Neste próximo final de semana, dia da Solenidade da Epifania do Senhor, há um costume católico antigo de marcar com giz a porta de entrada das casas dos fiéis.
Trata-se de consagrar a casa ao Senhor Jesus. Este ano fica assim: 20☩C☩M☩B☩24. O “20” inicial representa o milênio e o século, as letras C, M e B são as iniciais dos reis magos Caspar, Melchior e Baltazar e o “24” no final representa a década e o ano (2024, no caso).
As inscrições são mantidas na porta até o dia de Pentecostes. Assista o vídeo explicativo e procure o padre da sua paróquia.
Assista ao vídeo:
Bênção da casa na Epifania
É um costume antiquíssimo que as casas – religiosas ou de famílias – sejam abençoadas por ocasião da Solenidade da Epifania. Há até uma bênção própria para a Epifania, que consta no Rituale Romanum pré-conciliar. No atual Rituale, usa-se a bênção comum das casas mesmo, mas é possível acrescentar as cerimônias antigas.
Em 2014, pelo calendário moderno, a Epifania cai em 5 de janeiro.
Vejamos o que diz a Carta Circular do Secretariado para a Liturgia da Ordem Cisterciense para os Mosteiros da Ordem, em 2006/2007:
1. A SOLENIDADE DA MANIFESTAÇÃO DO SENHOR (EPIFANIA) NO DIA 6 DE JANEIRO
O Tempo do Natal poderia ser comparado a uma elipse cujos pontos centrais são a solenidade do Natal, a 25 de dezembro, e a solenidade da Epifania, a 6 de janeiro. Devido a nossa vida moderna e ao mundo do trabalho, a solenidade da Epifania, em muitos países e regiões, não é mais celebrada no dia 6 de janeiro, mas transferida para o domingo que ocorre entre 2 e 8 de janeiro. Em nossa Ordem, esta solenidade foi mantida, em princípio, na data tradicional, deixando-se a cada mosteiro, conforme seu país, a possibilidade de decidir quando celebrá-la
1.1 – Sobre a origem e a história da festa
Originariamente, a festa do Natal era celebrada, no Ocidente, a 25 e dezembro, e no Oriente, a 6 de janeiro. Como por osmose, o Ocidente e o Oriente absorveram as duas festas em fins do século IV. Devido a sua origem e conteúdo teológico, ambas celebram o Natal, mas com acentos diferentes. A história da Epifania é, de fato, complicada e suas raízes próprias permanecem obscuras até os nossos dias. Como indica o nome grego “Epifania” (Manifestação) ou “Teofania” (Manifestação de Deus), a festa provém do Oriente e foi introduzida no Ocidente no século IV. O título da festa – “Epifania” – significa também que o dia 6 de janeiro já era algo mais que a popular “festa dos Reis”. A Epifania é a revelação de Jesus Cristo, Filho de Deus, para o mundo inteiro. Na Grécia e na Rússia, os cristãos chamam esse dia: “Solenidade da santa Teofania de nosso Senhor Jesus Cristo”.
Seguramente, como ocorre no Natal, a data da Epifania remonta também ao culto pagão, ou seja, está relacionada com a festa do solstício de inverno que, no Egito, provavelmente ocorria entre 5 e 6 de janeiro. No dia 25 de dezembro ou no dia 6 de janeiro celebrava-se o aniversário de nascimento do deus-sol invencível, transformado pelos cristãos no aniversário natalício de Jesus Cristo, “verdadeira luz do mundo” (cf. Jo, 8, 12; 1, 9). Através de uma fonte antiga, sabe-se que a seita gnóstica dos basilianos, em Alexandria, no começo do século III, celebrava no dia 6 de janeiro a festa do Batismo de Cristo, mediante o qual, pela descida do Espírito Santo, aconteciam a geração e o nascimento do Filho de Deus. O Batismo de Cristo deveria, em seguida, se tornar a temática própria da festa da Epifania, no Ocidente. De acordo com outras informações, no dia 6 de janeiro, os egípcios iam ao rio buscar água. Talvez esteja aqui um dos fundamentos da bênção da água na Epifania. Do Egito, a festa de 6 de janeiro parece ter-se também estendido tanto para o Ocidente quanto para o Oriente, na segunda metade do século IV. Nas Igrejas do Ocidente, a festa da Epifania foi estabelecida primeiramente na Gália, na Espanha, no norte da Itália e em Ravena, embora os seus temas tenham sido ampliados.
