Às vésperas de Fátima, e com o Santuário fechado, templo do diabo é erguido. A catedral do exército comunista russo.
Por Bruno Braga.
A Igreja Ortodoxa Russa construiu uma gigantesca catedral dedicada às forças armadas russas. O templo, que foi erguido nos arredores de Moscou, é uma glorificação do exército soviético, ornado com vitrais, mosaicos, símbolos referentes ao comunismo. Entre os painéis, a utilização maligna da imagem da Santíssima Virgem Maria para exaltar Vladimir Putin na invasão da Crimeia e uma abominação monstruosa: Nossa Senhora como uma espécie de “madrinha” do Exército Vermelho de Josef Stálin, uma máquina satânica genocida, responsável pelo assassinato em massa de cristãos (cf. imagem).
A catedral seria inaugurada no dia 09 de maio deste ano de 2020, para celebrar uma falsificação histórica: o 75º aniversário da “vitória” soviética contra os nazistas, na Segunda Guerra Mundial. Não se fala, porém, da aliança inicial entre Hitler e Stálin, e nem mesmo no desfecho, em Berlim, do estupro coletivo de mulheres alemãs pelo exército comunista “louvado” pela Igreja Ortodoxa Russa.
Assista aqui algumas imagens:
Maio, o mês de Maria. O mês em que se celebra as aparições da Santíssima Virgem em Fátima. Era o ano de 1917, durante o processo que culminaria na instauração do regime soviético, a Mãe de Deus pediu em Portugal a Consagração da Rússia ao Seu Imaculado Coração. Uma tentativa de evitar que ela – a Rússia – espalhasse os seus erros pelo mundo.
A Consagração – tal como Nossa Senhora pediu [1] – nunca foi realizada. As consequências estão registradas na história em páginas de fraudes, tramas, revoluções e um morticínio jamais visto na face da terra. Os efeitos estão aí, em um mundo que hoje é refém de um vírus disseminado sob a responsabilidade do Partido Comunista Chinês e a cumplicidade da OMS (ONU) dirigida por um marxista, chegando a fechar – pela primeira vez desde 1917 – o próprio Santuário de Fátima [2].
A Santa Igreja tornou-se vítima dos erros da Rússia. Foi invadida e tomada por uma horda de militantes que ocuparam seminários, paróquias, grupos e movimentos, assumiram posições de poder, infectando os católicos com um “catecismo” politizado com as categorias marxistas que corroeu a fé dos leigos e do próprio clero: a Teologia da Libertação.
Importante é recordar o papel fundamental da Igreja Ortodoxa Russa na difusão da Teologia da Libertação, utilizada também para elevar o Foro de São Paulo ao poder, “consagrando” o ideal de transformar a América Latina na imensa “Patria Grande” comunista [3].
Em 2016, o Papa Francisco assinou uma declaração com o Patriarca Kirill de Moscou e de toda a Rússia. Um ato significativo, tendo Cuba (!) como palco e Kirill o representante da Igreja Ortodoxa Russa, um agente da KGB que inclusive trabalhou diretamente na propagação da Teologia da Libertação [4]. Recordo o que escrevi na época: “Maria não pediu um ‘acordo de paz’. Não pediu ‘diálogo’ e muito menos uma ‘declaração conjunta’, mesmo que fosse ‘pastoral’. Ela pediu a CONSAGRAÇÃO da Rússia ao Seu Imaculado Coração – Consagração para a CONVERSÃO da Rússia – conversão, claro, à fé da Igreja Católica” [5].
Uma Consagração nunca feita e as suas consequências inevitáveis. Da declaração ao templo da abominação. Com uma catedral que associa de forma perversa a Santíssima Virgem aos erros que ela mesma condenou, erros mergulhados em sangue, não falta muito para que a Igreja Ortodoxa e a Rússia ousem se “consagrar” ao Imaculado Coração. Do templo do diabo à obra acabada do pai da mentira.
Fonte: Bruno Braga
REFERÊNCIAS.
[1]. Cf. [https://www.obramissionaria.com.br/padre-amorth-chefe-exorcista-padre-pio-conhecia-o-terceiro-segredo/].
[2]. Cf. [http://b-braga.blogspot.com/2020/05/medo-de-fatima.html].
[3]. Cf. PACEPA, Ion Mihai. “A KGB criou a Teologia da Libertação” [http://b-braga.blogspot.com.br/2015/01/a-kgb-criou-teologia-da-libertacao.html]. Tradução do Capítulo “Liberation Theology” (15), que é parte do livro “Disinformation”: former spy chief reveals secret strategis for undermining freedom, attacking religion, and promoting terrorism (WND Books: Washington, 2013); “A Cruzada religiosa do Kremlin”. Trad. Bruno Braga [http://b-braga.blogspot.com.br/2013/04/a-cruzada-religiosa-do-kremlin.html]; “Ex-espião da União Soviética: Nós criamos a Teologia da Libertação”, ACIDigital, 11 de Maio de 2015 [http://www.acidigital.com/noticias/ex-espiao-da-uniao-sovietica-nos-criamos-a-teologia-da-libertacao-28919/].
[4]. Idem.
[5]. Cf. [https://b-braga.blogspot.com/2016/02/francisco-kirill-e-fatima.html].