Monsenhor Carlo Liberati, um influente arcebispo italiano, contrariou o papa e decidiu fazer um alerta aos católicos europeus. Observando o crescente número de incidentes que envolveram refugiados muçulmanos e os seguidos atentados terroristas feitos em nome de Alá, ele acredita que o continente poderá ser dominado em breve pela fé islâmica. Para ele, esta é uma ameaça real:
“Dentro de 10 anos seremos todos muçulmanos por causa da nossa idiotice. Na Itália e em boa parte da Europa vive-se como se Deus não existisse. Fazem leis que vão contra Deus e cultivam suas tradições pagãs. Toda essa decadência moral e religiosa favorece o Islã”.
Sem medir palavras, sentenciou: “Temos uma fé cristã fraca. A Igreja hoje em dia não funciona bem e os seminários estão vazios. Precisamos de uma verdadeira vida cristã. Tudo isso abre o caminho para o Islã. Além disso, eles têm muitos filhos e nós, não. Estamos em pleno declínio”.
O líder religioso também criticou a Igreja Católica por apoiar demais os imigrantes muçulmanos e esquecer dos cristãos. “Eu estou protestando. Se eu não fosse padre, estaria lá fora, segurando cartazes numa praça. Por que apoiar tantos migrantes que, em vez de agradecer pelo que lhes damos, simplesmente jogam fora e até mesmo organizam motins contra nós?”, avalia.
Liberati acredita que os governos europeus e a Igreja Católica não deveria doar tanto dinheiro e apoiar indiscriminadamente a vinda de imigrantes. Ele ecoa um questionamento cada vez mais comum. “Por que os ricos estados islâmicos não os recebem? Provavelmente é por causa do plano concebido para islamizar o Ocidente”.
Reconhece que o cristianismo ensina que devemos ter solidariedade, mas “isso deve ser combinado com cautela, responsabilidade e realismo”. Encerra dizendo “Simplesmente não podemos acomodar todo mundo. E aqueles que são terroristas escondidos? O populismo é uma ruína, não uma vantagem”.
Europa cada vez mais muçulmana
Porções da Europa estiveram durante séculos sob o domínio dos muçulmanos. A Sicília, no sul da Itália, por exemplo, foi conquistada pelos árabes a partir do ano 827. Em 965 foi criado o Emirado da Sicília. Islâmicos mantiveram o controle da região até sua expulsão pelos normandos, em 1072.
Entre 711 e 1492, havia porções da Península Ibérica (Portugal e Espanha) sob domínio de tribos árabes islâmicas. Elas atravessaram o estreito de Gibraltar e fizeram várias incursões sobre o território. Foram expulsos definitivamente pelos reis católicos que estavam unificando o território para a formação da Espanha moderna.
Porções do Leste europeu, nas atuais Bósnia, Sérvia, Albânia, Grécia e Hungria, estiveram total ou parcialmente sob domínio islâmico quando foram conquistados pelo Império Otomano. Apesar do fim do sultanato após a primeira guerra mundial, até hoje existem muitos muçulmanos nessas nações.
Em 2010, a União Europeia tinha 13 milhões de muçulmanos
Lar da maior comunidade da Europa, a Alemanha tem principalmente imigrantes turcos, mas também kosovares, iraquianos, bósnios e marroquinos. Já na França, cerca de três milhões de muçulmanos nasceram em ex-colônias, como Argélia, Marrocos e Tunísia.
A Alemanha e a França têm o maior número de muçulmanos entre os países-membros da União Europeia
Em 2010, antes do pico migratório, havia 4,8 milhões de muçulmanos na Alemanha, o que correspondia a 5,8% da população total, e 4,7 milhões na França (7,5%).
A cada década, a comunidade aumentou em um ponto percentual. Era de 4% em 1990 e foi para 6% em 2010. Este ritmo de crescimento é esperado até 2030, quando os muçulmanos serão cerca de 8% da população europeia. Com informações de Express