Na Epifania, além da Encarnação e do Batismo de Cristo, meditava-se ainda na Adoração dos Magos, nas Bodas de Caná e na Multiplicação dos pães. O conteúdo desta festa é, por exemplo, condensado no magnífico hino da Epifania, de autoria de Santo AMBRÓSIO DE MILÃO († 397): “Illuminans Altissimus”, adotado por nossos Pais de Cister em sua liturgia (cf. Breviário dito “de Santo Estêvão”, do ano 1132). Em Roma, as Homilias do Papa São LEÃO MAGNO († 416) constituem o testemunho mais seguro da celebração da festa da Epifania.
1.2 – Conteúdo da festa
Quando o Oriente (à exceção da Armênia) adotou, em fins do século IV, a celebração do Natal no dia 25 de dezembro, oriunda da liturgia romana, o dia 6 de janeiro tornou-se primitivamente a festa oriental da Encarnação do Senhor, transformando-se depois na festa do Batismo de Cristo. Na liturgia romana, pelo menos na liturgia da Missa, o dia 6 de janeiro passou a ser a festa da Adoração dos Magos (cf. Mt 2, 1-12) ou festa dos três Santos Reis, enquanto a Liturgia das Horas romana incorporava progressivamente os temas suplementares do Batismo de Cristo, das Bodas de Caná e da Multiplicação dos pães, provenientes das regiões gaulesa, espanhola e norte-italiana. As influências recíprocas da Liturgia da Igreja Oriental e da Igreja Ocidental são ainda hoje perceptíveis nos textos litúrgicos da festa da Epifania. A antífona “Hodie cœlesti Sponso” (no Breviário cisterciense, é a antífona do Benedictus) exprime muito bem, em seu conjunto, a celebração da festa: “Hoje, a Igreja se une a seu celeste Esposo: Cristo, no Jordão, a purifica de seus pecados; os Magos trazem seus presentes para as núpcias reais; a água se transforma em vinho para alegria dos convivas. Aleluia.” Exatamente esse texto, bem como a célebre antífona do Magnificat, “Tria miracula” (“Três milagres”), mostram de maneira significativa que o conteúdo teológico da festa da Epifania ultrapassa de muito uma simples festa dos três Reis. Com efeito, a Epifania concentra os acontecimentos mais importantes dos primeiros anos de Jesus de Nazaré e os celebra como revelações e manifestações de sua divindade. Igualmente na Liturgia romana a Epifania foi outrora considerada uma festa da maior importância, celebrada com vigília e oitava, e os domingos que se lhe seguiam eram chamados “domingos depois da Epifania”.
A transladação das presumíveis relíquias dos três Santos Reis para Colônia, em 23 de julho de 1164, onde ainda são conservadas no célebre relicário da Catedral, favoreceu enormemente a propagação do culto dos três Reis, no Ocidente, além de contribuir de modo essencial para o caráter popular de sua festa, no dia 6 de janeiro. Aliás, foi ORÍGENES († 253/254), antigo escritor cristão, que explicitou, pela primeira vez, serem três os Magos (o texto fala simplesmente de “magos” ou “astrólogos vindos do Oriente”), talvez por causa dos presentes também em número de três. Posteriormente, desde São CESÁRIO DE ARLES († 542), os três Magos se tornaram Reis (o texto bíblico não diz nada disso) e, a partir dos séculos VIII ou IX, acreditava-se mesmo saber os seus nomes: BALTASAR, MELQUIOR (o “Mouro”, o Negro) e GASPAR.
