a Eucaristia seja celebrada e compartilhada com a maior dignidade e fecundidade. Conserva intacta a tradição já desenvolvida que chegou até nós, cujas riquezas passaram para o uso e a vida da Igreja. As páginas da história mostram que a celebração e as recepções da Eucaristia assumiram várias formas. Nos nossos dias, os ritos da celebração da Eucaristia foram modificados de muitas e importantes maneiras, tornando-os mais adequados às necessidades espirituais e psicológicas do homem moderno. Além disso, ocorreu uma mudança na disciplina que rege a participação dos leigos no sacramento. A Sagrada Comunhão sob dois tipos, pão e vinho foi reintroduzida. Já havia sido comum na Igreja latina também, mas posteriormente foi progressivamente abandonado. Este estado de coisas generalizou-se na época do Concílio de Trento, que o sancionou e defendeu por ensino dogmático como sendo adequado às condições da época.[1]

Estas mudanças fizeram do banquete eucarístico e do fiel cumprimento do mandamento de Cristo um símbolo mais claro e vital. Ao mesmo tempo, nos últimos anos, uma participação mais plena na celebração eucarística através da Comunhão sacramental suscitou aqui e ali o desejo de voltar ao antigo costume de depositar o pão eucarístico na mão do comungante, ele mesmo então comunicando, colocando-o em a boca dele.

De fato, em certas comunidades e em alguns lugares esta prática foi introduzida sem a aprovação prévia solicitada da Santa Sé e, às vezes, sem nenhuma tentativa de preparar adequadamente os fiéis.

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Certamente é verdade que o uso antigo permitia que os fiéis pegassem esse alimento divino em suas mãos e o colocassem na boca.

Também é verdade que em tempos muito antigos era permitido levar consigo o Santíssimo Sacramento do local onde se celebrava o santo sacrifício. Isso era principalmente para poder dar a si mesmos o viático caso tivessem que enfrentar a morte por sua fé.

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No entanto, as prescrições da Igreja e as evidências dos Padres deixam bem claro que a maior reverência foi mostrada ao Santíssimo Sacramento e que as pessoas agiram com a maior prudência. Assim, “que ninguém . . . coma essa carne sem primeiro adorá-la”[2] Quando uma pessoa toma (o Santíssimo Sacramento), ela é avisada: “…receba-o: tenha cuidado para não perder nada.”[ 3] “Pois é o Corpo de Cristo.”[4]

Além disso, o cuidado e o ministério do Corpo e Sangue de Cristo foram especialmente confiados a ministros sagrados ou a homens especialmente designados para esse fim: “Quando o presidente tiver recitado as orações e todo o povo tiver proferido uma aclamação, aqueles a quem chamamos os diáconos distribuem a todos os presentes o pão e o vinho pelos quais foram dadas graças e os levam aos ausentes»[5].

Logo a tarefa de levar a Santíssima Eucaristia aos ausentes foi confiada apenas aos ministros sagrados, para melhor garantir o respeito devido ao sacramento e atender às necessidades dos fiéis. Mais tarde, com o aprofundamento da compreensão da verdade do mistério eucarístico, do seu poder e da presença de Cristo nele, surgiu um maior sentimento de reverência para com este sacramento e sentiu-se que se exigiam uma humildade mais profunda ao recebê-lo. Assim foi estabelecido o costume de o ministro colocar uma partícula de pão consagrado na língua do comungante.

