Categorias
Santo do Dia

Santa Rosália, exemplo de penitência – 4 de Setembro

FacebookWhatsAppTwitterEmailCopy LinkShare

SANTO DO DIA – 04 DE SETEMBRO – SANTA ROSÁLIA
Virgem eremita (1125-1160)

Rosália nasceu no ano de 1125, em Palermo, na Sicília, Itália. Era filha de Sinibaldo, rico feudatário, senhor da região dos montes ‘da Quisquínia e das Rosas’, e de Maria Guiscarda, sobrinha do rei normando Rogério II. Rosália era, portanto, muito rica e vivia numa Corte muito importante da época. Durante a adolescência, foi ser dama da Corte da rainha Margarida, esposa do rei Guilherme I da Sicília, que apreciava sua companhia amável e generosa. Porém, nada disso a atraía ou estimulava. Sabia que sua vocação era servir a Deus e ansiava pela vida monástica.

Aos 14 anos, levando consigo apenas um crucifixo, abandonou de vez a Corte e refugiou-se, solitária, numa caverna nos arredores de Palermo. O local pertencia ao feudo paterno e era um local ideal para a reclusão monástica. Ficava próximo do Convento dos beneditinos, que possuía uma pequena igreja anexa. Assim, mesmo vivendo isolada, podia participar das funções litúrgicas e receber orientação espiritual.

Santa Rosália de Palermo, protetora contra as doenças contagiosas I Pe. Dartagnan Oliveira

Depois, a jovem ermitã transferiu-se para uma gruta no alto do monte Pelegrino, que lhe fora doado pela amiga, a rainha Margarida. Lá já existia uma pequena capela bizantina e, também, nos arredores, os beneditinos com outro Convento. Eles puderam acompanhar e testemunhar com seus registros a vida eremítica de Rosália, que viveu em oração, solidão e penitência. Muitos habitantes do povoado subiam o monte atraídos pela fama de santidade da ermitã. Até que, no dia 4 de setembro de 1160, Rosália morreu, na sua gruta de monte Pelegrino, em Palermo.

Vários milagres foram atribuídos à intercessão de santa Rosália, como a extinção da peste que, no século XII, devastava a Sicília. O seu culto difundiu-se, enormemente, entre os fiéis, que a invocavam como padroeira de Palermo, embora para muitos essa celebração fosse apenas uma antiga tradição oral cristã, por falta de sinais reais da vida da santa. Sinais que o estudioso Otávio Gaietani não conseguiu encontrar antes de morrer, em 1620.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Resultado de imagem para Santa Rosalia

Só três anos depois, tudo foi esclarecido, parece que pela própria santa Rosália. Consta que ela teria aparecido a uma mulher doente e contado onde estavam escondidos os seus restos mortais. Essa mulher comunicou aos frades franciscanos do convento próximo de monte Pelegrino, os quais, de fato, encontraram suas relíquias no local indicado, no dia 15 de junho de 1624.

Quarenta dias após a descoberta dos ossos, dois pedreiros, trabalhando no Convento dos dominicanos de Santo Estêvão de Quisquínia, acharam numa gruta uma inscrição latina, muito antiga, que dizia: ‘Eu, Rosália Sinibaldi, filha das rosas do Senhor, pelo amor de meu Senhor Jesus Cristo, decidi morar nesta gruta de Quisquínia’. Isso confirmou todos os dados pesquisados pelo falecido Gaietani.

A autenticidade das relíquias e da inscrição foi comprovada por uma comissão científica, reacendendo o culto a santa Rosália, padroeira de Palermo. Contribuiu para isso, também, o papa Ubaldo VIII, que incluiu as duas datas no Martirológio Romano, em 1630. Assim, santa Rosália é festejada em 15 de junho, data em que suas relíquias foram encontradas, e em 4 de setembro, data de sua morte. A urna com os restos mortais de santa Rosália está guardada no Duomo de Palermo, na Sicília, Itália.