1.3 – Tradições da festa
Em cada região, foram se desenvolvendo diferentes costumes em torno da festa da Epifania; dentre eles, gostaria de fazer referência a três. O mais conhecido nas regiões de língua alemã é, sem dúvida, o da consagração da água (“água dos três Reis”), atestado desde os séculos XI e XII e que tem suas raízes na tradição oriental (egípcia). No Oriente, onde se celebra na Epifania o Batismo de Cristo, o dia 6 de janeiro era uma data muito considerada. As Igrejas orientais tinham, além de outros, na noite da Epifania uma solene consagração da água que, segundo as possibilidades, era realizada em um rio ou no mar, mergulhando-se uma cruz nas águas. Este costume tem sua origem na bênção do Jordão em memória do Batismo de Jesus (“consagração do Jordão”). São JOÃO CRISÓSTOMO († 407) conta que “nesta solenidade, por volta da meia-noite, as pessoas vão buscar água que colocam num recipiente em suas casas, guardando-a durante o ano inteiro em memória deste dia no qual as águas foram santificadas”. Atrás disso está a convicção, difundida no Oriente, de que Jesus santificou a água quando, por ocasião de seu Batismo, desceu ao rio Jordão. A crença popular atribuía uma força especial à “água benta dos três Reis”.
Ao lado da tradicional Bênção das Casas, na Epifania, desenvolveu-se, sobretudo nos países de língua alemã, uma forma própria: todos os lugares da casa são abençoados com água benta e incenso; e, com um giz bento, se escreve acima das portas a fórmula de bênção: 20+C+M+B+07: Christus Mansionem Benedicat” que uma interpretação popular interpreta como sendo as iniciais dos nomes dos três Reis: Caspar, Melquior, Baltasar. Supõe-se que por trás dessa prática esteja um velho costume germânico. Ainda nas regiões de língua alemã, em alguns lugares, são os “Sternsinger”, personagens vestidas como os três Reis Magos, que se antecipam a esta bênção. A bênção das casas na Epifania pretende, sobretudo, trazer a certeza de que a Encarnação de Jesus, pela qual ele veio morar entre nós (Jo 1, 14), atua em nosso íntimo na vida de cada dia. Nos lugares onde semelhante costume é prática corrente, seria bem significativo que o Abade (o Prior) ou a Abadessa (a Superiora ou o Capelão do mosteiro) abençoe na Epifania os lugares regulares do mosteiro, se possível em presença da comunidade ou, pelo menos, de alguns irmãos ou irmãs. O texto correspondente desta bênção pode ser encontrado no “Benedictionale” editado pelas Conferências Episcopais de cada região lingüística.
Desde a antiguidade, a data da próxima festa da Páscoa e as datas das festas móveis que dela decorrem são anunciadas durante a Missa da Epifania, após a leitura do Evangelho. Com efeito, nos tempos antigos, era nesta festividade que se tornava pública a “Carta Pascal” informando à cristandade a data da Páscoa. Este dia foi escolhido para o referido anúncio porque nele Cristo, o novo Sol, se levantou para o Oriente na Epifania. Semelhante costume de anunciar as festas móveis, que provém da liturgia das catedrais e ainda consta no novo “Missale Romanum”, nunca foi oficialmente reconhecido em nossa Ordem.
O normal é que o pároco ou seu vigário faça a bênção. Todavia, nem sempre é possível encontrar um sacerdote disposto a perpetuar costumes antigos, e o ritual atual prevê que o pai de família possa recitar a bênção.
Aqui em casa, temos por costume chamar sacerdotes para que a abençoem, mas não exatamente na Epifania, e sim quando temos a graça de uma visita de padre. Na Epifania, pelas circunstâncias que temos, faremos a bênção sem o sacerdote, e eu, como “sacerdote da Igreja doméstica”, conduzirei a celebração familiar. É uma celebração que a Igreja muito valoriza, pela santidade do lar “em cujas portas são desenhadas a cruz do Senhor, a data do ano que apenas começou, as letras iniciais dos tradicionais nomes dos santos Magos (…) escritas com giz bento.” (Diretório sobre Piedade Popular e Liturgia, nº 118)
Proponho a seguinte ordem para a celebração, baseada nos ritos da Igreja.
Todos se reúnem na porta de casa, pelo lado de dentro. Cantam um hino, como o sugerido abaixo:
Cristãos, vinde todos, com alegres cantos.
Oh! Vinde, oh! Vinde até Belém.
Vede nascido, vosso rei eterno.
Oh! Vinde adoremos, Oh! Vinde adoremos,
Oh! Vinde adoremos o salvador!
