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Vaticano reprova abertura das Olimpíadas de Paris

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Em nota publicada neste sábado, a Santa Sé expressou “profunda tristeza” pela paródia da Santa Ceia

De acordo com o portal Brasil Sem Medo, a cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris 2024, gerou controvérsias ao incluir uma performance que o Vaticano considerou uma ofensa religiosa. Em nota oficial divulgada neste sábado (3), a Santa Sé expressou profunda tristeza pelas cenas que representaram uma paródia da “Última Ceia”, de Leonardo da Vinci, substituindo Jesus Cristo e seus Apóstolos por drag queens e figuras com halo na cabeça.

A Santa Sé enfatizou que um evento de prestígio, onde o mundo se reúne em torno de valores comuns, não deve incluir alusões que ridicularizem convicções religiosas. A nota oficial declarou: “A liberdade de expressão encontra seu limite no respeito pelos outros”. O comunicado destacou a solidariedade do Vaticano com vozes de cristãos e crentes de outras religiões que se manifestaram contra a performance.

A Conferência Episcopal da França também lamentou profundamente as cenas, considerando-as um escândalo e uma zombaria do cristianismo. Políticos franceses, como a deputada Marion Maréchal e a líder da direita nacionalista Marine Le Pen, criticaram publicamente as imagens.

O diretor artístico da cerimônia, Thomas Jolly, defendeu a performance, explicando que a intenção era celebrar uma festa pagã ligada aos deuses do Olimpo, em referência à origem das Olimpíadas na Grécia Antiga.

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Diversos meios de comunicação repercutiram a polêmica, com alguns destacando a defesa de Jolly e outros enfatizando a indignação de grupos religiosos. A cena que gerou maior controvérsia incluía uma modelo trans, o cantor Philippe Katerine, quase nu, e referências ao deus grego do vinho e da festa, Dionísio.

O Vaticano reiterou que a liberdade de expressão não está em questão, mas que deve haver um limite no respeito aos sentimentos religiosos. O comunicado concluiu: “Um evento de prestígio não deveria permitir alusões que ridicularizem convicções religiosas de muitas pessoas.”

O comunicado de sábado (3) ocorre na sequência de uma carta aberta divulgada por cardeais e bispos de todo o mundo na sexta-feira (2), pedindo ao Comitê Olímpico Internacional (COI) que “repudie” e “peça desculpas” pela “zombaria intencionalmente odiosa” da Última Ceia.

Na carta, assinada por três cardeais e 24 bispos, lê-se: “É difícil entender como a fé de mais de dois bilhões de pessoas pode ser tão casual e intencionalmente blasfemada”.

Os signatários, liderados pelo prefeito emérito do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, cardeal Raymond Leo Burke; pelo bispo auxiliar de Astana, Cazaquistão, dom Athanasius Schneider; pelo arcebispo de Durban, África do Sul, cardeal Wilfrid Fox Napier; e pelo arcebispo de Adis Abeba, Etiópia, cardeal Berhaneyesus Demerew Souraphiel também se comprometeram a “um dia de oração e jejum em reparação por essa blasfêmia”.

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A polêmica em torno da cerimônia de abertura lançou uma sombra sobre os Jogos Olímpicos de Paris, que pretendem ser um símbolo de união e paz global.

Católicos convocaram rosário em reparação por blasfêmia nas Olimpíadas Paris 2024

Bispos de todo o mundo exigem pedido formal de desculpas por abertura olímpica “blasfema”

Em carta aberta redigida em termos fortes, cardeais e bispos de todo o mundo pedem ao Comitê Olímpico Internacional (COI) que “repudie” e “peça desculpas” pela “paródia intencionalmente odiosa” da Última Ceia durante a cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris 2024.

Os signatários também “comprometem-se a um dia de oração e jejum em reparação por essa blasfêmia”.

A carta foi assinada por três cardeais e 24 bispos até o momento e afirma: “Com choque, o mundo assistiu à abertura das Olimpíadas de Verão em Paris com uma representação grotesca e blasfema da Última Ceia”.

“É difícil entender como a fé de mais de dois bilhões de pessoas pode ser tão casual e intencionalmente blasfemada”, dizem os bispos, que incluem o prefeito emérito do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, cardeal Raymond Leo Burke; o arcebispo de Durban, África do Sul, cardeal Wilfrid Fox Napier; e o arcebispo de Adis Abeba, Etiópia, cardeal Berhaneyesus Demerew Souraphiel.

Embora 15 dos 24 signatários sejam dos EUA — como o arcebispo de Denver, dom Samuel Aquila ; o arcebispo emérito da Filadélfia, dom Charles Chaput; o arcebispo de São Francisco, dom Salvatore Cordileone; o arcebispo de Lincoln, Nebraska, dom James Conley; e o arcebispo de Crookston, Minnesota, dom Andrew Cozzens — bispos da Argentina, França, Gana, Líbano, Nigéria, Peru e Reino Unido também assinaram a carta.