Resultado de imagem para Rosalie de Palerme

Conheça mais sobre Santa Rosália

Virgem eremita do século XII, Santa Rosália tornou-se padroeira de Palermo em 1666, com o culto oficial estendido a toda a Sicília. Filha de um nobre senhor feudal, Rosalia Sinibaldi viveu naquele feliz período de renovação cristão-católica, que os reis normandos restabeleceram na Sicília, depois de terem expulsado os árabes que dela haviam tomado posse de 827 a 1072; favorecendo a expansão dos mosteiros basilianos e beneditinos. Nesse clima de fervor e renovação religiosa, inseriu-se a vocação eremítica da jovem, que deixou a vida da corte e se retirou em oração em uma caverna no Monte Pellegrino, onde, segundo a tradição, morreu em 4 de setembro de 1160. Em 1624, enquanto em Palermo a peste dizimava o povo, o espírito de Rosália apareceu em sonho a uma mulher doente e, em seguida, a um caçador. Rosalie mostrou-lhe o caminho para encontrar suas relíquias, pedindo-lhe que as levasse em procissão pela cidade. Assim foi feito: e por onde esses restos mortais passavam os doentes eram curados, e a cidade era purificada em poucos dias. Desde então, em Palermo, a procissão se repete todos os anos. Rosalie, foi incluída no Martirológio Romano em 1630 pelo Papa Urbano VIII. (Futuro)

Na Sicília há um culto intenso para três jovens santas virgens, Lúcia de Siracusa, Agatha padroeira de Catânia e Rosália padroeira de Palermo. O seu culto espalhou-se por todos os países onde chegaram as fileiras de emigrantes sicilianos, que trouxeram consigo a memória pungente da sua ilha natal e das suas tradições, juntamente com o culto sincero e profundo pelos três santos sicilianos.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas se s. Lúcia de Siracusa († 304) e s. Agatha de Catânia († c. 250) foram martirizados durante as perseguições contra os primeiros cristãos, St. Rosália é uma virgem não mártir, que viveu muitos séculos depois e se tornou a padroeira de Palermo em 1666, com o culto oficial estendido a toda a Sicília.

No entanto, a “Santuzza”, como é carinhosamente chamada por Palermo, estabeleceu-se como uma das santas mais famosas e veneradas no cristianismo siciliano e, em particular, em Palermo; ainda hoje, em qualquer parte do mundo, os palermitanos se encontram, eles trocam a saudação “Viva Palermo e Santa Rosália!”.
Infelizmente há poucas informações sobre sua vida parcialmente lendária, mas gostamos de considerar com o escritor florentino Piero Bargellini que: “É verdade que as lendas são como o vilucchio (planta trepadeira) em torno do caule da planta; A planta já estava lá antes que o vilucchio a envolvesse. Assim a santidade já existia, antes que a lenda a cobrisse com suas fantásticas flores”.

E isto aplica-se a todos os santos que em tantos séculos e lugares deram a sua vida, muitas vezes sofrendo o martírio, permaneceram ignorados, às vezes até que durante muito tempo, até que a sua existência, o seu sacrifício, as suas virtudes heroicas tenham chegado ao conhecimento do Povo de Deus e da Igreja.

É o caso de s. Rosália que nasceu em Palermo no século XII e, de acordo com antigos livros litúrgicos, morreu em 4 de setembro de 1160 com a idade de 35 anos. Diz a lenda que ela era filha do duque Sinibaldo, senhor feudal, senhor de Quisquinia e delle Rose, uma cidade localizada entre Bivona e Frizzi, em Palermo, e Maria Guiscarda, prima do rei normando Rogério II; muito jovem foi chamada ao Palácio dos Normandos, na corte da rainha Margherita, esposa de Guilherme I da Sicília (1154-1166); Sua beleza atraiu a admiração de nobres cavaleiros; o pretendente mais assíduo, sempre segundo a tradição popular, teria sido Balduíno, futuro rei de Jerusalém.

Rosalie viveu naquele feliz período de renovação cristão-católica, que os reis normandos restabeleceram na Sicília, depois de terem expulsado os árabes que haviam tomado posse dela de 827 a 1072; favorecendo a expansão dos mosteiros basilianos na Sicília Oriental e dos beneditinos na Sicília Ocidental; Apreciando também o trabalho religioso e monástico do S cartuxo. Brunone e os cistercienses. Bernardo de Claraval.

Nesse clima de fervor e renovação religiosa, inseria-se a vocação eremítica da jovem nobre Rosalie; Deve-se dizer que naquela época o eremitismo floresceu naqueles séculos, tanto no campo masculino quanto no feminino.

Seguindo o exemplo dos anacoretas, que deixavam o conforto e a vida ativa se retiravam para uma caverna ou uma cela, geralmente nos arredores de uma igreja ou convento, para poder participar das funções litúrgicas e, ao mesmo tempo, ter assistência religiosa dos monges próximos; assim, Rosália retirou-se para uma caverna do feudo paterno de Quisquina, a cerca de 90 km de distância. de Palermo, nas montanhas Sicani, na província de Agrigento, no território de Santo Stefano Quisquina, perto de um convento de monges basilianos.