Humildes pastores deixam seu rebanho
e alegres acorrem ao Rei do Céu.
Nós, igualmente, cheios de alegria.
O Deus invisível de eterna grandeza,
sob véus de humildade, podemos ver.
Deus pequenino, Deus envolto em faixas!
Nasceu em pobreza, repousando em palhas.
O nosso afeto lhe vamos dar. Tanto amou-nos!
Quem não há de amá-lo?
Recitam, então, o Salmo Responsorial da Missa do dia (Salmo 71), com o pai ou a mãe lendo os versículos e todos respondendo o responsório:
As nações de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!
R/. As nações de toda a terra hão de adorar-vos, ó Senhor!
Dai ao Rei vossos poderes, Senhor Deus,/ vossa justiça ao descendente da realeza!/ Com justiça ele governe o vosso povo,/ com equidade ele julgue os vossos pobres.
Nos seus dias a justiça florirá/ e grande paz, até que a lua perca o brilho!/ De mar a mar estenderá o seu domínio,/ e desde o rio até os confins de toda a terra!
Os reis de Társis e das ilhas hão de vir/ e oferecer-lhe seus presentes e seus dons;/ e também os reis de Seba e de Sabá/ hão de trazer-lhe oferendas e tributos./ Os reis de toda a terra hão de adorá-lo,/ e todas as nações hão de servi-lo.
Libertará o indigente que suplica,/ e o pobre ao qual ninguém quer ajudar./ Terá pena do indigente e do infeliz,/ e a vida dos humildes salvará.
Após, todos acendem as velas que carregam nas mãos, e recitam juntos:
R/. Uma criança é nascida em Belém, aleluia! Com plena alegria canta Jerusalém, aleluia, aleluia. Do Oriente viram a estrela, aleluia, e os santos reis vêm de longe, aleluia, aleluia.
Em seguida, o pai lê a perícope da Missa da Epifania: Mt 2,1-12:
V/. O Senhor esteja convosco.
R/. Ele está no meio de nós.
V/. PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo São Mateus.
R/. Glória a vós, Senhor.
Tendo nascido Jesus na cidade de Belém, na Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que alguns magos do Oriente chegaram a Jerusalém, perguntando: “Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo”.
Ao saber disso, o rei Herodes ficou perturbado assim como toda a cidade de Jerusalém.
Reunindo todos os sumos sacerdotes e os mestres da Lei, perguntava-lhes onde o Messias deveria nascer. Eles responderam: “Em Belém, na Judeia, pois assim foi escrito pelo profeta: E tu, Belém, terra de Judá, de modo algum és a menor entre as principais cidades de Judá, porque de ti sairá um chefe que vai ser o pastor de Israel, o meu povo”.
Então Herodes chamou em segredo os magos e procurou saber deles cuidadosamente quando a estrela tinha aparecido. Depois os enviou a Belém, dizendo: “Ide e procurai obter informações exatas sobre o menino. E, quando o encontrardes, avisai-me, para que também eu vá adorá-lo”.
Depois que ouviram o rei, eles partiram. E a estrela, que tinham visto no Oriente, ia adiante deles, até parar sobre o lugar onde estava o menino.
Ao verem de novo a estrela, os magos sentiram uma alegria muito grande.
Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele, e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra.
Avisados em sonho para não voltarem a Herodes, retornaram para a sua terra, seguindo outro caminho.
V/. Palavra da Salvação.
R/. Glória a vós, Senhor.
Recitam todos a antífona:
R/. Do Oriente vieram os Magos a Belém para adorar o Senhor, e abrindo os seus tesouros ofereceram presentes caros: ouro para o Grande Rei, incenso para o verdadeiro Deus, e mirra em símbolo de seu enterro, aleluia!
O pai, então, asperge todos os cômodos da casa, enquanto todos cantam ou recitam o Magnificat:
Magnificat *
anima mea Dominum,
et exultavit spiritus meus *
in Deo salvatore meo,
quia respexit humilitatem ancillæ suæ. *
Ecce enim ex hoc beatam me dicent omnes generationes.
Quia fecit mihi magna, qui potens est, *
et sanctum nomen eius,
et misericordia eius in progenies et progenies *
timentibus eum.