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Este método de distribuição da Sagrada Comunhão deve ser mantido, tendo em conta a situação atual da Igreja em todo o mundo, não apenas porque tem atrás de si muitos séculos de tradição, mas sobretudo porque expressa a reverência dos fiéis pela Eucaristia. O costume não diminui em nada a dignidade pessoal de quem se aproxima deste grande sacramento: faz parte daquela preparação necessária para a recepção mais frutuosa do Corpo do Senhor.[6]

Esta reverência mostra que não se trata de uma participação no “pão e no vinho ordinário”[7], mas no Corpo e no Sangue do Senhor, mediante os quais “o povo de Deus partilha os benefícios do Sacrifício Pascal, renova a Nova Aliança que Deus fez com o homem de uma vez por todas pelo Sangue de Cristo, e na fé e na esperança prenuncia e antecipa o banquete escatológico no reino do Pai.”[8]

Além disso, a prática que deve ser considerada tradicional garante, de forma mais eficaz, que a Sagrada Comunhão seja distribuída com o devido respeito, decoro e dignidade. Afasta o perigo de profanação das espécies sagradas, nas quais “de modo único, Cristo, Deus e homem, está presente íntegro, substancial e continuamente”[9]. pão consagrado que a Igreja sempre recomendou: “O que você deixou cair, pense nisso como se tivesse perdido um de seus próprios membros”[10].

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Quando, portanto, um pequeno número de conferências episcopais e alguns bispos individuais pediram que a prática de colocar as hóstias consagradas nas mãos do povo fosse permitida em seus territórios, o Santo Padre decidiu que todos os bispos da Igreja latina deveriam ser questionados se eles achavam que oportuno introduzir este rito. Uma mudança em matéria de tal momento, baseada em uma tradição antiquíssima e venerável, não afeta apenas a disciplina. Traz consigo certos perigos que podem surgir da nova maneira de administrar a Sagrada Comunhão: o perigo de uma perda de reverência pelo augusto Sacramento do Altar, de profanação, de adulteração da verdadeira doutrina.

Três perguntas foram feitas aos bispos, e as respostas recebidas até 12 de março de 1969 foram as seguintes:

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Você acha que se deve prestar atenção ao desejo de que, além da maneira tradicional, seja admitido o rito de receber a Sagrada Comunhão na mão?

Sim: 597
Não: 1.233
Sim, mas com reservas: 315
Votos inválidos: 20

  1. É seu desejo que este novo rito seja experimentado primeiro em pequenas comunidades, com o consentimento do bispo?

Sim: 751
Não: 1.215
Votos inválidos, 70

  1. Pensas que os fiéis acolherão com alegria este novo rito, depois de uma adequada preparação catequética?

Sim: 835
Não: 1.185
Votos inválidos: 128

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Dos retornos fica claro que a grande maioria dos bispos acredita que a atual disciplina não deveria ser alterada e que, se fosse, a mudança seria ofensiva para os sentimentos e a cultura espiritual desses bispos e de muitos fiéis.

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Portanto, levando em conta as palavras e os conselhos daqueles a quem “o Espírito Santo colocou para governar” as Igrejas,[11] em vista da gravidade do assunto e da força dos argumentos apresentados, o Santo Padre decidiu não mudar a maneira existente de administrar a Sagrada Comunhão aos fiéis.

A Sé Apostólica, portanto, exorta enfaticamente os bispos, sacerdotes e leigos a obedecerem atentamente à lei que ainda é válida e que foi novamente confirmada. Exorta-os a levar em conta o julgamento feito pela maioria dos bispos católicos, o rito agora em uso na liturgia, o bem comum da Igreja.

Onde prevalece um uso contrário, o de colocar a Sagrada Comunhão na mão, a Santa Sé – desejando ajudá-los a cumprir sua tarefa, muitas vezes difícil como é hoje em dia – atribui a essas conferências a tarefa de avaliar cuidadosamente quaisquer circunstâncias especiais que possam existir ali. , cuidando para evitar qualquer risco de falta de respeito ou de falsas opiniões sobre a Santíssima Eucaristia, e para evitar quaisquer outros efeitos nocivos que daí possam advir.

