Pode um cristão ser espírita ou umbandista?
O espiritismo nega 40 verdades essenciais da doutrina cristã; ensina reencarnação; afirma a aparição dos espíritos do além, evocados pelos médiuns, e ensina muitas outras heresias opostas à doutrina cristã, negando principalmente o poder salvador de Jesus Cristo.
Falando mesmo de Santos, de caridade, de oração e boas obras, o espiritismo segue apenas as orientações de seu codificador, Allan Kardec, que (no seu livro de Médiuns, 2a edição, pág. 336) recomenda iludir os cristãos, aceitando no começo suas convicções para depois, pouco a pouco lhes tirar.
Já o famoso escritor do espiritismo no Brasil, Dr. Carlos Imbassahy, escreve claramente: “Nem a Bíblia prova (para nós) coisa alguma… O espiritismo não é um ramo do cristianismo, como as demais seitas cristãs. Não assenta seus princípios nas Escrituras (Sagradas)… “A nossa base é o ensino dos espíritos. Daí o nome espiritismo.” (A margem do Espiritismo, pág.219)
Dai vale para os cristãos a advertência de Jesus: “Cuidai-vos dos falsos profetas que se apresentam em pele de ovelha, mas por dentro são lobos vorazes.” (Mt 7, 15).
O que diz a Bíblia sobre as práticas espíritas?
Lemos em (Dt 18, 9-14): “Não se achará no meio de ti quem pratique a adivinhação, o sortilégio, a magia, o espiritismo, a evocação dos mortos: porque todo homem que fizer tais coisas constitui uma abominação para o Senhor”.
(Lev 20, 6-27): “Se uma pessoa recorrer aos espíritas, adivinhos, para andar atrás deles, voltarei minha face contra essa pessoa e a exterminarei do meio do meu povo.” “Qualquer mulher ou homem que evocar espíritos, será punido de morte.”
Nas sessões espíritas, há realmente contatos com os espíritos do além?
Não! Eis um de muito exemplos. Uma senhora nascida na Argentina, mas residente, há anos, em Curitiba, narra o seguinte: “Faz alguns anos morreu minha filha. Os espíritas me procuraram, prometendo-me que me poriam em comunicação com ela. Eu, aflitíssima como estava, aceitei e fui à sessão. Quando o chefe dos trabalhos me anunciou a presença dela, comecei, é claro, a falar em espanhol, língua essa que, em casa, nos era mais familiar. Mas para meu grande desapontamento, minha filha havia esquecido o espanhol e somente sabia falar em português. Minha decepção cresceu de ponto, atingindo o climax, quando pedi que ela me dissesse, para maior garantia de identificação, o apelido que ela tinha em casa. Até seu próprio apelido ela havia esquecido. Isto era demais. Levantei-me indignada, lançando em rosto dos responsáveis pela sessão, essa verdadeira palhaçada que estavam cometendo comigo. Em conseqüência disso, não quero nem falar em Espiritismo.”
A revista norte-americana, “Womans Companion”, para experimentar a veracidade ou mentira dos médiuns espíritas, inventou uma história sobre um tal soldado George Bertlett de 27 anos, falecido na invasão de Okinawa, que deixou a viúva, Bárbara, com dois filhos e 5.000 dólares.
Agora os repórteres desta revista, disfarçados, perguntaram a 20 diferentes médiuns espíritas, em nome da viúva Bárbara: O que devia fazer com os 5.000 dólares; e se devia casar-se novamente, com um funcionário do banco e ir morar em Nova York.
As respostas dos médiuns eram todas diferentes, às vezes contraditórias e fantásticas. Mas nenhum médium declarou: “Não consigo comunicar-me com o espírito de seu marido, porque este não existe, nem a inventada viúva Bárbara!” – E só esta resposta teria sido a verdadeira!
A Origem do Espiritismo Moderno
Em 1848, na cidade de Hydesville (Nova York), EUA, surgiu o primeiro nucleo do espiritismo moderno. Certa noite, o pastor protestante John Fox, sua esposa e suas duas filhas, Margarida e Catarina, estavam a conversar sobre estranhos fenômenos de assombração. Catarina então produziu estalos com os dedos; notaram todos então que alguém os repetia. Por sua vez, Margarida produziu estalos e encontrou eco. Apavorada, a Sra. Fox perguntou: É homem ou mulher que está batendo?, mas não obteve resposta. Insistiu então: “É espirito? Se é espirito bata duas vezes”. Produziram-se então duas braves pancadas. Conclui assim, que um espirito “desencarnado” estava em comunicação com a família.