Fecit potentiam in brachio suo, *
dispersit superbos mente cordis sui;
deposuit potentes de sede *
et exaltavit humiles;
esurientes implevit bonis *
et divites dimisit inanes.
Suscepit Israel puerum suum, *
recordatus misericordiæ,
sicut locutus est ad patres nostros, *
Abraham et semini eius in sæcula.
Gloria Patri, et Filio, *
et Spiritui Sancto.
Sicut erat in principio,
et nunc, et semper, *
et in saecula saeculorum. Amen.
Ou, em português:
A minha alma engrandece ao Senhor *
e se alegrou o meu espírito em Deus, meu Salvador,
pois ele viu a pequenez de sua serva, *
desde agora as gerações hão de chamar-me de bendita.
O Poderoso fez por mim maravilhas *
e Santo é o seu nome!
Seu amor, de geração em geração, *
chega a todos que o respeitam.
Demonstrou o poder de seu braço, *
dispersou os orgulhosos.
Derrubou os poderosos de seus tronos *
e os humildes exaltou.
De bens saciou os famintos, *
e despediu, sem nada, os ricos.
Acolheu Israel, seu servidor, *
fiel ao seu amor,
como havia prometido aos nossos pais, *
em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
R/. Do Oriente vieram os Magos a Belém para adorar o Senhor, e abrindo os seus tesouros ofereceram presentes caros: ouro para o Grande Rei, incenso para o verdadeiro Deus, e mirra em símbolo de seu enterro, aleluia!
O pai, então, voltando para a porta da casa recita a bênção sobre o giz:
V/. Adjutorium nostrum in nomine Domini.
R/. Qui fecit caelum et terram.
V/. Dominus vobiscum.
R/. Et cum spiritu tuo.
Bene + dic, Domine Deus, creaturam istam cretae:
ut sit salutaris humano generi; et praesta per
invocationem nominis tui sanctissimi, ut, quicumque ex ea
sumpserint, vel in ea in domus suae portis scripserint
nomina sanctorum tuorum Gasparis, Melchioris et
Baltassar, per eorum intercessionem et merita, corporis
sanitatem, et animae tutelam percipiant. Per Christum
Dominum nostrum.
R/. Amen.
Por cima da porta de casa, do lado exterior, o pai escreve com giz o seguinte: 20+C+M+B+14. O 20 e o 14 representam 2014, o ano em que nos encontramos. O C M B representam Christus Mansionem Benedicat – Cristo Abençoe esta Casa, e cada letra é intercalada com uma cruz.
A sigla CMB tamém era entendida como representando os três reis magos (sendo que Gaspar pode ser escrito Caspar) e interpretado como uma forma de receber os magos em nossa casa. Se for usado incenso, o pai pega o turíbulo e incensa a porta com três ductos de um só icto.
Enfim, o pai recita a seguinte oração e depois asperge a porta:
Oremos. Senhor Deus do Céu e da Terra, que revelastes o vosso Filho Unigênito a todas as nações com o sinal de uma estrela: Abençoai esta casa e todos os que nela habitam. Enchei-os com a luz de Cristo, e que o nosso amor pelos outros reflita o vosso amor. Pelo mesmo Cristo nosso Senhor.
R/. Amém.
Abençoada a porta, o pai recita a oração:
V/. O nosso auxílio está no nome do Senhor.
R/. Que fez o céu e a terra.
V/. O Senhor esteja convosco.
R/. E com teu espírito.
Oremos. Ó Deus, que hoje revelastes o vosso Filho às nações, guiando-as pela estrela, concedei aos vossos servos, que já vos conhecem pela fé, contemplar-vos um dia face a face no céu.. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
R/. Amém.
Cantam um hino, como o sugerido abaixo:
Vinde Cristãos, vinde à porfia
Hinos cantemos de louvor
Hinos de Paz e de alegria,
Hinos de anjos do Senhor
Glória a Deus nas alturas
Glória a Deus nas alturas
Vinde juntar-vos aos pastores
Vinde com eles a Belém
Vinde correndo pressurosos,
o Salvador que enfim nos vem
Foi nesta noite Venturosa
do nascimento do Senhor
Que anjos de voz harmoniosa
deram a Deus o seu louvor
Fonte: domesticaecclesia.com