De lá, o jovem eremita, depois de um período de penitência não definido, mudou-se para uma caverna no Monte Pellegrino, um belo promontório de Palermo; ao lado de uma igreja bizantina pré-existente, em uma cela construída acima do poço que ainda existe.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mesmo aqui nos arredores, os beneditinos tinham um convento e puderam acompanhar e ser testemunhas da vida eremita e contemplativa de Rosália, que vivia em oração, solidão e mortificações; Muitos palermitanos subiram a montanha atraídos por sua reputação de santidade.

Resultado de imagem para Santa Rosalia

Segundo a tradição, ele morreu em 4 de setembro, o que se presume, no ano de 1160. Mais tarde foi objeto de culto com a construção de igrejas dedicadas a ela em várias áreas sicilianas, além da capela já no Monte Pellegrino e reproduzida em imagem nas catedrais de Palermo e Monreale; uma igreja foi construída longe, em Rivello (Potenza), na diocese de Policastro.

Mas no início de 1600 seu culto havia expirado a tal ponto que não era mais invocado nas ladainhas dos santos padroeiros de Palermo; No entanto, isso não exclui um culto ininterrupto, mesmo que de tom menor, que durou ao longo dos quatro séculos e meio, que vão de sua morte até 1600.

No Monte Pellegrino até o início do século XVI viveu as chamadas “ermidas de s. Rosália” habitando em algumas cavernas próximas àquela onde tradicionalmente o jovem eremita vivia e morria.

Em meados do século XVI, o vice-rei Giovanni Medina, construiu para a “Ordem Franciscana Reformada de Santa Rosália e Monte Pellegrino”, um convento ao lado da caverna adaptado a uma igreja. No entanto, estudiosos hagiográficos encontraram documentos que atestam que já em 1196 e décadas seguintes, o eremita era chamado de “Santa Rosália”.
E chegamos a 26 de maio de 1624, quando uma mulher (Girolama Gatto) reduzida à morte, viu em sonho uma menina vestida de branco, que lhe prometeu cura se tivesse prometido subir o Monte Pellegrino para agradecer.

A mulher subiu a montanha com duas amigas, estava novamente gripada pela febre, mas assim que bebeu a água que escorria da caverna, sentiu-se curada, caindo num torpor repousante e aqui a jovem vestida de branco reapareceu-lhe, reconhecida como em s. Rosália, que lhe mostrou o local onde suas relíquias foram enterradas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A coisa foi relatada aos frades eremitas franciscanos do convento vizinho, que já no século XVI com seus superiores. Benedetto il Moro (1526-1589), havia tentado encontrar as relíquias sem sucesso, por isso retomaram as buscas, auxiliados por três fiéis, até que em 15 de julho de 1624, a uma profundidade de quatro metros, encontraram uma pedra de seis palmos de comprimento e três de largura, à qual aderiam ossos.

Por ordem do cardeal arcebispo de Palermo Giannettino Doria, a pedra foi transferida para a cidade em sua capela particular, onde foi examinada com os restos mortais encontrados, por teólogos e médicos; O resultado foi decepcionante, tendo concordado que os ossos poderiam pertencer a vários corpos e, em seguida, nenhum dos três crânios encontrados, parecia pertencer a uma mulher.

O cardeal, não convencido, nomeou uma segunda comissão; Enquanto isso, Palermo foi atingida pela peste no verão de 1624, fazendo milhares de vítimas (a mesma epidemia que atingiu Milão e descrita por Manzoni em “The Betrothed”).

O cardeal reuniu pessoas e autoridades na catedral e todos juntos pediram ajuda a Nossa Senhora, fazendo um voto de defender o privilégio da Imaculada Conceição de Maria, que era um tema contrastante na Igreja da época e, ao mesmo tempo, declarar s. Rosália é a principal padroeira de Palermo, venerando suas relíquias, quando seriam reconhecidas.

A tudo isto junta-se a descoberta de dois pedreiros de Palermo, que trabalhavam no convento dos dominicanos de S. Stefano, encontraram numa gruta em Quisquina, a 24 de Agosto de 1624, uma inscrição latina desconhecida de todos, que se acreditava estar gravada pelos mesmos. Rosália, quando ali morava e que dizia: “Eu Rosália, filha de Sinibaldo, senhor de Quisquina e (do Monte) das Rosas, por amor ao meu Senhor Jesus Cristo, decidi habitar nesta caverna”; que confirmou a ermida anterior, seguida da do Monte Pellegrino.

