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História

Já conhece a história do Boi Falô?

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No Distrito de Barão Geraldo, na cidade de Campinas – SP, há uma história muito curiosa que nos ajuda a entender a importância dos dias santos, que devem ser dedicados à Deus. Já imaginou um animal acostumado a trabalhar todos os dias, sem cessar, numa Sexta-feira Santa se recusar a trabalhar e ainda explicar o motivo? Pois bem, essa é a história do Boi Falô!

Durante dois milênios de existência, a Igreja Católica sempre ensinou a importância de se guardar santificar o Domingo e os Dias Santos, o que no antigo testamento era realizado no Sábado, mas que foi alterado em função da grande festa da Ressureição de Nosso Senhor Jesus Cristo.

“Trabalharás durante seis dias, e farás toda a tua obra. Mas no sétimo dia, que é um repouso em honra do Senhor, teu Deus, não farás trabalho algum. […] Porque em seis dias o Senhor fez o Céu, e a Terra, o mar e tudo o que contêm, e repousou no sétimo dia” (Ex 20, 9-11).

Os cristãos santificam o domingo e as festas de preceito participando da Eucaristia do Senhor e abstendo-se também das atividades que o impedem de prestar culto a Deus e perturbam a alegria própria do dia do Senhor ou o devido descanso da mente e do corpo.

Todo cristão sabe que a Sexta-feira Santa é um dia de retiro, reflexão e oração. Por celebrar o dia em que o próprio Deus se entregou por amor a nós, a sociedade sempre teve muito respeito por essa data, permitindo que os cristãos santificassem este dia em memória do Sacrifício de Jesus, que permaneceu morto até o Domingo de Páscoa, quando Jesus ressuscitou.

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É neste contexto que conheceremos a famosa história do Boi Falô, que muitos tratam como lenda, mas traz grandes indícios de ter acontecido realmente.

O Boi Falô

“Na fazenda Santa Genebra, cujo dono era o Barão Geraldo Ribeiro de Souza Rezende, na Sexta-feira Santa de 1888, um dos escravos da lida da cana e do açúcar teve de ir ao pasto atrelar um boi para o arado.

Toninho era miúdo, porém obediente, e foi enfrentar o animal que estava descansando sob a sombra de uma árvore. O boi não queria nada com nada. Depois de muita insistência de Toninho, o boi mugiu alto e disse: “Hoje é dia santo, é dia de Nosso Senhor, não é dia de trabalho”.

O escravo saiu correndo para a sede da fazenda, gritando: “O boi falô, o boi falô!”. Apesar de não ter cumprido a tarefa, o escravo não foi castigado.  E relatou o fato ao Barão, que concordou com o boi, e ninguém mais trabalhou nesse dia.

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Com o fato, Toninho passou a trabalhar nas tarefas da casa do Barão.  E parece que viraram bons companheiros, pois ele foi enterrado junto ao túmulo do Barão, no Cemitério da Saudade. No Dia de Finados, Toninho é muito visitado por graças concedidas à população. Há quinze anos existe a Festa do Boi Falô que mantém viva a lenda por meio de encenações do acontecimento de 1888, no Distrito de Barão Geraldo”.

Contam também uma segunda versão, bem parecida:

“Numa sexta-feira da Paixão, um capataz da fazenda Santa Genebra pediu a um caboclo, escravo ou empregado (cada um fala de um jeito) que fosse buscar uns bois que ficaram deitados no Capão do Boi.

O escravo (ou empregado) foi até o Capão do Boi (em uma outra versão era um adolescente que levou seu cachorro junto) com uma vara e, lá  chegando, começou a tocar os  bois.

Com a insistência, um dos bois falou: “Hoje não é dia de trabalhar! Hoje é dia de Nosso Sinhô Jesus Cristo!”.

O rapaz assustadíssimo correu de volta para contar o fato ao capataz, que não acreditou. Depois de brigar com o caboclo, foi junto, a cavalo, até o Capão do Boi e o mandou tocar o boi. E, ao ser tocado, o boi novamente disse: “Hoje não é dia de trabalhar! Hoje é dia de Nosso Sinhô Jesus Cristo!”. Assustados, o capataz e o rapaz retornaram para a fazenda e o capataz decidiu ir para sua casa de onde não saiu mais aquele dia”

"O boi falô" (Luiz Antonio Gallana e Lilia Gallana) [documentário]

Essa história é excelente para nos lembrar da importância de santificar os dias santos, inclusive os domingos.

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