Nesses casos, as conferências episcopais examinem cuidadosamente os assuntos e tomem todas as decisões, por voto secreto e com maioria de dois terços, que sejam necessárias para regular os assuntos. Suas decisões devem ser enviadas a Roma para receber a confirmação necessária,[12] acompanhadas de um relato detalhado dos motivos que os levaram a tomar essas decisões. A Santa Sé examinará cuidadosamente cada caso, levando em conta os vínculos entre as diversas Igrejas locais e entre cada uma delas e a Igreja Universal, a fim de promover o bem comum e a edificação de todos, e para que o bom exemplo recíproco aumente a fé e piedade.

Nota: na Acta Apostolicae Sedis (pp. 546-547) a Instrução foi acompanhada de uma amostra da carta (em francês) que é enviada às hierarquias que pedem e recebem permissão para introduzir a prática da Sagrada Comunhão na mão . A carta estabelecia as seguintes regras:

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  1. O novo método de administrar a Comunhão não deve ser imposto de forma a excluir o uso tradicional….
  2. O rito da Comunhão na mão deve ser introduzido com tato. Com efeito, estando em causa as atitudes humanas, está ligada à sensibilidade de quem recebe a Comunhão. Deve, portanto, ser introduzido gradativamente, a partir de grupos mais instruídos e preparados. É necessário, antes de tudo, que uma catequese adequada prepare o caminho para que os fiéis compreendam o significado da ação e a pratiquem com o respeito devido ao sacramento. O resultado desta catequese deve ser afastar qualquer sugestão de vacilação por parte da Igreja em sua fé na presença eucarística, e também remover qualquer perigo ou mesmo sugestão de profanação.
  3. O fato de que o leigo agora é capaz de receber a Sagrada Comunhão na mão não deve sugerir a ele que se trata de pão comum, ou apenas qualquer objeto sagrado. Ao contrário, deve fortalecer o senso de sua dignidade como membro do Corpo Místico de Cristo, do qual o batismo e a graça da Eucaristia o fazem parte. Experimentará assim um aumento da fé na grande realidade do Corpo e do Sangue do Senhor que toca com as mãos. Sua atitude respeitosa deve ser proporcional ao que ele está fazendo.
  4. Quanto ao modo de administrar o sacramento, pode-se seguir o método tradicional, que enfatizava a função ministerial do sacerdote ou do diácono, fazendo-os colocar a hóstia na mão do comungante. Pode-se também adotar um método mais simples, permitindo que o próprio comungante retire a hóstia do cibório. Em ambos os casos, o comungante deve consumir a hóstia antes de retornar ao seu lugar, e o papel do ministro será enfatizado por ele dizer: “O Corpo de Cristo”, ao qual o comungante responde: “Amém”.
  5. Seja qual for o método adotado, deve-se tomar cuidado para não deixar cair nenhum fragmento da hóstia….
  6. Quando a Comunhão é distribuída sob ambas as espécies, nunca é permitido colocar nas mãos dos comungantes hóstias que foram primeiro colocadas no Sangue do Senhor.
  7. Pede-se aos bispos aos quais foi permitido introduzir o novo rito da Comunhão que enviem um relatório à congregação, daqui a seis meses, sobre o resultado.
  8. [Traduzido de AAS 61 (1969), pp. 541-547.],

Endnotes

  1. 1.       Cf. Council of Trent, session 21, The Doctrine of Communion under Both Kinds: Denz. 1726-1727.
  2. 2.       St. Augustine, On the Psalms, 98, 9.
  3. 3.       St. Cyril of Jerusalem, Mystagogic Catechesis, V, 21.
  4. 4.       Hippolytus, Apostolic Tradition, n. 37.
  5. 5.       Justin, Apologia, 1, 65.
  6. 6.       See St. Augustine, On the Psalms 98, 9.
  7. 7.       See Justin, Apologia 1 66.
  8. 8.       Instruction Eucharisticum Mysterium n. 3.
  9. 9.       Ibid., n. 9.
  10. 10.   St. Cyril of Jerusalem, Mystagogic Catechesis V; 21.
  11. 11.   See Acts 20:28.
  12. 12.   See Vatican II Decree Christus Dominus, n. 38, par. 4.
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