Em 11 de fevereiro de 1625 a nova comissão, estabeleceu que os ossos eram de uma única pessoa claramente do sexo feminino, dos três crânios, descobriu-se que dois eram um frasco de terracota e uma pedrinha, enquanto o terceiro que parecia muito grande, foi ampliado por depósitos calcários, que uma vez removidos revelaram um crânio feminino; A primeira comissão também analisou seus restos mortais e concordou com o resultado da segunda comissão.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A isto juntou-se um prodígio, um homem Vincenzo Bonelli tendo morrido de peste e não o tendo denunciado, fugiu para Monte Pellegrino e aqui lhe apareceu o “Santuzza” prevendo a morte por peste e ordenando-lhe, se quisesse sua proteção para a alma, que dissesse ao cardeal que já não duvidava da autenticidade das relíquias e as levava em procissão pela cidade, Só assim a peste acabaria.

De volta à cidade, ele realmente adoeceu com a peste e, antes de morrer, confessou o que lhe havia sido revelado. Em 9 de junho de 1625, a urna construída especialmente para as relíquias, foi levada em procissão com a participação de toda a população e com grande solenidade; a peste começou a regredir e no dia 15 de julho, quando foi feita a peregrinação no Monte Pellegrino, no aniversário da descoberta das relíquias, não apareceu mais nenhum caso de vítima da peste.

O cardeal mandou construir um magnífico altar na catedral, onde foi colocada a suntuosa urna de prata maciça com as relíquias do santo, cujo nome era tradicionalmente interpretado como composto de ‘rosa’ e ‘lília’, rosa e lírios, símbolos de pureza e união mística; por isso, a ‘Santuzza’ é representada com a cabeça cingida de rosas.

A partir desse 1625 o culto foi autorizado e revivido pela Igreja de Palermo para a virgem eremita rezando e contemplando no Monte Pellegrino, como um testemunho de excepcional ascetismo cristão, que ao longo dos séculos nunca foi esquecido pelo povo de Palermo. Há 350 anos, peregrinos escalam a montanha, definida por Goethe em sua “Viagem à Itália”, como o promontório mais bonito do mundo.

Subimos a pé laboriosamente, até que o Senado de Palermo construiu em 1725 uma estrada ousada entre pinheiros e eucaliptos. Palermo sempre honrou s. Rosália, de acordo com as duas festividades estabelecidas em 1630 pelo Papa Urbano VIII, que as incluiu no ‘Martirológio Romano’, ou seja, em 15 de julho, aniversário da descoberta das relíquias e em 4 de setembro, dia da morte da ‘Santuzza’; As festas, sobretudo a de julho, duram uma semana, com a participação de todas as pessoas e de muitos emigrantes que regressam para a ocasião.

A estátua do ‘Santuzza’ cercada por outras estátuas, fica em cima da chamada ‘máquina’ que é um vagão em forma de navio, no qual também há uma banda, que é transportada pela cidade, tudo é chamado de “U Fistinu”.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A segunda festa de 4 de setembro realiza-se como uma peregrinação ao santuário no Monte Pellegrino, onde incorporando a gruta, foi construído um Santuário, cuja fachada pitoresca remonta ao século XVII, no seu interior acumularam-se muitas obras de arte dos séculos seguintes; Uma parte ainda está a céu aberto, as paredes estão cobertas de oferendas votivas e lápides deixadas por visitantes ilustres.

Um portão divide esta primeira parte do santuário, da caverna em que há altares e obras de arte singulares, que lembram a presença do santo; em frente ao local onde foram encontradas as relíquias da ‘Santuzza’ ergue-se o belo altar coberto por um dossel, com um suntuoso tabernáculo encimado por uma estátua de prata do santo, doada pelo Senado de Palermo em 1667. Sob o altar é venerada a estátua de 1625, que representa s. Rosalia deitada no ato de expirar seu último suspiro e que foi coberta de ouro por ordem do rei Carlos III de Bourbon (1716-1788).

Na caverna da montanha, juntamente com os peregrinos anônimos, muitos visitantes ilustres também subiram para venerar o santo eremita; autoridades eclesiásticas, príncipes, reis, imperadores, escritores, poetas, músicos, artistas.

As relíquias colocadas na urna de prata artística e maciça são mantidas na Catedral de Palermo.

Leia também: 
.: Santo do Dia – 03 de Setembro – São Gregório Magno
.: Santo do Dia – 05 de Setembro – Santa Teresa de Calcutá

FacebookWhatsAppTwitterEmailCopy LinkShare
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Clique aqui para fazer uma doação