Os bispos exigem que o COI “repudie essa ação blasfema e peça desculpas a todas as pessoas de fé”, alertando que a exibição “ameaça pessoas de todas as religiões e de nenhuma, pois abre a porta para aqueles com poder fazerem o que quiserem com pessoas de quem não gostam”.

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Os organizadores da carta divulgaram um endereço de e-mail — episcopimundi2022@gmail.com — que outros bispos podem usar para adicionar seus nomes ao documento.

A cerimônia de abertura das Olimpíadas na capital francesa em 26 de julho causou indignação global por cenas que incluíam drag queens se divertindo, o que muitos condenaram como uma zombaria da Última Ceia.

A controvérsia aumentou tanto que uma empresa de telefonia móvel e internet dos EUA decidiu retirar sua publicidade das Olimpíadas.

Em uma primeira resposta ao escândalo, um dia depois da cerimônia, o diretor artístico responsável pela cerimônia, Thomas Jolly, disse à emissora local BFMTV que a cena foi inspirada em um banquete pagão, não na Última Ceia.

“Nunca se encontrará em meu trabalho um desejo de denegrir alguém ou alguma coisa”, disse Jolly, segundo a agência de notícias Reuters.

Um dia depois, a porta-voz das Olimpíadas, Anne Descamps, disse, segundo a Reuters : “Claramente, nunca houve a intenção de mostrar desrespeito a nenhum grupo religioso. [A cerimônia de abertura] tentou celebrar a tolerância da comunidade… Se pessoas se ofenderam, lamentamos muito.”

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Pelo menos um importante líder católico rejeitou essa resposta — assim como, em termos inequívocos, outros também o fizeram.

O bispo de Winona-Rochester, Minnesota, EUA, dom Robert Barron, chamou a resposta de “uma obra-prima de duplicidade woke” em vídeo publicado na rede social X em 29 de julho.

“Os cristãos ficaram ofendidos porque era ofensivo e tinha a intenção de ser ofensivo”, disse dom Barron. “Então, por favor, não nos trate com esse comentário condescendente sobre, bem, se você, sabe, sentiu-se mal, sentimos muito por isso”

“Um pedido de desculpas real seria algo como: Isso foi um erro. Nunca deveria ter sido feito, e lamentamos por isso”, disse o bispo, acrescentando: “Não acho que os cristãos devam ser apaziguados; acho que devemos continuar levantando nossas vozes”.

Dia de oração e jejum

Além do compromisso com um dia de oração e jejum, os signatários da carta “oferecerão o Santo Sacrifício da Missa, no qual a paixão, morte e ressurreição de Cristo se tornam presentes para nós por nossa obediência ao mandamento que ele deu na Última Ceia: Fazei isto em memória de mim”.

“Rezamos para que aqueles que buscam prejudicar os outros com seu poder, e aqueles prejudicados, imitem seu amor abnegado para que a paz, a decência e o respeito mútuo possam ser restaurados no mundo”, diz a carta.

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Desculpa, só que não: os organizadores das Olimpíadas não têm vergonha

O segredo para “pedir desculpas” sem realmente se desculpar é usar a palavra se: “Se eu o ofendi, sinto muito”.

A maioria de nós já teve alguma experiência com essa técnica _ dizendo ou ouvindo. Ela tem uma taxa de 100% de fracasso. Além disso, geralmente faz com que a parte ofendida se sinta ainda mais ofendida.

A prova número 1 é a declaração que a porta-voz das Olimpíadas, Anne Descamps, fez no fim de semana depois da indignação mundial frente à paródia descarada da Última Ceia na cerimônia com temática drag queen da abertura dos Jogos de Paris, em 26 de julho.

“É claro que nunca houve a intenção de mostrar desrespeito a nenhum grupo religioso”, disse Descamps, acrescentando, é claro: “Se as pessoas se ofenderam de alguma forma, lamentamos muito”.

Tradução: Só lamentamos que tantos cristãos sejam atrasados demais ​​para compreender a genialidade artística do que fizemos.

Há vários temas presentes nos relatos dos Evangelhos sobre a Última Ceia. Um deles é a traição. Muitos de nós sentimos exatamente isso quando assistimos a algo tão sagrado para os cristãos — particularmente católicos, por causa de nossa crença e reverência pela Eucaristia — aviltado em um país historicamente católico como a França, um dia a filha mais velha da Igreja, e terra natal de santa Teresinha, santa Joana D’Arc e das Irmãzinhas dos Pobres.

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Havia algo inegavelmente demoníaco no que testemunhamos. O diabo, sabemos, usa imitação para zombar de Deus. Sentimos um gosto desagradável disso quando o time de bêisebol Los Angeles Dodgers homenageou o grupo de drag queens Irmãs da Indulgência Perpétua no ano passado. As cerimônias de abertura multiplicaram esse escândalo por 50.

Como reagir?

Primeiro, precisamos acordar. Quando os organizadores olímpicos e outros da esquerda “celebram a inclusão”, eles não querem dizer o que termo significa segundo os dicionários. Antes, a intenção é promover a visão e a agenda de todos, exceto daqueles que defendem as crenças cristãs tradicionais. Ou, mais precisamente, dar prioridade e elogiar aqueles que têm desprezo por esses valores.