As duas irmãs Fox, tidas como “médiuns”, confessaram posteriormente que recorreram a truques e fraudes para produzir as pancadas que a mãe, muito crédula, atribuiu a um espirito do além.
O texto dessas confissões e retratações de Margaret e Catarina Fox foi publicado na imprensa norte americana – no New york Herald de 25-05-1888 e 10-09-1888, assim como no The World 22-10-1888. Acha-se tal texto reproduzido em fac-símile inglês e em tradução portuguesa no livro do frei Boaventura Kloppenburg, O Espiritismo no Brasil, Ed. Vozes, pgs 426-447)
Apesar das fraudes ocorridas em sua origem, as novas praticas se espalharam pelos Estados Unidos, Canadá e México, atravessaram o Atlântico, chegando a Escócia e à Inglaterra. Em 1854, na França, León-Hippolyte-Denizart-Rivail (Allan Kardec) codificou a doutrina espirita em diversas obras muito divulgadas no Brasil.
O espiritismo kardecista costuma professar os seguintes pontos:
1) O homem se compõe de alma e espirito, dotado de inteligência, vontade e consciência moral. A alma se acha encarnada num corpo, que vêm a ser “o alambique no qual o espirito tem que entrar para se purificar”. Existe também o perispirito, envoltório fluido, leve, imponderável,que serve de intermediário entre o espirito e o corpo.
As almas foram todas criadas simples e ignorantes, em igualdade de condições. Enveredaram-se, porém, pelos diversos caminhos do bem e do mal,em virtude da sua liberdade de arbitrio. Devem mediante sucessivas encarnações, purificar-se dos pecados e das paixões imoderadas a fim de atingir a perfeição – o que, por certo, necessita de muito tempo. A lei do karma, segundo o qual cada um, na encarnação seguinte paga os devios da vida anterior, rege as reencarnações do espirito.
2) Jesus cristo não passa de um espirito muito evoluido atraves das suas sucessivas reencarnações. Deus enviou o espirito de Jesus à terra não propriamente para que se purificasse, mas que ensinasse aos homens deste planeta pouco evoluido ocaminho do bem e do amor, na qualidade do Divino Missionario. Jesus foi o maior dos enviados de Deus e somente neste sentido pode ser dito Deus. Jesus se tornou, assim, “o governador espiritual deste planeta”.
Essa maneira de conceituar Jesus Cristo bem mostra que o espiritismo não pode ser fundido com o cristianismo, pois para os cristãos, é essencial professar que Jesus é Deus feito homem. A encarnação de Deus Filho nada tem a ver com a reencarnação espirita.
3) A salvação decorre não da graça de Deus, mas do esforço pessoal de cada individuo que procure se purificar do pecado original ou seja dos pecados cometidos em outras encarnações anteriores. Uma vez livre das reencarnações, o espirito do individuo deve gozar da felicidade no Reino dos Céus. Os espiritas rejeitam radicalmente o conceito biblico do inferno. Como se vê, não pode haver espiritismo cristão.
Em 1953, os Bispo do Brasil disseram que o espiritismo é o “desvio doutrinario mais perigoso” para o país, uma vez que ” nega não apenas ou outra verdade de nossa fé, mas todas elas, tendo, no entanto, a cautela de dizer-se cristão, de modo a deixar os catolicos menos avisados,a impressão erradissima de ser possivel conciliar catolicismo com espiritismo” (Espiritismo, orientação para os católicos, D.Boaventura Kloppenburg, Ed. Loyola,5ª edição, 1995,pag 11).
Fonte: Livro Falsas doutrinas , seitas e religiões
Autor: Prof. Felipe Aquino
Leia também: Ou somos Católicos ou somos Espíritas – não podemos servir a dois senhores! – Pe. José Augusto
Principais diferenças entre Espiritismo e Cristianismo
Espiritismo: Negam a divindade de Jesus Cristo, o qual trata-se de “um espírito muito evoluído” apenas.
Cristianismo: Segundo a Bíblia Sagrada, Jesus é verdadeiramente Deus.
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava junto de Deus, e o Verbo era Deus.” João 1,1
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, a glória que o Filho único recebe de seu Pai, cheio de graça e de verdade.” João 1,14
? O Verbo refere-se à palavra eterna do Pai, constituindo a segunda pessoa da Santíssima Trindade.
“Entrando (os magos do oriente) na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe. Prostaram-se diante dele, o adoraram“.
