Em poucos dias o Papa Francisco publicará uma carta apostólica em resposta às necessidades apresentadas no Sínodo da Amazônia.
Fontes muito confiáveis asseguraram que alguns bispos vazaram informações de que o documento apresentará uma nova realidade para a Igreja Latina, chamado Viri Probati, ou seja, a ordenação de homens casados. Caso as informações se confirmem, pode ser algo muito prejudicial para a Santa Igreja.
Mas será que ainda há uma esperança? Assista:
Após diversos protestos, o Papa Francisco reafirmou nesta segunda-feira seu respeito ao celibato de padres, que só deveria ser descumprido em casos excepcionais. A informação veio a público um dia depois de o jornal “Le Figaro” divulgar trechos do novo livro do Papa emérito Bento XVI contrários à proposta de que homens casados sejam ordenados.
— A posição do papa sobre o celibato é bem conhecida — disse o diretor da sala de imprensa do Vaticano, Matteo Bruni.
A discussão em torno da premissa celibatária, adotada por sacerdotes católicos há mais de mil anos, ganhou força depois que o Sínodo para a Amazônia, realizado na Cidade do Vaticano em outubro, incluiu na sua resolução final a sugestão de ordenação de homens casados na Amazônia. A medida visa a expandir a área de influência da Igreja em áreas remotas da floresta, hoje dominadas por denominações evangélicas.
De acordo com o Bruni, em uma conversa com jornalistas durante o retorno de uma viagem ao Panamá, em janeiro de 2019, Francisco se posicionou a respeito do tema citando uma frase de São Paulo VI: “Prefiro entregar minha vida a mudar a lei do celibato”.
Francisco teria, então, acrescentado:
— Pessoalmente, acho que o celibato é um presente para a Igreja. Não concordo que o celibato seja permitido como uma opção. Haveria algumas possibilidades, nos locais mais remotos, penso nas ilhas do Pacífico… quando há uma necessidade pastoral — acrescentou o Secretário, citando o Papa mas sem fazer referência à Amazônia.
Bento XVI, de 92 anos, que renunciou em 2013 após uma série de escândalos, manifestou-se a favor do celibato em uma obra coescrita com o cardeal ultraconservador Robert Sarah, cujos extratos foram publicados domingo pelo jornal francês “Le Figaro”.
“É urgente, necessário que todos os bispos, sacerdotes e leigos recuperem um olhar de fé na Igreja e no celibato sacerdotal que protege seu mistério”, escreveu o Papa emérito na obra.
Essa posição ocorre no âmbito de um debate sobre a possibilidade de ordenação de homens casados de uma certa idade (chamados “viri probati“) na Amazônia, um território onde faltam padres. Francisco tomará uma decisão a respeito das sugestões do Sínodo nas próximas semanas.