Segundo o site Gaudium Press, em um artigo intitulado “Com o presidente Biden, as relações entre o Vaticano e os Estados Unidos estão destinadas a mudar drasticamente”, Edward Pentin publicou no dia 20, no National Catholic Register, um trecho de uma conversa recente com o Cardeal Peter Turkson, na qual o purpurado afirma estar preocupado com as opiniões pró-aborto do presidente Joe Biden, mas acredita que a Igreja “pode trabalhar com ele para encontrar um caminho aceitável.”
O cardeal afirma que as posições de Biden sobre aborto e outras políticas contrárias ao ensino da Igreja estão enraizadas porque “não temos feito nosso trabalho como Igreja”. Isso permitiu que “certas tendências se tornassem protagonistas de nossas sociedades” e permitiu que surgisse um líder que as represente.
Preocupação com o ‘catolicismo’ de Biden
Pentin resume a preocupação de muitos católicos com as declarações de Biden sobre os temas vida e família, ratificados por tomadas de posições anteriores.
Citando o padre John Wauck, um sacerdote radicado em Roma, Pentin cita, por exemplo, as preocupações de muitos com os avanços legais do aborto que Biden provavelmente promoverá, com intenção de “forçar todos os americanos a ajudar a pagar, com seus impostos, por esses assassinatos [abortos], tanto em casa quanto no exterior”.
O padre Wauck lembrou que, como vice-presidente, Biden ‘oficializou’ o “casamento” de dois homens e que potencialmente ameaça a liberdade religiosa, buscando reverter as proteções de consciência das Irmãzinhas dos Pobres e outros empregadores religiosos que se opõem ao fornecimento de contraceptivos.
Pentin também cita a preocupação expressada pelos líderes da Igreja na África que temem que a nomeação de Samantha Power à frente da agência de ajuda americana USAID conduza a uma colonização ideológica cultural no continente em favor da ideologia de gênero e dos chamados direitos LGTBI.