“Depois os levou para Betânia e, levantando as mãos, os abençoou. Enquanto os abençoava, separou-se deles e foi arrebatado para o céu. Depois de o terem adorado, voltaram para Jerusalém com grande Júbilo.” Lucas 24,50ss
Adoração é um culto prestado somente a Deus, se Jesus realmente não O fosse, os seus apóstolos e os magos do oriente teriam caído em grande heresia.
Espiritismo: Acreditam que Jesus veio com a missão de ensinar o caminho do bem aos espíritos pouco evoluídos, não necessariamente para purificar a terra, ou seja, não acreditam no poder redentor da cruz de Cristo.
Cristianismo: O Antigo Testamento já mostra referências à missão salvadora de Jesus. Cf. Isaías 53
“hoje vos nasceu na cidade de Davi um Salvador…” (Lc 2,11)
“Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29), forma pela qual João Batista se refere a Cristo.
“Porque vós sabeis que não é por bens perecíveis como a prata e o ouro, que tendes sido resgatados da vossa vã maneira de viver, recebida por tradição de vossos pais, mas pelo precioso Sangue de Cristo.” 1 Pd 1,18
Espiritismo: Negam a existência do inferno.
Cristianismo: Para os cristãos, o inferno é o estado para qual os pecadores que se negaram a dizer “sim” a Deus, sentem a amargura de estarem longe Dele.O inferno é evidenciado nas Sagradas Escrituras:
“Voltar-se-á em seguida para os da esquerda e lhes dirá: ‘Retirai-vos de mim malditos! Ide para o fogo eterno destinado ao demônio e seus anjos.” Mt 25,41
“E estes irão para o castigo eterno, e os justos, para a vida eterna.” Mt 25,46
“Ele tem a pá na mão e limpará a sua eira e recolherá o trigo ao seu celeiro, mas queimará as palhas num fogo inextinguível” Lc 3,17
Vemos também na parábola do rico e Lázaro, que o rico recebe a condenação eterna . Confira Lc 16,19-26
“A fumaça do seu tormento subirá pelos séculos dos séculos. Não terão descanso algum, dia e noite, esses que adoram a Fera e a sua imagem, e todo aquele que acaso tenha recebido o sinal de seu nome.” Apoc 14,11
Espiritismo: Negam a ressurreição dos mortos.
Cristianismo: O que diz a Bíblia:
-Cristo verdadeiramente ressuscitou: Mt28,1-9; Mc 16,1-8; Jo 20,1-8; I Cor 15, 1-4
-A ressurreição de Jesus é um argumento da nossa própria ressurreição : At 2,14-36; 3,11-26; 4,1-22; I Cor 15,1-11; II Tim 2,8
– “Os teus corpos tornarão a viver, os teus cadáveres ressurgirão”Is 26,19
Espiritismo: Não acreditam na existência do demônio, o que para ele trata-se de um espírito pouco evoluído.
Cristianismo: A Bíblia traz diversas referências a Satanás, que também é chamado de tentador, dragão, antiga serpente, maligno.
– Os demônios pecam e são lançados do céu:
Apoc 12,7-12
-Tenta nossos primeiros pais: Gen 3,1-19 ; Apoc 12,9.14s; 20,2
-Tenta o Senhor Jesus: Mt 4,1-11; Lc 4,1-13.
Espiritismo: Professam a reencarnação, que significa a volta da mesma alma humana (também chamada espírito) a este mundo, assumindo formas sucessivas, a fim de evoluir e chegar a perfeição.
Cristianismo: Vejamos o que diz a Palavra:
– “Afastai de mim a vossa ira para que eu tome alento, antes que me vá para não mais voltar” Sl 38,14
– “Como está determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o juízo.” Hb 9,27
– “Antes que eu parta, para não mais voltar, ao tenebroso país das sombras da morte, opaca e sombria região, reino de sombra e de caos, onde a noite faz às vezes de claridade” Jó 10,21s
– “Enquanto o homem, se pode matar por sua maldade, não pode fazer voltar o espírito uma vez saído, nem chamar de volta a alma que o Hades já recebeu”. Sabedoria 16,14
Espiritismo: Afirmam ser a reencarnação necessária para “pagar” os pecados de vidas passadas.
Cristianismo: Em João 9,1-6 , na parábola do cego de nascença, Cristo é questionado por seus discípulos por que aquele homem nascera cego, queriam saber se era em virtude dos seus pecados ou de seus pais. Entretanto, Jesus responde que nem uma coisa e nem outra; ele nascera cego para que as obras de Deus fossem manifestadas. Isso mostra que Bíblia não concorda com qualquer doutrina que diga que alguém nasceu enfermo por algum castigo de uma suposta encarnação anterior.