A estátua mede quase 7 metros de altura e mais de 900 kg.
A igreja La Epifanía del Señor, no México, ergueu uma estátua gigantesca do menino Jesus que impressionou muitos fiéis nas redes sociais.
De acordo com o New York Post , a estátua de quase sete metros de altura e mais de 900 kg foi executada pelo escultor Roman Salvador a pedido da igreja. Porém, o próprio responsável pelo local, o padre Humberto Rodriguez, se espantou com o tamanho da obra, e contou que eles “nunca quiseram ter a maior estátua do menino Jesus do mundo”.
Virou “moda” tirar os crucifixos do altar
O padre Juvan Celestino da Silva criticou as igrejas católicas que abandonaram o crucifixo, o que aparentemente é um “modismo”, onde a opção é apenas pela imagem de Cristo. Ele foi categórico ao afirmar que “uma Igreja sem Cruz é uma Igreja herética, uma Igreja “protestantizada”. Devemos reconhecer com pesar que vivemos uma verdadeira crise na teologia da Cruz.
Para o padre, a imagem do “Cristo voador”, presente em algumas Igrejas é um Cristo “lavado e sem sangue, um Cristo enxuto, uma imagem sem graça, sem gosto, ou melhor, de mau gosto, porque está no lugar errado e na hora errada. Pois sabemos que a Igreja militante, é a Igreja da Cruz, do combate… da luta. A Igreja gloriosa nos espera para além deste mundo”.
Embora os argumentos favoráveis a essa opção é mostrar que trata-se de Jesus ressuscitado, Juvan não se conforma. Esse Cristo está “suspenso no ar, sem cruz sem razão de ser. Na verdade por mais que queiram representar o Cristo ressuscitado, a imagem foge totalmente da verdadeira experiência do cristão. Pois sem a Cruz na há salvação e como diz a carta aos hebreus 9,22”.
Ele acredita que trata-se essencialmente de uma questão teológica. “É algo ridículo, um passo a mais para se eliminar o símbolo da Cruz das Nossas Igrejas e das nossas vidas, pois das escolas e ambiente públicos aos poucos já estão tirando. O modismo do Cristo voador é um perigo para a fé… Pintar um Cristo voador e querer compará-lo ao Cristo ressuscitado é no mínimo fantasioso, para não dizer folclórico. Embora alguns querem associá-lo à ascensão”, sentencia.
Por que sempre há um crucifixo nos altares?
Uma pergunta que todo católico precisa saber responder
No centro da ação litúrgica da Igreja, está Cristo e seu mistério pascal. Portanto, a celebração litúrgica deve tornar evidente esta verdade teológica. E, desde quase sempre, o símbolo escolhido pela Igreja para a orientação do coração e da mente do cristão durante a missa ou a liturgia é a representação de Jesus crucificado.
O crucifixo é o principal elemento sobre o altar, porque a missa é o santo sacrifício, memorial da paixão, morte e ressurreição do Senhor.
Antigamente, a liturgia prescrevia o costume de que tanto o sacerdote quanto os fiéis se posicionassem na direção do crucifixo durante a missa. O crucifixo era colocado no centro do altar (que naquela época ficava ligado à parede).
Isso nos dá a entender a centralidade do crucifixo na celebração do culto divino, e era muito mais destacado no passado. De fato, a presença da cruz na celebração da missa está certificada desde o século V.
O crucifixo fica sobre o altar para recordar à assembleia e ao ministro celebrante que a vítima que se oferece sobre o altar é a mesma que se ofereceu na cruz.
Portanto, nunca podemos perder de vista que a missa é um sacrifício – aspecto este que pode se perder quando a celebração se converte em uma festa que só leva em consideração a ressurreição do Senhor, esquecendo-se do seu sacrifício expiatório.
Não podemos nos esquecer de que não há ressurreição sem cruz.
O crucifixo no centro do altar nos indica que o sacerdote celebra a missa frente a Deus, e não como um protagonista diante do povo. A cruz tira o protagonismo do padre e o dá a Cristo; assim, tanto fiéis como sacerdotes vivem a missa olhando para Deus.
A liturgia não é um diálogo entre sacerdote e assembleia. Sacerdote e povo não dirigem um ao outro sua oração, senão que, juntos, a dirigem ao único Senhor.
Olhar para o crucifixo é uma oportunidade para caminhar com o olhar dirigido a Jesus.
O crucifixo sempre deve estar sobre o altar, salvo duas exceções: quando o Santíssimo Sacramento é exposto na custódia e quando a crucificação é a imagem central da pintura ou retábulo atrás do altar.
Alguns poderiam dizer que a cruz no centro do altar não deve ser permitida, pois impede a visão dos fiéis. Mas, na verdade, a cruz sobre o altar não é um obstáculo, e sim um ponto de referência comum.