Segundo, há alguém que você conhece que poderia presumir que, sendo católico, você não se ofenderia com uma paródia da Última Ceia? Se você conhece, você precisa colocá-lo no caminho certo.

Infelizmente, muitos católicos perderam o sentido do sagrado, especialmente em relação à missa e à presença real. Esse é o objetivo do Reavivamento Eucarístico Nacional dos EUA, nos chamar de volta a um espírito de humilde gratidão e admiração pelo sacrifício de Jesus que se renova na Eucaristia. Vimos os frutos desse esforço manifestados de maneiras surpreendentes no Congresso Eucarístico Nacional em Indianápolis, especialmente na procissão recorde no centro da cidade, onde todos foram bem-vindos para honrar Nosso Senhor — uma demonstração de devoção que veremos novamente em setembro no Congresso Eucarístico Internacional no Equador. Agora é hora de colocar essa devoção reacendida em ação.

O momento do ultraje em Paris, que ocorreu tão perto Congresso Eucarístico em Indianápolis, não é coincidência, assim como o fato de ter acontecido no mesmo fim de semana em que as leituras do Evangelho na missa começam a se concentrar no discurso do Pão da Vida de Jesus.

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Devemos seguir o bem-vindo exemplo de tantos líderes da nossa Igreja, que estão se manifestando contra o que aconteceu nas Olimpíadas e exigem um sincero pedido de desculpas dos responsáveis. Chega de “se” ficamos ofendidos. O que eles fizeram foi ofensivo. Um pedido de desculpas genuíno tem reconhecer isso.

Terceiro, devemos fazer reparação a Nosso Senhor. Encontre alguma maneira de confortar seu coração ferido. Uma sugestão: reserve um tempo para visitá-lo no tabernáculo e leia e medite João 6 enquanto estiver lá. Ore por aqueles que participaram do evento de Paris, por aqueles que permitiram e por aqueles que permaneceram em silêncio diante de tal sacrilégio.

Por fim, não pense que isso é só sobre a França. A mesma visão de mundo radicalmente secular e anticristã que vimos em exibição nas cerimônias de abertura está infectando toda a Europa e muitos outros países também.

E preparem-se: as próximas Olimpíadas de Verão serão em Los Angeles.

Empresa dos EUA tira publicidade das Olimpíadas Paris 2024 por paródia da Última Ceia

A empresa de telefonia móvel americana C Spire deixou de patrocinar a Olimpíada de Paris 2024 por causa da paródia da última Ceia feita por drag queens na abertura dos jogos.

“Estamos chocados com a zombaria da Última Ceia durante a cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris. A C Spire vai retirar sua publicidade das Olimpíadas”, disse a empresa com sede no Mississippi em sua conta na rede social X no sábado (27), uma publicação que teve, até esta matéria ser publicada, mais de 9,4 milhões de visualizações.

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O governador do Mississippi, Tate Reeves, disse em publicação na rede social X que estava “orgulhoso” da decisão da empresa e enfatizou que “Deus não será ridicularizado. A C Spire demarcou uma linha de bom senso e apropriada”.

Mais de 325 mil assinaturas exigem um pedido formal de desculpas

Mais de 325 mil assinaturas foram coletadas em duas campanhas, uma da plataforma CitizenGo, com mais de 191 mil assinaturas; e outra da Fundação Espanhola de Advogados Cristãos, com mais de 13 mil solicitações por um pedido formal de desculpas dos organizadores das Olimpíadas pela paródia da Última Ceia.

O arcebispo de Malta, dom Charles Scicluna, secretário-adjunto do dicastério para a Doutrina da Fé, divulgou na rede social X que escreveu ao embaixador francês em Malta para expressar a “surpresa e decepção de muitos cristãos com o insulto gratuito durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2024” e encorajou outros a fazerem o mesmo.

“Claramente, nunca houve a intenção de desrespeitar qualquer grupo religioso. [A inauguração] buscou celebrar a tolerância da comunidade. Acreditamos que essa intenção foi cumprida. Se alguém se ofendeu, sentimos muito”, disse Anne Descamps, porta-voz de Paris 2024, em entrevista coletiva no domingo (28), segundo a agência de notícias Reuters.

O bispo de Winona-Rochester, EUA, dom Robert Barron, que já havia expressado sua rejeição à paródia da Última Ceia, lembrou naquele mesmo dia que é isso que o incomoda “que eles continuem a zombar do cristianismo.

“E se, em nossa cultura, as pessoas não ouvirem mais a história do Filho Pródigo, do Bom Samaritano, que não vejam mais a Última Ceia pelo que ela é, que não vejam mais Cristo Crucificado?”

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“O que aconteceria se essas coisas desaparecessem da existência? Acho que a cultura sofrerá enormemente por causa disso”, disse o bispo em entrevista à Fox News.

Com informações de Brasil Sem Medo e ACI Digital

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