A segunda noite de novena de São Francisco realizada quinta-feira, 26 de setembro, em Canindé foi marcada por polêmicas e atos políticos.
Membros do Movimento Sem Terra (MST), participavam da novena dedicada a eles, quando usaram o espaço religioso e celebrativo para gritar “Lula Livre”. Também havia participantes vestindo camisas com a imagem de Lula. A leitura da palavra do senhor, foi feita por um vereador petista.Leitores e menbros do MST usa camisa com imagem do ex- presidente
As apresentações foram marcadas por críticas diretas ao governo do presidente Jair Bolsonaro. Houve ainda manifestações relacionadas a morte da vereadora do PSOL, Marielle Franco, assassinada a tiros no Rio de Janeiro, e da menina Ágatha Félix, de 8 anos, morta por bala perdida no Rio.
A assessoria do Santuário adiantou que também foram pegos de surpresa e se pronunciará oficialmente sobre o ocorrido.
O assunto passou a ser o mais comentado nas redes sociais durante a semana e houve críticas e revolta de fiéis.
Outro caso
No dia 16 de setembro do ano passado, durante uma celebração eucarística, na Quadra da Gruta uma pessoa que não foi identificada, usou o microfone e fez um convite para participar da manifestação Lula Livre. A reação do público foi imediata, logo dezenas de pessoas gritaram o nome do candidato, à época, à Presidência, Jair Bolsonaro, do PSL e a palavra “mito”, uma referência clara ao candidato. Um dia depois o Santuário e a Arquidiocese de Fortaleza repudiaram o ato e negaram ter sido conveniente com a manifestação política.
Tumulto e muito grave, diz Frei Jonaldo sobre ato “Lula livre” durante novena
Na imagem Frei Jonaldo canta a ladainha de São Francisco, durante a 1ª novena. Foto: Carlos Silva
O pároco de Canindé e animador da novena de São Francisco, Frei Jonaldo Adelino, disse na manhã desta sexta-feira (27) em coletiva de imprensa, que o ato ocorrido no segundo dia da novena, não foi acordado com ele.
Frei Jonaldo esperava que fosse cumprido o cronograma definido com o MST, responsável pela novena, mas saiu diferente do combinado.
Ele classificou o ato como tumulto e muito grave. “A igreja não teve nenhuma noção desse tumulto, nenhuma, foi algo deles, o MST. A gente não mistura política com religião”, disse o pároco.
Fonte: Canindé Online