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História

A história do Dia dos Fiéis Defuntos

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A Igreja Católica celebra o “Dia dos Fiéis Defuntos” neste dia 2 de Novembro. Hoje as Missas são celebradas por intenção dos falecidos. É um dia propício para rezar pelos fiéis defuntos e também para meditar sobre os novíssimos do homem: Morte, Juízo, Inferno, Paraíso.

O costume de rezar pelos mortos existe desde os primórdios do Cristianismo, e foi conservado pelas comunidades Cristãs. A criação da data deve-se a Santo Odilon, ou Odílio, abade do mosteiro beneditino de Cluny (França). Em 998 d.C., o monge supôs que, do mesmo modo que havia um dia para a celebração de “Todos os Santos” (1 de Novembro), deveria haver também um dia dedicado à celebração de todos os fiéis falecidos que não estavam colocados na lista dos Santos canonizados pela Igreja. Então, determinou que os monges rezassem por todos os mortos, conhecidos e desconhecidos, religiosos ou leigos, de todos os lugares e de todos os tempos. Três séculos depois o Papa adoptou o dia 2 de Novembro como o Dia dos Fiéis Defuntos.

A Igreja oficializou a celebração em 1311, e, em 1915, o Papa Bento XV estendeu a solenidade a toda a Igreja. Mas desde os primeiros séculos, os cristãos já visitavam os túmulos dos outros cristãos para rezar por eles e por todos aqueles que um dia fizeram parte da comunidade primitiva.

Santo Isidório de Sevilha chegou a afirmar que o facto de se oferecer sufrágios e orações pelos mortos é um costume tão antigo na Igreja que pode ter sido ensinado pelos Apóstolos.
A Doutrina Católica evoca algumas passagens bíblicas que fundamentam a celebração (cf. Tobias 12,12; Job 1,18-20; Mt 12,32 e II Macabeus 12,43-46), e apoia-se numa prática de quase dois mil anos.

Dia dos Fiéis Defuntos e Purgatório.

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O Purgatório faz parte da doutrina escatológica da Igreja e é a condição de purificação pela qual as almas devem passar para apresentarem-se sem mancha diante de Deus. Trata-se de uma intervenção da misericórdia de Deus. A doutrina do Purgatório veio definida no segundo Concílio de Lião, em 1274.

Mas, desde o primeiro século, os cristãos rezam pelos falecidos; costumavam visitar os túmulos dos Mártires nas Catacumbas para rezar pelos que morreram sem martírio. No século IV já encontramos a “Memória dos Mortos” na celebração da Missa (no Canon). Desde o século V a Igreja dedica um dia por ano para rezar por todos os mortos pelos quais ninguém rezava e dos quais ninguém se lembrava. Desde o século XI, os Papas Silvestre II (1009), João XVIII (1009) e Leão IX (1015) determinam que se deve dedicar um dia por ano aos mortos.

O Dia de Todos os Santos celebra todos os que morreram em estado de graça e não foram canonizados. O Dia dos Fiéis Defuntos celebra todos os que morreram não estando em estado de graça total, mais precisamente os que se encontram em estado de purificação de suas faltas e, assim, necessitam de nossas orações.

O Dia dos Fiéis Defuntos, portanto, é o dia em que a Igreja celebra o cumprimento da missão das pessoas queridas que já faleceram, através da elevação de preces a Deus por seu descanso junto a Ele. Neste dia, as igrejas e os cemitérios são visitados, os túmulos são decorados com flores, e milhares de velas são acesas.

O que acontece segundo as Escrituras com os seres humanos na hora da morte?
No livro de Hebreus 9, 27 se lê que após a morte segue-se o juízo. E Jesus contou sobre a situação dos mortos Lc 16, 19-31. Nessa parte bíblica destacamos quatro ensinos de Jesus: a) que há consciência após a morte; b) existe sofrimento e existe bem estar; c) não existe comunicação de mortos com os vivos; d) a situação dos mortos não permite mudança. Cada qual ficará no lugar da sua escolha em vida. Os que morrem no Senhor gozarão de felicidade eterna (Ap 14, 13) e os que escolheram viver fora do propósito de Deus, que escolheram o caminho largo (Mt 7, 13-14) irão para o lugar de tormento consciente de onde jamais poderão sair.

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Adaptado de Pale Ideas | por Senza Pagare

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