Encontro que acontecerá no Vaticano, a partir de 6 de outubro, ruma para colocar o Papa Francisco na liderança da pauta ambiental.
O Papa Francisco convocou bispos de oito países que são invadidos pela Amazônia para um sino do Vaticano. É o caminho para a igreja católica se transformar no maior anteparo à devastação da floresta.
O papa não se alinha à tese do pulmão do mundo do presidente francês Emmanuel Macron, também não é partidário de uma Amazônia santuário de um interesse conservacionista que se esgota em si mesmo.
O Papa Francisco já deu as linhas desse discurso em janeiro de 2018 em Porto Maldonado no Peru. Ele disse que a Amazônia deve levar em conta as necessidades de quem mora lá, e para isso ele deu nome a quase todos os bois da floresta os grupos econômicos de petróleo, gás, madeira, ouro e monoculturas agroindustriais.
Ao fincar estaca no discurso ambiental o papa também se firma como uma liderança contra a direita mundial e seus principais porta vozes.
O mais estridente deles é este bem no o ex marqueteiro de Donald Trump que começou a implicar com o papa quando ele, na campanha americana de 2016, disse que uma pessoa que só pensa em construir muros, onde quer que estejam, e não em construir pontes, não é um cristão.
O que realmente preocupa o Papa Francisco é o do avanço das seitas pentecostais que ganharam terreno sobre os católicos na região amazônica, entre outros motivos, pela escassez de padres na região. O documento preparatório do sínodo indica que o sínodo pretende reagir a isso discutido a dispensa de celibato na região.
O encontro tem preocupado o governo brasileiro. O sínodo na visão de alguns militares da reserva que assessora o presidente teria intenção de internacionalizar a Amazônia, mas esta não é uma cruzada da Igreja Católica contra o presidente Jair Bolsonaro. Aliás desde os governos do PT os bispos cerraram fileiras contra a usina belo monte.
O governo brasileiro pediu para ter um assento nesse encontro, mas o Vaticano disse não. Eles não querem representante nem do governo brasileiro e nem de nenhum outro país.
Esta é a transcrição do seguinte vídeo:
Maria Cristina Fernandes | Valor Econômico